(Por Evelly Karine)
"A Oração é um impulso do coração, um simples olhar para o céu,
um grito de amor e gratidão na provação e na alegria; é algo enorme e Divino
que dilata nosso íntimo e nos une a Jesus”. (Santa Terezinha do
Menino Jesus)
Assim como o nosso
respirar é tão importante para a nossa sobrevivência, a vida de oração é
essencial para o cristão. Já dizia São Gregório: “É preciso se lembrar de Deus com mais freqüência do que se respira”.
A oração é a vida de um coração novo, ela nos anima a cada momento. Através
da oração podemos nos encontrar com o Tudo, reconhecer as nossas misérias, ter
intimidade com o Pai, saber dos seus planos pra nossa vida, ter a consciência
do quanto precisamos mudar. A oração é como se fosse uma âncora que nos mantêm
firmes em Deus.
O
Senhor conduz cada pessoa pelos caminhos e na maneira que lhe agradam. Cada
fiel responde ao Senhor segundo a determinação de seu coração e as expressões
pessoais de sua oração. Entretanto, a tradição cristã conservou três expressões
principais da vida de oração: a oração vocal, a meditação, a oração
contemplativa. Uma característica fundamental lhes é comum: o recolhimento do
coração. Esta vigilância em guardar a Palavra e em permanecer na presença de
Deus faz dessas três expressões tempos fortes da vida de oração. (CIC§
2699)
A oração vocal: é um
dado indispensável da vida cristã. Sendo corpo e espírito, sentimos uma
necessidade de traduzir exteriormente os nossos sentimentos. Além de ser uma
necessidade humana corresponde também a uma exigência divina. Deus procura
adoradores em Espírito e Verdade e, por conseqüência, a oração que sobre viva
das profundezas da alma. Ele também quer a expressão exterior que associa o
corpo ao interior, pois ela Lhe traz esta homenagem perfeita de tudo àquilo que
Ele tem direito. Um bom exemplo da oração vocal é o Pai-Nosso. Se prestarmos
atenção na vida de Jesus verá vários episódios em que Ele eleva sua voz para
falar com o Pai, exemplo disso é a oração que Ele na sua agonia no Getsêmani.
Meditação: é, sobretudo,
uma procura. O cristão procura compreender o porquê e o como da vida cristã a
fim de aderir a vontade de Deus, responder o que Ele pede, desse modo, ocorre
uma conversão. Geralmente usam-se livros como a bíblia, escritos de santos,
obras de espiritualidade. Na meditação acontece um confronto. Você lê, medita
no que foi lido e confronta com a sua vida. Dessa forma, vamos conhecendo o que
Deus quer e vendo no que precisamos melhorar para corresponder a esse chamado.
Procurar-se meditar de preferência os mistérios de Cristo, como na lectio
divina (leitura orante) e no rosário.
Santa Teresinha definia
a oração mental assim: “A meu ver, é
apenas um relacionamento intimo de amizade em que conversamos muitas vezes a
sós com esse Deus por quem nos sabemos amados”. Segundo o Catecismo “A oração mental busca "aquele que meu
coração ama". É Jesus e, nele, o Pai. Ele é procurado porque desejá-lo é
sempre começo do amor, e é procurado na fé pura, esta fé que nos faz nascer
dele e viver nele. Na oração, podemos ainda meditar; contudo, o olhar se fixa
no Senhor.” (CIC§ 2709) É um olhar fixo no Senhor, uma escuta da Palavra de
Deus, um amor silencioso, uma união com o Amado. É um relacionamento intimo em
que se conhece Jesus e a si mesmo, é um amor que se doa assim como Ele e sua
Mãe quando deu seu Fiat ao Pai.
Tendo o conhecimento
dessas três expressões de oração possamos melhorar nosso relacionamento com
Deus, reabastecendo nossa alma de oxigênio (oração), mergulhando fundo no
conhecimento dos mistérios de Cristo, conhecendo sua vontade, nos conhecendo
também. Procurar viver do que rezamos, combatendo na vida oração e que as
distrações só sirvam como alerta para vermos no que ainda estamos apegados e
precisamos melhorar.
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