(Por Cibele
Dayanna)
“Ora et labora et legere” (São Bento)
Boa tarde, queridos!
que a paz de Cristo possa estar convosco neste dia!
“Ora et labora et
legere” (“ore, trabalhe e
leia”), este é o lema de vida de uma ordem que se entregou totalmente a Deus
por meio da contemplação e da oração.
Hoje, dando
continuidade sobre vocação venho apresentar a vocês os Monges Beneditinos, da
Ordem de São Bento. Primeiramente, como é linda essa ordem, estou
particularmente encantada.
Quando o rapaz sente o chamado para a ordem, o
mesmo passa por um teste vocacional, pois é necessária uma segurança de que há
um chamado e de que o mesmo está pronto para viver esse caminho se entregando
totalmente. No processo de interiorização ao qual muitas vezes muitos cristãos
possuem dificuldade, é necessário um preparo para seguir o espírito e o ritmo
de vida.
O caminho ao qual o
rapaz que se sente chamado a esta ordem é um caminho profundo de muita oração e
silêncio exterior e acima de tudo interior. Quando entra para o mosteiro
torna-se postulante e já participa da vida corrente do noviciado e da
disciplina comum de todos os monges. Durante seis meses segue este caminho,
vivendo e conhecendo a vida ao qual está em busca, onde já vive algumas coisas
para se adaptar tudo a base de muita oração.
Completado seis
meses, tem a opção de deixar ou seguir o vocacional, se optar por seguir será
admitido ao noviciado, ao qual é um tempo de aprendizado sobre a tradição que
está vinculada (Ordem Beneditina) e a vida cristã. Neste período que dura dois
anos, se inclui estudos acadêmicos de Filosofia e Teologia intensos.
Terminado o
noviciado, o Irmão, como passa a ser chamado pelos membros da comunidade, deve
fazer os votos monásticos por três anos: conversão dos costumes, obediência e
estabilidade no mosteiro. O primeiro voto diz respeito à vida monástica em
geral; o segundo, à obediência aos superiores e aos outros Irmãos; já o
terceiro propõe dedicação exclusiva do monge a seu mosteiro de origem.
Passados os três
anos, ele pode deixar o mosteiro a sua escolha sem nenhum vínculo, mas se for
da vontade do mesmo, pode dar continuidade e fazer os votos perpétuos, passando
assim a ser permanentemente parte daquela comunidade monástica que o acolheu e
vivendo nos claustros do mosteiro.
Com uma disciplina
de oração rigorosa, ao qual os elementos mais notórios da rígida disciplina são
os momentos em que os monges se reúnem ao longo do dia para oração, nos
horários de refeições, quando estão em silêncio em lugares específicos e após
as chamadas Completas, a última hora canônica do dia, momento em que todos
rezam em conjunto.
A clausura é o que
mais impressiona, pois tudo é feito e resolvido no mosteiro, onde, se houver a
necessidade de “sair” para resolver quaisquer problemas ou
situações, esse se dá por extrema causa, até os trabalhos são desenvolvidos
dentro do mosteiro, ao qual segundo os estudiosos, São Bento desejou para que
não houvesse saídas habituais dos claustros. O motivo de uma clausula tão
profunda é para que haja um recolhimento espiritual maior, onde haja um
crescimento íntimo. Vários são os trabalhos desenvolvidos no mosteiro, desde
trabalhos educacionais, atividades administrativas a projetos sociais.
O regimento interno
de um mosteiro beneditino é muito simples. Pode-se resumi-lo à organização de
uma vida em comunidade sob uma Regra e um Abade. O abade faz as vezes do pai
espiritual e superior na comunidade.
São Bento lhes
prescreve a obediência mútua, em que os mais novos respeitam os mais velhos e
os mais velhos amam os mais novos. Nesse espírito, os monges devem primar pela
solicitude total e irrestrita, de modo que não façam nada que julguem melhor
apenas para si, mas sim para o bem comum.
Assim é um pouco da
vida dessa ordem linda, ao qual só de pesquisar e conhecer já me ofereceu um
pouco de paz.
Que Deus te abençoe!
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