Santidade: nossa vocação

(Por Evelly Karine)

Santidade para o mundo é algo tão ultrapassado que chega a ser algo impossível de se conseguir. Como o mundo não está nem um pouco interessado com a santidade, não vou me deter a falar disso, mas vou tentar fazer aqui uma observação dos santos do passado e de nós hoje que lutamos por ela.
Antes de tudo precisamos saber o que é santidade e o Catecismo da Igreja fala que “todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Todos são chamados à santidade: ‘Deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito’ (Mt 5,48)” (CIC§ 2014). A nossa vocação é ser santo (a).
Mas, como é que consigo ser santo (a)? “O caminho da perfeição passa pela cruz. Não existe santidade sem renúncia e sem combate espiritual. O progresso espiritual envolve ascese e mortificação, que levam gradualmente a viver a paz e na alegria das bem-aventuranças.” (CIC§ 2015). Temos aqui um texto maravilhoso sobre a escolha da santidade, vou deixar aqui o link  https://blogminionscatolicos.blogspot.com.br/2016/04/escolho-santidade.html.
Muitas vezes, pensamos que não vamos conseguir ser santos como os santos da Igreja, pessoas que foram martirizadas, receberam as chagas de Jesus, tiveram experiências místicas, praticaram a caridade de uma forma admirável. Achamos que a santidade é muito difícil e por isso só os santos conseguiram, mas a santidade nunca foi e nunca será fácil. Cada época teve, tem e terá as suas dificuldades.
Os santos conseguiram viver essa vocação porque colocaram em prática a citação acima do Catecismo, renúncia e mortificação. “Ah, mas os santos fizeram grandes renúncias”. Para eles chegarem às grandes, começaram pelas pequenas renúncias, hoje em dia mesmo com tanta tecnologia, redes sociais, por que não começamos por abandonar o celular uns dias? Deixar de entrar em algumas redes sociais? Ou diminuir o uso? São pequenas renúncias que nos traz um bem espiritual e quando bater aquela vontade de entrar numa rede social, aí colocamos em prática a mortificação. Mortifico minha vontade de entrar na rede social. São coisas simples, mas que vou aprendendo a renunciar e mortificar. Dei aqui um exemplo bem comum, claro que tem várias formas de renúncias e mortificações.
A santidade vai muito além desse exemplo, pois como falei anteriormente, os santos começaram pelas pequenas coisas e esse exemplo é uma pequena coisa que podemos fazer para chegarmos a renunciar o homem velho que ainda existe dentro de nós. Não imagine a santidade como um bicho de sete cabeças, mas como sendo nossa vocação, a abracemos mantendo sempre nosso foco que é a cruz e sem desistir.
Que Maria interceda pela nossa santificação e o Espírito Santo nos ensine a viver a renúncia e a mortificação.
Faça o necessário, depois o possível, e de repente, você estará fazendo o impossível” .

São Francisco de Assis.

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