Evangelho - Lc 4, 38-44


(Por Géssica Casimiro)

"Jesus saiu da sinagoga e entrou na casa de Simão. A sogra de Simão estava sofrendo com febre alta, e pediram a Jesus em favor dela." (Lc 4,38)

Irmãos e irmãs em Cristo, bom dia!
No Evangelho de hoje, Lucas acentua o sofrimento da sogra de Simão Pedro e a autoridade de Jesus ao expulsar a febre; realça, assim, o caráter milagroso do evento.
Jesus decide abandonar a Sinagoga, porque razão não se diz. Mas, pelo que se pode entender, Ele quer transformar e fazer do ambiente familiar, simbolizado pela casa da sogra de Simão, no lugar de oração, de cura e libertação.
Este é um dos milagres menores que Jesus fez, curar a sogra de Pedro. No evangelho mostra que Jesus expulsava demônios. Para nós esta palavra "demônio" é muito personificada, num anjo do mal, etc. Para os judeus, era uma cultura, muitas doenças inexplicáveis eram atribuídas aos demônios. A própria febre era vista como uma espécie de possessão. Quando se fala de demônio no evangelho não é do modo como nós entendemos agora. Os evangelistas relatam esses fatos para que todos soubessem a importância de Jesus. 
Jesus saiu da Sinagoga, entrou na casa de Simão e encontrou a sogra dele tão doente que não podia fazer nada. Então Jesus a curou. Ela levantou e começou a servi-los. Depois Jesus foi atender outros doentes, uma típica jornada de Jesus. Notem que, Primeiro Jesus estava na Sinagoga, lugar de oração, não podemos fazer nada sem antes pedir a força de Deus. Muito bonita essa observação do Evangelho de hoje "Jesus saiu da Sinagoga", foi à casa de Simão, curou a sua sogra e depois seguiu para atender os outros doentes.
Esta mulher pelo jeito era dinâmica, mas por causa da febre estava travada na cama. Para trabalhar precisamos desta cura de Jesus, que é uma consequência da oração. A oração retira aquela inércia, aquele desânimo, aquela "febre que é um mal-estar" e nos dá energia, nos "tira da cama" e nos joga a servir. Depois da cura vem a ação.
Com a cura da sogra de Simão Pedro, a fama do Mestre correu de boca em boca e se espalhou por toda a região. Os vizinhos e habitantes da cidade “levaram-lhe todos os enfermos e possessos do demônio”, e Ele, impondo as mãos sobre cada um, os curava e os libertava dos espíritos imundos. Seu amor é inesgotável. Desse amor vem sua divina capacidade de atender às súplicas de todos e nos faz pensar nas palavras de São Máximo: “Quanto mais eficaz aquele que cura, tanto mais importuno se torna o sofredor”. Ao curar os doentes, Jesus nos convida a estender nossa mão àquele que está caído para levantá-lo e transmitir-lhe novo ânimo no encontro com a Palavra do Senhor.  
Aqui toda vez que nós entramos no serviço temos que tomar cuidado, primeiro devemos ir até a sinagoga (a igreja), rezar, nos fortalecer para ficarmos em pé, concentrados para fazer os nossos trabalhos com mais amor, mais atenção. O exemplo de Jesus desperta a convicção de que só teremos uma relação pessoal com o Deus vivo se orarmos ou mantivermos com Ele, uma “conversação”. Santo Agostinho lembra-nos que a oração não tende a atrair Deus para nós, pois “Ele é mais íntimo a nós que nós a nós mesmos”, ela nos permite não apenas nos aproximarmos dele, mas sim tomarmos consciência da sua proximidade.
As pessoas esperam coisas boas de nós, palavras carregadas de amor e de entusiasmo. Mas se estamos vazios, o que podemos dar? Vamos a partir desta leitura sentir a necessidade e a força da oração na nossa vida, no nosso trabalho.
Pai, que a presença de Jesus em minha vida seja motivo de libertação, de modo que eu possa servir com alegria o meu próximo, especialmente, os mais necessitados.
Deus nos abençoe, Santo dia a todos.


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