(Por: Larissa Miranda)
Em uma noite, eu vi um homem que
nunca tinha visto antes. Ao olhar para ele, senti um incomodo muito
grande, olhava para aquele homem e não me conformava. Seu coração estava
exposto, em chamas, e todo machucado, escorrendo sangue. Então pensava em como
ele poderia estar tão resplandecente e tão ferido ao mesmo tempo!? O incomodo
era tão grande que desviei o olhar, mas não por muito tempo, pois algo me
chamava atenção ali. Olhei novamente e notei que uma de suas mãos apontava para
seu coração e a outra estava estendida. Girei minha cabeça discretamente para a
direita e para a esquerda, tinha muita gente em volta.
Umas pessoas estavam de olhos
fechados, umas de pé, outras sentadas. Tinham também algumas chorando, outras
as abraçando. Tinham algumas que olhavam fixamente para esse homem, mas
pareciam olhar com muita dor... Eu realmente não estava entendendo nada, mas
continuei a observá-lo. Seus olhos eram únicos, nunca tinha visto nada igual, eram
como se eles penetrassem a minha alma, me olhavam com docilidade e depois de
pouco tempo o observando percebi que eu estava sorrindo. Sim, aquele homem me
fez sorrir e eu não sabia o porque.
Seu rosto era tão perfeito, com um
pouco de barba e cabelos longos. Era realmente diferente de qualquer homem.
Parecia que toda aquela harmonia de características me diziam, mesmo sem
palavras que ele me chamava a algo, tive vontade de envolvê-lo num abraço
deliciosamente apertado e cheio de afeto. Tive vontade de rir, de tocar em seu
coração, de ouvir sua voz.
E então por um simples momento,
percebi que todos os comportamentos daquelas pessoas a minha volta não eram
estranhos, porque naquele momento uma lágrima escorreu pelo canto dos meus
olhos e havia uma vontade de dizer o quanto eu amava aquele homem que há pouco
tempo eu nem conhecia… Mas então ao tornar a olhá-lo, percebi que não precisava
dizer nada. Uma mulher veio ao meu lado, me abraçou e disse: - O Senhor está te
dizendo: “filhinha querida, não se assuste, sou eu, seu Pai. Não precisa dizer
nada, somente olhe para mim, olhe em meus olhos. Esse amor que arde em seu
peito, não é à toa, é porque Eu te amei primeiro, é porque o Meu Sangue foi
derramado por você, porque eu te amo”.
Até hoje não sei quem era aquela
mulher, não conseguia enxergar através dos olhos turvos de lágrimas, mas senti
o abraço que desejava daquele homem, aliás, do Meu Senhor Jesus Cristo. Naquele
sussurro de palavras que saiam da boca dela, era como se gritassem em meu
peito, e eu senti todo o calor daquele coração que não batia apenas fora do
corpo de Jesus Cristo, mas batia dentro de mim. Neste dia, descobri o que é o
Amor.
"Eis este
coração que tanto tem amado os homens. Não recebo da maior parte senão
ingratidões, desprezos, ultrajes, sacrilégios, indiferenças…
Eis que te peço
que a primeira sexta-feira depois da oitava do Santíssimo Sacramento (Corpo de
Deus) seja dedicada a uma festa especial para honrar o Meu coração, comungando
neste dia e dando-lhe a devida reparação por meio de um ato de desagravo, para
reparar as indignidades que recebeu durante o tempo em que esteve exposto sobre
os altares.
E prometo-te
que o Meu Coração se dilatará para derramar com abundância as influências de
Seu divino Amor sobre os que tributem esta divina honra e que procurem que ela
lhe seja prestada." (Apelo
de Jesus, feito em 1675, a Santa Margarida Maria Alacoque).
Sagrado Coração de Jesus, eu tenho confiança em Vós!
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