Congregações Femininas Ativas

(Por Mariana Neves)

A vida religiosa, enquanto consagração da pessoa toda, manifesta na Igreja um admirável consórcio estabelecido por Deus, sinal da vida futura. Deste modo o religioso consuma a sua doação plena como sacrifício oferecido a Deus, pelo qual toda a sua existência se torna contínuo culto de Deus na caridade. (Cân. 607 § 1)

Olá, pessoal! Essa semana estamos escrevendo sobre a vocação à vida religiosa. Já abordamos sobre o que vem a ser a vida religiosa e diferença entre as congregações masculinas apostólicas e contemplativas. Hoje, falarei sobre as congregações femininas ativas.
O que vem a ser essas congregações femininas ativas? São congregações que possuem um trabalho pastoral inserido na sociedade e nela realizam uma intervenção através de uma multiplicidade de ações e instituições de caridade, educação, saúde, promoção cultural e evangelizadora. Nesse caso, há uma junção da ação (a caridade) e a contemplação, sendo que o primeiro dever é estar com Cristo.
Assim como os demais religiosos, as mulheres que recebem o chamado para a vida religiosa ativa, são convidadas a viverem os conselhos evangélicos e fazerem o tríplice voto: obediência, pobreza e castidade. A obediência que é um sim ao plano de Deus, como também aos seus superiores, fazendo com que a religiosa enxergue nos seus superiores a manifestação da vontade de Deus através da Igreja. A pobreza que consiste em partilhar os bens materiais e espirituais, dispensar todo supérfluo e confiar na Providência Divina. A castidade implica em uma grade pureza de mente, de coração e de corpo, fazendo assim com que se ame a Deus e tudo o que é de Deus, com amor indiviso.
A primeira congregação feminina de vida ativa foi fundada em 1571, na Alemanha e recebeu o nome de Congregação das Irmãs de Santa Catarina. Em 1897 chegam ao Brasil as primeiras irmãs, que fundam, em Petrópolis/RJ, uma escola afim de iniciar os trabalhos apostólicos. A convite de um padre, vão para Novo Hamburgo/RS para fundar uma outra escola. Foi nessas duas cidades que foram lançados os primeiros fundamentos sólidos do apostolado, onde procuram viver o ideal da Fundadora, através de uma vida de íntima união com Deus, buscando servir aos irmãos nas áreas da saúde, educação, serviço social e pastoral, atendendo às necessidades da região e da Igreja particular onde estão inseridas.
Além da Congregação das Irmãs de Santa Catarina, temos como exemplo de congregações femininas ativas as Missionárias da Caridade, que tem como fundadora a beata Madre Teresa de Calcutá. Além de fazerem os 3 votos (obediência, pobreza e castidade), as Missionárias da Caridade vivem um quarto voto que elas definem da seguinte forma: ” O nosso 4º voto, de serviço livre e total aos mais pobres dos pobres, material ou espiritualmente, sem olhar a raças, credos ou nacionalidades, significa uma ajuda imediata e efetiva quando não têm mais ninguém que os possa ajudar: - Alimentando os famintos, não só com a comida, mas com a Palavra de Deus. - Dando de beber aos sedentos, não apenas a água, mas também com o conhecimento, a paz, a verdade, a justiça e o amor. - Abrigando os que não têm um teto, oferecendo mais do que uma construção material, juntando um coração que compreenda, que cuide e ame. - Tratando os doentes e os moribundos, os fracos e os deficientes, no corpo e no espírito. Damos de graça o que recebemos de graça, não levamos nenhum dinheiro aos pobres pelo serviço que prestamos, vivemos totalmente da Divina Providência para as necessidades dos que estão ao nosso cuidado”.
A comunidade religiosa pelo fato de ser uma escola de amor, que ajuda a crescer no amor para com Deus e para com os irmãos, torna-se também lugar de crescimento humano. O caminho é exigente, pois implica a renúncia de bens certamente muito apreciáveis, mas não é impossível. Isso o demonstra a multidão dos santos e santas e as maravilhosas figuras de religiosos e religiosas que mostraram como a consagração a Jesus Cristo não se opõem ao verdadeiro progresso da pessoa humana, mas por sua natureza lhe é de grandíssima ajuda.
Se você, moça, se sente chamada à vida religiosa, busque conhecer os diversos carismas e a vida dos (as) fundadores (as) das congregações que te chamam a atenção hoje. Só se ama aquilo que conhece. Citei algumas, mas é provável que na página da sua arquidiocese na internet você encontre muitas outras e até mesmo o site ou telefone para contatos desses institutos.
Que Maria possa guiar nossos passos para que estejamos sempre realizando a vontade de Jesus Cristo!

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