(Por Evelly Karine)
"Não
tenham medo de amar demasiado a Imaculada; jamais poderemos igualar o amor que
teve por Ela o próprio Jesus: e imitar Jesus é nossa santificação. Quanto mais
pertençamos à Imaculada, tanto melhor compreenderemos e amaremos o Coração de
Jesus, Deus Pai, a Santíssima Trindade".
Dando continuidade aos
textos desta semana sobre a vocação sacerdotal, hoje irei falar sobre um
sacerdote franciscano que viveu sua vocação em plenitude, até o último dia de sua
vida, São Maximiliano Maria Kolbe. E é quase impossível não se lembrar de Maria
quando se fala desse santo sacerdote.
O polonês Raimundo Kolbe
nasceu no dia 8 de janeiro de 1894. Filho de cristãos autênticos e devotos da
Virgem Santíssima. Tinha dois irmãos que também seguiu a vida religiosa.
Pode-se dizer que sua conversão aconteceu depois de uma repreensão de sua mãe,
onde ela o questionou sobre como que ele aos 10 anos era tão malcriado e
briguento seria mais tarde? Isso fez com que ele ficasse aflito e pensativo,
foi quando recorreu a Nossa Senhora perguntando: o que vai acontecer comigo? E
a surpresa veio em seguida quando Maria aparece pra ele trazendo em Suas mãos duas coroas,
uma branca e outra vermelha. Sorrindo maternalmente, perguntou-lhe qual
escolhia. A branca significava que perseveraria na castidade e a vermelha, que
seria mártir. Grande alma, ele escolheu as duas.
Por graça da Imaculada, então, nasceu-lhe a vocação
religiosa. Aos 14 anos começou seus estudos no seminário menor dos frades
conventuais, junto com seu irmão Francisco. Aos 16, ingressou no noviciado
escolhendo Maximiliano como seu nome em honra de um mártir africano. No ano seguinte, pronunciou os votos simples e por sua
inteligência, os superiores decidiram mandá-lo a Roma para continuar seus
estudos. Em sua profissão solene, acrescentou o nome de Maria ao seu nome.
Vendo a
situação em que Roma se encontrava, começou sua luta. Reuniu consigo seis
condiscípulos e fundou a Milícia de Maria Imaculada, tendo como objetivo a
conversão dos pecadores, inclusive dos inimigos da Igreja e a santificação de
todos os seus membros, sob a proteção de Maria Imaculada. Nela aceitou apenas
jovens destemidos e verdadeiramente dispostos a acompanhá-lo nessa empresa, com
o título de Cavaleiros de Vanguarda. Em 1918 aconteceu a sua ordenação sacerdotal
e com sede de almas, na manhã seguinte, já quis celebrar a Santa Missa.
Em 1919,
retornou a Polônia e foi internado em um sanatório por problemas de saúde. Logo
se restabeleceu e fundou o jornal Cavaleiro da Imaculada. Na véspera do
lançamento, São Maximiliano reuniu todos os operários e passaram o dia em jejum
e oração, naquela noite aconteceu uma vigília de Adoração ao Santíssimo
Sacramento e em honra a Virgem Maria. Um grande impulso a sua obra foi quando o
príncipe João Drucko-Lubecki cedeu ao padre Maximiliano um terreno situado a 40
quilômetros de Varsóvia, aí o santo sonhava em construir um convento e ampliar
o jornal, quando lhe perguntavam com que dinheiro construiria, ele confiante
respondia: "Maria proverá este é um negócio dEla e de seu Filho”. E sua
confiança resultou em um aumento significativo da produção do jornal, a criação
de uma rádio e muitas pessoas que aderiram a esse projeto, tendo na Cidade de
Maria 762 habitantes, entre eles seminaristas, jardineiros, cozinheiros,
noviços, sacerdotes, leigos, vocacionados ao sacerdócio.
Sua sede
de almas era grande, depois do resultado do jornal, queria expandir esse
projeto para todas as línguas, começou pelo Japão. Fundou o Cavaleiro da
Imaculada em Nagasaki, em 1930 já dispunha de uma tipografia reproduzindo 10
mil exemplares no idioma dos samurais. Até os dias de hoje, mantém-se ali sua
obra apostólica, com trabalhadores nativos e numerosos sacerdotes.
Quando
surgiu a segunda guerra mundial a Cidade de Maria ficou muito exposta porque
situada nas imediações da estrada de Potsdam a Varsóvia, rota provável de uma
eventual invasão das tropas nazistas. Motivo pelo qual a prefeitura de Varsóvia
ordenou sua evacuação. Padre Maximiliano conseguiu lugar seguro para todos os
irmãos, mas permaneceu ali, com cinquenta de seus colaboradores. Em setembro as
tropas nazistas os prenderam em Amtitz, mas em dezembro, na festa da Imaculada
foram soltos e voltaram pra Cidade de Maria onde agora servia como hospital
para os feridos da guerra. Também retornou o trabalho do jornal, onde as
autoridades só esperavam algo como pretexto para prendê-los. Na ultima
publicação do jornal, São Maximiliano falava daquela guerra como um conflito
interno, questionando de que adiantaria ganhar uma batalha se somos derrotados
no profundo de nossas almas? Por causa disso, o prendê-lo de novo. Na prisão de
Pawiak, em Varsóvia, foi submetido a injúrias e depois transferido para o campo
de extermínio de Auschwitz.
No campo de
extermínio de Auschwitz, começa a via-crucis desse santo sacerdote. Passou a
primeira noite em uma sala com 320 prisioneiros, na manhã seguinte foram
desnudados, lavados com jatos de água gelada. Quando um oficial viu seu hábito
religioso ficou irritado, arrancou-lhe o crucifixo e perguntou três vezes: Tu
acreditas nisto? Ele respondeu que sim as três vezes e a cada resposta
afirmativa recebia uma violenta bofetada. Ao entrar no campo de concentração os
guardas revistavam os prisioneiros e lhe tiravam todos os objetos pessoais. Entretanto,
o soldado que revistou o padre Kolbe devolveu-lhe o Rosário, dizendo: Tome seu
Rosário. E vá lá para dentro! E mais uma vez se confirma a presença da Virgem
Santíssima na vida dele.
Para cada bloco que era transferido
continuava atividade apostólica. Foi transferido
para o Bloco 14, cujos prisioneiros faziam trabalhos agrícolas. Tendo um deles
conseguido fugir, dez outros, escolhidos por sorteio, foram condenados ao
"bunker da morte": um subterrâneo onde eles eram jogados desnudos e
permaneciam sem bebida nem alimento, à espera da morte. Vendo o desespero
deles, São Maximiliano se ofereceu para ficar no lugar de um pai de família,
por ser sacerdote foi aceito para morrer. No bunker, só se esperava a morte. Graças
a esse sacerdote, aquele lugar se converteu em capela de oração e de cânticos, com
vozes cada dia mais débeis. Três semanas depois, restavam vivos apenas quatro.
Julgando que aquela situação se prolongava, as autoridades decidiram
aplicar-lhes uma injeção letal de ácido muriático.
Padre Kolbe foi o último a morrer naquele
pavoroso subterrâneo. Estendeu espontaneamente o braço para a injeção. Cumprira
sua última missão: salvara a si próprio e aos demais. Era o dia 14 de agosto de
1941, véspera da Assunção de Maria.
Escrever
sobre a vida desse sacerdote, em especial, me recorda uma certeza que tenho:
minha vocação só virá pelas mãos de Maria. Se você ainda tem dúvidas da sua
vocação, ta difícil de aceitar ou de perseverar na vocação recorre a Maria. Que
a exemplo de São Maximiliano você possa ser guiado (a) por Ela na vivência de
uma vocação em plenitude.
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