Fecundidade, fruto e sinal do amor conjugal

(Por Patrícia Lima)

“A fecundidade é o fruto e o sinal do amor conjugal, o testemunho vivo da plena doação recíproca dos esposos. ” Carta Familiaris Consortio

Boa tarde!
Agosto, mês dedicado às Vocações, temos em nosso blog um especial sobre cada uma e dando continuidade à Vocação Matrimonial, hoje falarei sobre a fecundidade do Matrimônio.
O matrimônio é uma vocação, tem suas finalidades e objetivos. Seus principais fins são a ajuda mútua entre os dois e procriação e educação dos filhos e ele também é o que previne a concupiscência, ou seja, o desejo dos prazeres sensuais.
Em Genesis 1,28 nos é deixado a seguinte mensagem “crescei e multiplicai-vos” e por isso, temos em nossa natureza o dom da sexualidade. Todos nós fomos colocados no mundo como uma missão e a vocação matrimonial é justamente o crescimento e multiplicação da família.
Isso não quer dizer que uma família deve ter filhos um atrás do outro. Não! O que queremos dizer é que em tudo deve haver um planejamento e esse é feito através do Método de ovulação Billings  é uma maneira comportamental e natural de prevenir a gravidez, já que se baseia em evitar relações sexuais em determinados períodos de cada ciclo menstrual, de acordo com a análise do muco cervical feminino; A mulher tem sensações diferentes nas fases do ciclo menstrual, devendo ficar atenta a estes sinais. Logo após a menstruação, não há formação de muco na vagina. Entretanto, ele vai surgindo no decorrer dos dias. Primeiramente, em pouca quantidade e, depois, em maior quantidade e também mais espesso. Esses são os períodos próximos à ovulação: fase mais fértil do ciclo menstrual, que ocorre na metade desse período.
Quando este evento ocorre, ela tem uma sensação de umidade na região vaginal e o muco apresenta aspecto e consistência de clara de ovo. Ele tem a função de nutrir, proteger, selecionar e conduzir espermatozoides até as tubas uterinas. Assim, é nesta época em que contatos genitais não devem ser feitos, caso o casal não deseje ter filhos.
É um método bastante incentivado por grupos religiosos, principalmente por católicos, e tem a vantagem de ser simples sem ônus e também a de permitir que a mulher conheça melhor o funcionamento do seu corpo. Além disso, pode ser aplicado pelos casais no momento em que acharem oportuno ter filhos, e incentiva o diálogo e respeito, uma vez que o ato de conceber ou não dependerá do consenso e conduta dos dois. É por esse motivo que não há a necessidade do uso de camisinhas, já que temos um método natural que nos auxilie nisso.
O casal deve estar sempre em comunicação, compreendendo melhor essa vocação e percebendo que muito mais do que a relação sexual, o casamento envolve compreensão, respeito, fidelidade e fecundidade.
Um casal que se baseia na Fé Católica deve ter o olhar em busca das coisas do Alto para que assim, não ajam conforme o que o mundo sugere.
Papa Francisco, numa homilia, fechou muito bem a vocação matrimonial, falando sobre os 3 pilares que na visão da fé, devem sustentar um amor esponsal: fidelidade, perseverança, fecundidade. 

“Tomando como referência os "três amores de Jesus para com o Pai, para com sua Mãe, para com a Igreja" o papa explicou que este é "um amor fiel; é um amor perseverante, não se cansa nunca de amar a sua Igreja; é um amor fecundo. É um amor fiel! Jesus é o fiel”. A fidelidade foi outro dos pilares apontados pelo Papa que recordou São Paulo: "São Paulo, numa das suas cartas diz: 'Se tu confessares Cristo, Ele te confessará, a ti, diante do Pai; se tu renegares Cristo, Ele renegar-te-á a ti; se tu não fores fiel a Cristo, Ele permanecerá fiel, porque não pode renegar-se a si mesmo!'. A fidelidade é própria do amor de Jesus. E o amor de Jesus pela sua Igreja é fiel. Esta fidelidade é como uma luz sobre o matrimónio. A fidelidade do amor. Sempre”. No terceiro pilar o Papa abordou a questão da fidelidade: "o amor de Jesus faz fecunda a Igreja com novos filhos, pelo Batismo, e a Igreja cresce com esta fecundidade nupcial”. Num matrimónio esta fecundidade é posta à prova "quando os filhos não conseguem ter filhos ou estão doentes". Nesta provações, sublinha o Papa, "existem casais que olham para Jesus e buscam a força da fecundidade que Jesus tem para com a sua Igreja”. Enquanto, por outro lado, conclui, “existem coisas que não agradam a Jesus”, ou seja, os casamentos estéreis por escolha: “Estes casamentos que não desejam filhos, que querem ficar sem fecundidade. Esta cultura do bem estar a dez anos convenceu-nos: É melhor não ter filhos! É melhor! Assim tu podes conhecer o mundo, em férias, podes ter uma casa de campo, ficar tranquilo”... Mas é melhor talvez – mais cómodo – ter um cãozinho, dois gatos, e o amor se dirige aos dois gatos e ao cãozinho. É verdade ou não? E por fim este casamento chega à velhice na solidão, com a amargura de uma solidão difícil. Não é fecundo, não faz aquilo que Jesus faz com sua Igreja: torna-a fecunda”, concluiu. ”

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