“Para ser puro, para
permanecer puro, tem-se que pagar um preço: Conhecer a Deus e amá-Lo o
suficiente para fazer a Sua vontade”. (Madre Teresa de Calcutá)
Olá, meus amados irmãos!
Salve Maria Santíssima. Como estão? Hoje vamos conversar sobre “Por que viver a
castidade?”, você já pode pensar: “Nossa, a igreja só fala nisso” “Em pleno
século XXI tem alguém que fale nisso?” “Isso já é coisa ultrapassada” entre
outras coisas...
Muitos pensam que o termo
“castidade” só abrange o ato sexual, mas viver a castidade é muito além do que
só se abster do sexo até o casamento e faz com que tantos tenham uma visão
negativa e fazem até piadas ironicamente quando é falado em ser casto. Não sei se você namora, se é casado ou se está
solteiro, porém em todos os âmbitos da sua vida, você precisa viver a castidade
independentemente de sua faixa etária.
Portanto, A castidade é
uma virtude moral. É também um dom de Deus, uma graça, um fruto da obra
espiritual (Cf. Gl 5,22-23). O Espírito Santo concede o dom de imitar a pureza
de Cristo àquele que foi regenerado pela água do Batismo.
O catecismo da igreja
católica (CIC) nos traz como definição no parágrafo 2337: “A castidade significa a
integração conseguida da sexualidade na pessoa, e daí a unidade interior do
homem no seu ser corporal e espiritual. A sexualidade, na qual se exprime a
pertença do homem ao mundo corporal e biológico, torna-se pessoal e
verdadeiramente humana quando integrada na relação de pessoa a pessoa, no dom
mútuo total e temporalmente ilimitado, do homem e da mulher. A virtude da
castidade engloba, portanto, a integridade da pessoa e a integralidade da
doação.”
São João Paulo II afirmou
que nossos corpos revelam que somos feitos para ser dom (entrega) para os
outros, e para receber outros como dons. João Paulo II explica que Adão e Eva
eram capazes de estar nus e não terem o sentimento da vergonha porque eles não
tinham pecado; eles compreendiam e viviam o “sentido esponsal” do corpo. Eles
se respeitavam um ao outro como pessoas, e não eram capazes de usar um ao
outro. O pecado trouxe paixões desordenadas, folhas de figueira, e a sempre
presente possibilidade de vivenciar o sexo de forma errada.
Perceba que desde o
principio fomos criados para o perfeito amor e não para meros prazeres
momentâneos e isso não falo somente de um ato sexual, mas também da
masturbação, dos olhares tendenciosos e cheios de malicias, de pornografia, de
atitudes que não convém a aqueles que são filhos de Deus e até mesmo da forma
que você fala. Porém, é importante lembrar que a partir da sua decisão, você
vai começar a viver como um anjo, mas é viver sua sexualidade de forma certa e
como foi criada. Porque a nossa sexualidade é uma coisa belíssima, mas se for
vivida de forma correta se não ao contrario só irá causar feridas tanto na sua
alma como também no seu coração.
O domínio de si mesmo é
fundamental para a pessoa ser capaz de doar-se aos outros. A castidade torna
aquele que a pratica apto para amar o próximo e ser uma testemunha do amor de
Deus. Quem não luta para ter o domínio de si mesmo é um egoísta; não é capaz de
amar. Por isso, a castidade é escola de caridade. A Igreja ensina que: “Todo batizado é chamado à castidade. O
cristão “se vestiu de Cristo” (Cf. Gl 3,27), modelo de toda castidade. Todos os fiéis de Cristo são chamados a levar
uma vida casta segundo seu específico estado de vida. No momento do Batismo, o
cristão se comprometeu a viver sua afetividade na castidade” (Cat. §2348).
Infelizmente a sociedade
hoje ensina os jovens a darem vazão e satisfação a todos os baixos instintos;
essa “educação” é uma forma de animalizar o ser humano, pois coloca os seus
instintos acima de sua razão e de sua espiritualidade.
Sobre a pureza podemos
dizer que a buscamos naturalmente em tudo. Por exemplo, quando bebo água,
procuro que ela seja limpa e não suja. O mesmo podemos dizer do ar, do
alimento, etc. A castidade é a virtude que valoriza e purifica o amor humano.
Nem tudo o que dizemos ser amor é verdadeiramente amor, nem todo amor
necessariamente puro, livre de deturpações. Todo amor humano precisa
continuamente se purificar para que não se contamine.
“Você deve estar se
perguntando: mas o amor pode ser ou ter algo de impuro? O que pode torná-lo
impuro? O EGOÍSMO faz impuro o amor, às vezes pode até disfarçar-se de amor
para obter o que quer do outro, como se vê em uma pesquisa realizada entre
jovens universitários nos EUA: 40% admitiram terem dito a uma mulher “te amo”
só para fazerem sexo com ela.” (trecho tirado do blog A12)
Não importa o que você
esteja vivendo, em que estado (solteiro, namorando, noivo, casado) sua relação
só será feliz e completa quando você viver a castidade de acordo com cada
patamar. Solteiros, não saiam por ai ficando com todos, saibam esperar,
controlem seus impulsos sexuais e acredite que a pessoa certa chegará no tempo
certo, pois se você sai “Passando o rodo” em todos, chegara um tempo em que
você vai estar tão ferido, que quando vier o/a José/Maria você irá estragar por
conta das inúmeras feridas feitas pelo pecado.
Namorados, vivam a
castidade em sua relação, não viva uma “prévia de casamento”, mas aproveitem
esse tempo para se conhecerem, pois vocês já estarão vivendo algo que vai se
consolidar futuramente em um matrimônio. Então, não fiquem perdendo tempo com
essa historia “Ah, tem que provar antes do casamento”, mas se empenhe em
conhecer o outro, a lidar com as diferenças e principalmente em firmar os
vossos sentimentos.
Também os noivos são
chamados a viver em castidade. A vida sexual só deve ser vivida após o
casamento, pois só então o casal se pertence mutuamente, e para sempre, com um
compromisso de vida assumido um com o outro para sempre.
“Os
noivos são convidados a viver a castidade na continência. Nessa provação eles
verão uma descoberta do respeito mútuo, uma aprendizagem da fidelidade e da
esperança de se receberem ambos da parte de Deus. Reservarão para o tempo do
casamento as manifestações de ternura específicas do amor conjugal.
Ajudar-se-ão mutuamente a crescer na castidade”. (Cat.
§2350)
E enfim, no casamento
três conceitos são essenciais para entendermos o que ela significa: fidelidade,
doação e totalidade.
Para
alcançar a castidade ou pureza, são necessárias duas coisas: 1) uma correta
compreensão do significado e propósito da sexualidade, e 2) o ordenamento das
paixões de acordo com essa compreensão. Na Teologia do Corpo, São João Paulo II
está primeiramente estabelecendo a correta compreensão da sexualidade; ele diz
muito pouco sobre o que é necessário fazer para alcançar a “pureza madura”. Sua
descrição dela como “uma combinação da virtude da temperança e da piedade, um
dom do Espírito Santo” nos fornece um caminho. Adquirir a virtude é, em grande
parte, uma questão de hábito; aqueles que desejam alcançar a “pureza madura”
devem evitar ocasiões de pecado; por exemplo, eles devem evitar olhar ou ouvir
programas de entretenimento que levam a ações e pensamentos impuros. Adquirir a
virtude da reverência (e aqui João Paulo II quer dizer “reverência” pelo dom da
própria sexualidade e pelo dom da outra pessoa) é, em grande parte, uma questão
de crescer no amor ao Senhor, o que se faz através da oração com as Escrituras,
da recepção dos sacramentos, e da participação em atividades que promovem o
crescimento espiritual. São João Paulo II, entretanto, focaliza como uma
correta compreensão da sexualidade pode ser de enorme ajuda para se alcançar a
pureza amadurecida. (Teologia do corpo- Tdc)
Viver a castidade não é nada fácil, mas nos faz mais livres e
felizes, possibilitando construir uma relação, uma família sobre a rocha. Exige
coragem e acima de tudo uma grande confiança em Deus, pois se acreditamos que
somente com as nossas forças podemos conseguir, certamente vamos cair e
fracassar.
Deus vos abençoe e Virgem
Santíssima interceda por seu coração!
(Thawana Melo - Minions Católicos)
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