(Por Géssica
Gonçalves)
“Outras sementes, porém, caíram em terra boa, e
produziram à base de cem, de sessenta e de trinta frutos por semente.” (Mt,
13,8)
Irmãos e irmãs em Cristo,
bom dia! No Evangelho de hoje, encontramos Jesus fazendo uso de uma didática
bastante eficiente, para inserir na realidade humana, o conhecimento sobre a
revelação de Deus. Usando o método das parábolas, Jesus contou histórias sobre
os acontecimentos do dia-a-dia, para ilustrar verdades espirituais, e na
liturgia de hoje, nos é revelada uma das mais importantes destas historias, a
Parábola do Semeador. É a partir de elementos presentes na trajetória do ser
humano que Jesus nos fala, enfocando o Semeador, a Semente e os solos para
ilustrar a instabilidade dos homens.
Para o nosso
entendimento, a mesma palavra de Deus pode ser plantada em nossos corações nos
dias atuais, mas os resultados serão determinados pelos corações daqueles que
ouvem. Isso significa que, alguns de nós somos solos de beira de estrada, duro,
impermeável. Sendo esse tipo de solo, ficamos de mentes fechadas, não
receptivas, impedindo que a palavra de Deus nos transforme.
“Outras
sementes caíram em terreno pedregoso, onde não havia muita terra. As sementes
logo brotaram, porque a terra não era profunda”.
As raízes das plantas, no solo pedregoso, nunca se aprofundam. Nas horas
difíceis, nas primeiras dificuldades, o resultado é desastroso, com uma pequena
temporada de seca ou um vento forte, a planta murcha e morre. Nós cristãos,
batizados em Jesus Cristo, precisamos desenvolver raízes profundas, por meio da
fé e da nossa atuação no mundo.
“Outras
sementes caíram no meio dos espinhos. Os espinhos cresceram e sufocaram as
plantas.” Em nossa pratica cotidiana, sabemos que as plantas
precisam de água, luz solar e nutrientes para sobreviverem. Quando permitimos
que cresçam ervas daninhas junto com a semente pura, a produção da boa semente
está comprometida, e corre o risco de nenhum fruto ser produzido. Olhando em
nosso redor, é fácil perceber que o compromisso com a vocação cristã, não anda
muito na “moda”. Isso porque deixamos em segundo plano a vivencia da fé.
Existem uma grande tentação a permitir que interesses mundanos dominem nossas
vidas. Perdemos as boas energias e não nos resta a vocação para devotar-nos ao
crescimento da fé e da palavra de Deus em nossas vidas.
“Outras
sementes, porém, caíram em terra boa, e produziram à base de cem, de sessenta e
de trinta frutos por semente.” Por fim, Jesus nos
assegura que há o bom solo, aquele que produz frutos, abundantemente. A semente
cai em solo bom, quando conservamos a fé e buscamos produzir frutos de vida
eterna. Isso nos dar coragem e disposição para remover todos os obstáculos que
aparecem, pois a fé elimina o medo e afasta os sentimentos defensivos, as
justificativas e as reações instintivas. Isso nos torna humildes, autênticos e
vigilantes.
A explicação de Jesus, a
respeito da parábola do semeador, é muito fácil de entender. Significa
compreender que os tipos de solos, onde caíram as sementes, corresponde ao tipo
de pessoas que ouviram a palavra de Deus, é fácil entender que Deus não impõe a
sua vontade sobre os homens, o desejo de Deus é que a humanidade o receba
livremente. O fruto produzido depende da resposta à palavra de Deus. É
decisivamente importante ler, estudar e meditar sobre a palavra de Deus.
São João Paulo II disse
que “só o Espirito Santo, que rega o que
é árido e abranda o que está endurecido, pode arrotear semelhante terreno e
torna-lo fecundo, para que o Verbo de Deus possa lançar nele as suas raízes.”
Que neste dia, procuremos
também sentir a presença de Deus falando conosco e em nós, no cotidiano de
nossas vidas. É muito importante para a nossa caminhada de conversão estreitar
os laços de amizade com Jesus, seja na Igreja pelos sacramentos, seja pela
leitura da Bíblia, seja na pratica da caridade ou mesmo nos afazeres diários.
Jesus Cristo falava à multidão com simplicidade e intimidade fazendo unidade
entre as coisas do Reino e as coisas pessoais de cada um.
Santo dia a todos.
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