Raimundo Coube, nasceu em 11 de janeiro
de 1894, na Polônia. Era de família pobre, seus pais eram operários simples e
humildes, porém eram ricos na fé e na religião. Foi no berço da família que ele
teve e recebeu os primeiros contatos com a fé e amor aos cristãos, por isso,
com apenas 13 anos Raimundo ingressou no seminário dos Frades Menores
Conventuais Franciscanos. Ali ele viveu com os frades demonstrando sua força e
sua vocação religiosa. Durante todo o seu estudo Raimundo chamou atenção por
sua mente brilhante e por ser muito atuante, apesar de sua pouca idade. Desde
cedo ele apresentou uma forte e bonita devoção à Virgem Maria, fundando assim
um apostolado com o nome de “Milícia
da Imaculada”. Recebeu o sacramento da ordem em 1918 assumindo o nome religioso
de Maximiliano Maria em homenagem a São Maximiliano e a Nossa Senhora a quem
tanto tinha devoção. Depois de sua internação ele voltou para a Polônia e
passou a ensinar no seminário Franciscano de Cracóvia.
São Maximiliano Maria Kolbe tinha um grande
amor por Nossa Senhora e o carisma da comunicação, assim, ele fundou em 1922,
quase sem dinheiro algum, uma tipografia, depois criou uma revista dedicada a
Nossa Senhora, criou ainda uma revista semanal para crianças e para sacerdotes.
Mas ele não se contentou com tudo isso e criou uma emissora Católica de rádio
que chegava até o Japão, mas, tinha como meta estender a obra para todo mundo,
para que assim conquistassem as almas para Jesus através da Virgem Maria, o que
nos lembra muito da Consagração a Jesus pelas mãos de Nossa Senhora de São Luís
Maria Grignion de Montfort.
Quando iniciou a Segunda Guerra Mundial
em 1939, São Maximiliano voltou à Polônia para dirigir a formação dos novos
franciscanos. Porém pouco tempo depois os nazistas invadiram e foi a primeira
vez que perderam o Padre Kolbe, a segunda vez foi em 1941, depois o
transferiram para o campo de concentração de Auschwitz, conhecendo e vivendo
ali os horrores da guerra. Em agosto de 1941, um prisioneiro conseguiu fugir de
Auschwitz, em decorrência disso os soldados alemães furiosos decidiram soltar
10 presos para serem mortos de maneira cruel. Um desses 10 sorteados era
Francisco Gajowniczek, um amigo do Padre, sabendo dessa notícia o padre Kolbe
começou a chorar e até o mar em voz alta afirmando que Francisco tinha esposa e
filhos para criar, assim São Maximiliano pediu ao comandante para ir no lugar
de Francisco se identificando como “Sou
um Padre Católico” e o comandante concordou.
Então os soldados levou São Maximiliano
Maria Kolbe e os outros nove, prendera-os numa sala escura úmida e pequena para
que eles ficassem sem água e sem alimentos para morrerem aos poucos. Duas
semanas se passavam e padre Kolbe acostumado com os jejuns e pela força da
oração sobrevivia, com ele tinha outros dois homens, com privilegiado porte
físico, então os soldados a fim de desocuparem as celas, injetaram nelas uma
injeção mortal.
Em 1971 o Papa Paulo VI, celebrou e
beatificou São Maximiliano Maria Kolbe, tempos depois em 1982 o Papa João Paulo
II celebrou sua canonização dando a ele o título de “Padroeiro do nosso difícil século XX”, na cerimônia de sua
canonização Francisco Gajowniczek estava presente e testemunhou a coragem e o
amor daquele Padre franciscano que se ofereceu para sofrer e morrer em seu
lugar.
Oração a São Maximiliano Maria Kolbe
“Ó São Maximiliano, seguidor fidelíssimo do Pobrezinho de
Assis, que inflamado de amor a Deus transcorreste a vida na prática assídua das
virtudes heróicas e na obras santas do apostolado, volta o teu olhar a mim,
teus devoto, que confio na tua intercessão. Tu que, irradiado da luz da Virgem
Imaculada, atraístes inúmeras pessoas aos ideais de santidade, chamando-as em
diversas formas de apostolado para o triunfo do bem e da dilatação do Reino de
Deus, obtenha a mim a luz e força para operar o bem e atrair muitas pessoas ao
amor de Cristo. Tu que, na perfeita conformidade ao divino Salvador, alcançaste
alto grau de caridade para oferecer, em sublime sacrifício de amor, a tua vida
para salvar a um irmão prisioneiro, suplique do Senhor a graça que ardentemente
te peço... (coloca-se a intenção). E, animado pelo mesmo ardor de caridade, possa também eu
com a fé e com obras testemunhar Cristo aos irmãos, para alcançar contigo a
beatificante possessão de Deus na luz da glória. Amém.
Salve
Maria Imaculada!
Ágata
Sobral – Sentinelas do Humor
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