Evangelho - Mt 11,25-27

(Por Gessica Cassimiro)

“Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. ” (Mt 11, 25)

Irmãos e irmãs em Cristo, bom dia!
Após o “discurso da missão” e o envio dos discípulos ao mundo para continuarem a obra libertadora de Jesus, Mateus coloca no seu esquema de Evangelho uma seção sobre as reações e as atitudes que as várias pessoas e grupos tomam frente a Jesus e à sua proposta de “Reino”. Hoje estamos diante de duas “sentenças” que, provavelmente, foram pronunciados em ambientes diversos deste que Mateus nos apresenta.
A primeira sentença é uma oração de louvor que Jesus dirige ao Pai, porque Ele escondeu estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelou aos pequeninos. Os “sábios e inteligentes” são certamente esses “fariseus” e “doutores da Lei”, que absolutizavam a Lei, que se consideravam justos e dignos de salvação porque cumpriam escrupulosamente a Lei, que não estavam dispostos a deixar pôr em causa esse sistema religioso em que se tinham instalado e que – na sua perspectiva – lhes garantia automaticamente a salvação. Os “pequeninos” são os discípulos, os primeiros a responder positivamente à oferta do “Reino”; e são também esses pobres e marginalizados, ou seja, os doentes, os publicanos, as mulheres de má vida, o “povo da terra” que Jesus encontrava todos os dias pelos caminhos da Galileia, considerados malditos pela Lei, mas que acolhiam, com alegria e entusiasmo, a proposta libertadora de Jesus.
A segunda sentença relaciona-se com a anterior e explica o que é que foi escondido aos “sábios e inteligentes” e revelado aos “pequeninos”. Trata-se, duma “experiência profunda e íntima” de Deus. Os “sábios e inteligentes” estavam convencidos de que o conhecimento da Lei lhes dava o conhecimento de Deus. A Lei era uma espécie de “linha direta” para Deus, através da qual eles ficavam a conhecer Deus, a sua vontade, os seus projetos para o mundo a para os homens; por isso, apresentavam-se como detentores da verdade, representantes legítimos de Deus, capazes de interpretar a vontade e os planos divinos.
Jesus deixa claro que quem quiser fazer uma experiência profunda e íntima com Deus tem de aceitá-Lo e segui-Lo. Ele é “o Filho” e só Ele tem uma experiência profunda de intimidade e de comunhão com o Pai. Quem rejeitar Jesus não poderá “conhecer” a Deus.  Mas quem aceitar Jesus e O seguir, aprenderá a viver em comunhão com Deus, na obediência total aos seus projetos e na aceitação incondicional dos seus planos.
Com essa meditação lhes faço os seguintes questionamentos: Como é que chegamos a Deus? Como fazemos uma experiência íntima e profunda de Deus? O Evangelho responde: “conhecemos” Deus através de Jesus. Jesus é “o Filho” que “conhece” o Pai; só quem segue Jesus e procura viver como Ele pode chegar à comunhão com o Pai.
Nesse Evangelho fica claro para nós que só “conhece” Deus quem é simples e humilde e quem está disposto a seguir Jesus no caminho da entrega a Deus e da doação da vida aos homens. É no seguimento de Jesus – e só aí – que nos tornamos “filhos” de Deus.
Nesse dia, faço um convite a todos: que possamos visitar Jesus em alguma capela, afim de nos aproximarmos do nosso Senhor, com um ato concreto. Se você não pode fazer essa visita a Jesus em uma capela, visite Jesus com sua oração, onde quer que esteja, se deixe guiar por esse amor que Jesus nos dá hoje, assim como nos diz o Evangelho, que nos aproximemos de Jesus nesse dia, pois Ele nos levará até o Pai.
Finalizo o texto de hoje com uma frase de São Padre Pio que diz o seguinte:
“Lembre-se de que você tem no Céu não somente um pai, mas também uma Mãe. ”
Que possamos neste dia pedir a intercessão de Maria Santíssima, Ela que é exemplo de confiança, amor, obediência, que soube silenciar e adorar ao Pai através do Filho. Que Maria Santíssima nos conduza nesse dia até o seu Filho Jesus.
Santo dia a todos.

Te conhecia, Senhor, somente em palavras
Mas hoje meus olhos te viram
E em cada passo comigo estás
Agradável som será se o meu viver também te agradar
Um sacrifício de amor
Como Tua glória na cruz encheu a terra, toda a terra
Adoração e vida te dou
Após de Ti eu seguirei, junto a ti não temerei
Grandes vales e montanhas atravessarei
Derramarei as minhas lágrimas quantas vezes precisas for
Sofrerei as demoras de Deus aqui
O meu prêmio na terra é o Senhor
De uma coisa eu estou certo, eu espero no Senhor
Que com Ele eu seja mais que vencedor!

(Adoração e Vida- Ministério adoração e vida)

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