(Por
Evelly Karine)
Falar em escravidão é algo que lembra o passado do nosso país, o que nos
faz termos uma visão negativa dessa palavra. Porém, abordando essa palavra no
contexto do nosso blog, não a vemos negativamente, pois, é uma total entrega de
si mesmo ao Criador. Como fala em Filipenses 2, 7-8 "Pelo contrário,
esvaziou-se de si mesmo, assumindo a condição de servo e tornando-se semelhante
aos homens. Assim, apresenta-se como simples homem, humilhou-se a si mesmo,
tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz". Jesus fez a sua total
entrega, mas depois Dele, quem mais soube ser escrava foi Maria.
Por que não usei a palavra serva? O meu intuito inicial era de falar
sobre Maria como serva, isso até o momento em que fui ler a anunciação do anjo
Gabriel a Maria e ela responde assim: "Eis aqui a escrava do Senhor.
Faça-se em mim segundo a tua palavra". (Lc 1,8)
Para entender melhor a diferença de servo e escravo, São Luís de
Montfort no Tratado da Verdadeira Devoção a Virgem Santíssima explica que: [71]
1) Um servo não dá ao seu patrão tudo o que é, nem tudo o que possui, nem tudo
o que pode adquirir por si mesmo ou por outrem; mas o escravo, pelo contrário,
se dá a ele inteiramente, com tudo o que possui ou pode vir a adquirir, sem
exceção alguma. (...)
Com essa explicação quis mostrar o que Maria realmente foi: uma
verdadeira escrava de Deus, uma escravidão por amor, de total entrega,
reconhecendo aquilo a que somos chamados: nos entregar sem reservas. Não só uma
serva em que um dia poderia deixar de servir o Senhor, mas que se fez escrava a
vida toda.
Eis aí um exemplo que devemos imitar depois de Jesus, das coisas mais
simples do cotidiano até as mais complicadas. No nosso trabalho, estudos, igreja
devemos sempre sermos escravos do Amor, ofertando-lhe as conquistas, as
alegrias, os problemas, nossos esforços. É uma total entrega de tudo que temos,
somos e fazemos.
Que tomemos Maria como exemplo dessa santa escravidão, escravidão que
liberta para o Amor.
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