(Evelly Karine)
Tem-se uma coisa na vida da qual temos certeza é que
um dia morreremos. Embora tenhamos essa certeza, muitas pessoas veem a morte
com maus olhos e a temem. Essa impressão ruim da morte dá-se porque ela é uma
conseqüência do pecado e como conseqüência de uma ofensa a Deus ela era/é vista
como uma maldição, além de que o ser humano está tão acostumado com os prazeres
terrenos que se algo ameaça tirá-lo esses prazeres, isso se torna ruim.
De acordo com o Catecismo o ser humano, embora tenha a
natureza mortal, Deus não tinha o criado para a morte, a morte foi uma
conseqüência do pecado do homem, sendo contrária aos desígnios de Deus. Mas, a
partir de Jesus a morte foi transformada. Ele na sua condição humana sofreu com
ela e pela sua obediência a vontade do Pai, a maldição da morte foi
transformada em benção.
A morte
continua sendo ocasião de sofrimento para o mundo, pois, ainda existem pessoas
que a veem como algo ruim. Você deve tá achando: “Mas a morte é ruim”. Eu sei como é difícil lidar com a morte
quando se trata de pessoas que estão muito próximas da gente, a falta que elas
fazem é indescritível, porém Jesus a transformou em benção.
Dependendo do modo como vemos a morte, ela pode ser
uma ladra ou uma mensageira. Ela pode roubar sua vida, seus sonhos, seus
familiares, sua “felicidade”, suas conquistas, pode roubar tudo o que você tem
aqui na terra ou pode trazer a mensagem de que chegou o tempo de se encontrar
com o Amado, que Ele está na porta te esperando, que finalmente poderá
contemplar a face de Deus. Ela traz a mensagem de que agora sim, é que a
verdadeira vida começa.
A morte é o
termo da vida terrestre. Nossas vidas são medidas pelo tempo, ao longo do qual
passamos por mudanças, envelhecemos e, como acontece com todos os seres vivos
da terra, a morte aparece como o fim normal da vida. Este aspecto da morte
marca nossas vidas com um caráter de urgência: a lembrança de nossa mortalidade
serve também para recordar-nos de que temos um tempo limitado para realizar na
nossa vida. (CIC § 1007).
Como dizia Santa Teresinha: “A vida é um instante entre duas eternidades”. Temos que lembrar
que viemos do pó e para ele voltaremos, é nesse instante chamado vida que
podemos decidir entre essas duas eternidades. A morte é o nosso fim natural,
não há porque temê-la.
Ultimamente, veiculou muito nas redes sociais a foto
de uma freira carmelita da Argentina chamada de irmã Cecília, onde ela morreu
sorrindo, um sorriso sereno. Nessa foto podemos ver o quanto a morte é uma
benção, de uma vida dedicada a Deus, ela pôde através da morte se encontrar com
o seu Amado. Para os que crêem a vida não é tirada, mas transformada.
Passemos a enxergar a morte como uma benção, que
possamos pensar como Santa Teresa de Jesus: “Quero
ver a Deus, e para vê-Lo é preciso morrer”. E como Santa Teresinha do
Menino Jesus: “Eu não morro, entro na
vida”.
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