Maria, Mãe da Igreja

(Por Stella Araújo)

“Nós acreditamos que a Santíssima Mãe de Deus, nova Eva, Mãe da Igreja continua no céu a sua missão maternal em relação aos membros de Cristo, cooperando no nascimento e desenvolvimento da vida divina nas almas dos remidos” (Papa Paulo VI).

Sempre é tempo de falar de Maria! Hoje falaremos sobre seu papel no ministério da igreja. O professor Felipe Aquino diz que “Maria é Mãe da Igreja, por ser a Mãe de Cristo, que é Cabeça da Igreja, que é o seu Corpo Místico”. E Santo Agostinho vem nos dizer que “Maria é verdadeiramente Mãe dos membros de Cristo, porque cooperou pela caridade para que na igreja nascessem os fiéis que são membros dessa Cabeça”.
O Catecismo vem nos dizer que o papel de Maria para com a igreja é inseparável de sua união com Cristo. E essa união é particularmente manifestada na hora da paixão de Jesus: “A bem-aventurada Virgem avançou em sua peregrinação de fé, manteve fielmente sua união com o Filho até a cruz, onde esteve de pé não sem desígnio divino, sofreu juntamente com seu unigênito. E com ânimo materno se associou a seu sacrifício, consentindo com amor na imolação da vítima por ela gerada. Finalmente, pelo próprio Jesus moribundo na cruz, foi dada como mãe ao discípulo com estas palavras: “Mulher, eis aí teu filho” (CIC 964).
A Virgem Maria é o modelo da fé e da caridade, tornando-se assim, membro único da igreja. E seu papel em relação à Igreja e toda a humanidade vai além. “De modo inteiramente singular, pela obediência, fé, esperança, e ardente caridade, ela cooperou na obra do Salvador para a restauração da vida sobrenatural das almas. Por este motivo ela se tornou pra nós mãe na ordem de graça”. (CIC 968)
A Constituição Lumen Gentium, um dos principais documentos do Concílio Vaticano II sobre a igreja, esclarece- nos que: “A missão materna de Maria em favor dos homens de modo algum obscurece nem diminui a mediação única de Cristo; pelo contrário, até ostenta sua potência, pois todo o salutar influxo da bem-aventurada Virgem (...) deriva dos superabundantes méritos de Cristo, estriba-se em sua mediação, dela depende inteiramente e dela aufere toda a sua força”.
  A Santíssima Virgem “é legitimamente honrada com um culto especial pela igreja. Com efeito, desde remotíssimos tempos, a bem-aventurada Virgem e venerada sob o título de “Mãe de Deus”, sob cuja proteção os fiéis se refugiam suplicantes em todos os seus perigos e necessidades. (...) Este culto (...) embora inteiramente singular, difere essencialmente do culto de adoração que se presta ao Verbo Encarnado e igualmente ao Pai e ao Espírito Santo, mas o favorece poderosamente. Este culto encontra suas expressões nas festas litúrgicas dedicadas à Mãe de Deus e na oração mariana.” (CIC 971).
Além de ser exemplo de tantas virtudes para a Igreja, Maria também esteve presente no dia de Pentecostes, no dia em que o Espírito Santo é derramado sobre os discípulos e a Igreja é manifestada ao mundo. Sendo assim, a Virgem Santíssima, Mãe de Deus, sempre esteve presente na história da igreja, e é invocada sempre, sob os títulos de advogada, protetora, mediadora, sendo reconhecida também como Nossa Mãe e Mãe da Igreja.

“Assim como no céu, onde já está glorificada em corpo e alma, a Mãe de Deus representa e inaugura a Igreja em sua consumação no século futuro, da mesma forma nesta terra, enquanto aguardamos a vinda do Dia do Senhor, ela brilha como sinal da esperança segura e consolação para o Povo de Deus em peregrinação” (LG 68).

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