(Por Patrícia Lima)
Boa tarde, meus irmãos! Mês
de Setembro chegou e com ele as novidades do blog. Para quem já nos conhece,
sempre fazemos um especial quando há algo que a Igreja comemora. Mês passado
falamos sobre as vocações e esse mês não será diferente: falaremos sobre a
Sagrada Escritura e as Sete dores de Nossa Senhoras.
Iniciando assim nosso
mês, falemos mais sobre a Bíblia e o quão ela é importante para nós enquanto
cristãos.
A palavra Bíblia se
originou de uma planta que nascia à margem do Rio Nilo e a qual conhecemos como
papiro. Sua folha, chamada de bíblos, palavra esta grega que significava livros
e no seu plural biblion, que significava Bíblia, assim a Bíblia significa a
coleção de livros.
O fato dela ser um nome
único não a torna um livro independente. Ela é sim, uma coleção de 73 Livros
Sagrados inscritos por inspiração divina, no qual Deus se revela a nós da
melhor forma possível.
Há quem não
acredite que a Bíblia é a palavra de Deus, porém arqueólogos confirmaram sua
exatidão histórica. Em pesquisas, descobriram os nomes dos oficiais do governo,
reis, cidades e festivais mencionados na Bíblia - algumas vezes pessoas ou
lugares que os historiadores não achavam que existiam.
Um dos exemplos,
o Evangelho de João fala sobre Jesus curando um paralítico, perto do tanque de
Betesda. O texto descreve inclusive os cinco pavilhões (caminhos) que levam até
o tanque. Estudiosos não acreditavam que o tanque existisse mesmo, até que os
arqueólogos o acharam a quarenta pés abaixo do solo (unidade de medida
utilizada no Reino Unido, Estados Unidos e Canadá; 1 pé corresponde a 12
polegadas ou 30,48 cm), completo com os cinco pavilhões.
A Bíblia tem uma
riqueza de detalhes históricos e nem tudo o que foi mencionado nela foi
encontrado pela arqueologia. Mas também nenhum achado arqueológico criou
conflito com o que a Bíblia registrou. Muitas das localidades antigas
mencionadas por Lucas, no Livro de Atos, do novo Testamento, foram
identificados pela arqueologia. Ao todo, Lucas deu o nome de trinta e dois
países, cinqüenta e quatro cidades e nove ilhas sem nem um erro.
Nossa Bíblia é
dividida em duas secções: Antigo e Novo Testamento. No Antigo tem a revelação
de Deus sobre a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo, já no Novo Testamento, o
Próprio Jesus Cristo faz a revelação levando os apóstolos.
Ela é formada
por 73 livros sagrados, desses 46 fazem parte dos livros do Antigo Testamento e 27 são do Novo Testamento.
O Catecismo nos
ensina muito bem a real importância da Sagrada Escritura:
I. Cristo – Palavra única da Escritura santa
101. Na sua bondade condescendente, para Se revelar aos homens. Deus
fala-lhes em palavras humanas: «As palavras de Deus, com efeito, expressas por
línguas humanas, tornaram-se semelhantes à linguagem humana, tal como outrora o
Verbo do eterno Pai se assemelhou aos homens assumindo a carne da debilidade
humana» (68).
102. Através de todas as palavras da Sagrada Escritura. Deus não diz mais que
uma só Palavra, o seu Verbo único, em quem totalmente Se diz (69): «Lembrai-vos
de que o discurso de Deus que se desenvolve em todas as Escrituras é um só e um
só é o Verbo que Se faz ouvir na boca de todos os escritores sagrados, o qual,
sendo no princípio Deus junto de Deus, não tem necessidade de sílabas, pois não
está sujeito ao tempo» (70).
103. Por esta razão, a Igreja sempre venerou as divinas Escrituras tal
como venera o Corpo do Senhor. Nunca cessa de distribuir aos fiéis o Pão da
vida, tornado à mesa quer da Palavra de Deus, quer do Corpo de Cristo (71).
104. Na Sagrada Escritura, a Igreja encontra continuamente o seu
alimento e a sua força (72), porque nela não recebe apenas uma palavra humana,
mas o que ela é na realidade: a Palavra de Deus (73). «Nos livros sagrados, com
efeito, o Pai que está nos Céus vem amorosamente ao encontro dos seus filhos, a
conversar com eles» (74).
Abaixo, o Catecismo
nos mostra a inspiração o quão o Espírito Santo foi inspiração para revelação
da Sagrada Escritura.
II. Inspiração e verdade da Sagrada Escritura
105. Deus é o autor da Sagrada
Escritura. «A verdade divinamente revelada, que os livros da Sagrada Escritura
contêm e apresentam, foi registrada neles sob a inspiração do Espírito Santo».
«Com efeito, a santa Mãe Igreja, segundo a fé apostólica, considera como
sagrados e canónicos os livros completos do Antigo e do Novo Testamento com
todas as suas partes, porque, escritos por inspiração do Espírito Santo, têm
Deus por autor, e como tais foram confiados à própria Igreja» (75).
106. Deus inspirou os autores humanos dos livros sagrados. «Para
escrever os livros sagrados, Deus escolheu e serviu-se de homens, na posse das
suas faculdades e capacidades, para que, agindo Ele neles e por eles, pusessem
por escrito, como verdadeiros autores, tudo aquilo e só aquilo que Ele queria»
(76).
107. Os livros inspirados ensinam a verdade. «E assim como tudo o que os
autores inspirados ou hagiógrafos afirmam, deve ser tido como afirmado pelo
Espírito Santo, por isso mesmo se deve acreditar que os livros da Escritura
ensinam com certeza, fielmente e sem erro, a verdade que Deus quis que fosse
consignada nas sagradas Letras em ordem à nossa salvação» (77).
108. No entanto, a fé cristã não é uma «religião do Livro». O Cristianismo é
a religião da «Palavra» de Deus, «não duma palavra escrita e muda, mas do Verbo
encarnado e vivo» (78). Para que não sejam letra morta, é preciso que Cristo,
Palavra eterna do Deus vivo, pelo Espírito Santo, nos abra o espírito à
inteligência das Escrituras (79).
Assim, devemos sempre
ter em mente que a Bíblia não é criação do homem, mas sim um livro deixado por
Deus a nós.
Finalizo assim, com
uma menção do Catecismo:
109. Na Sagrada Escritura,
Deus fala ao homem à maneira dos homens. Portanto, para bem interpretar a
Escritura, é necessário prestar atenção ao que os autores humanos realmente
quiseram dizer, e àquilo que aprouve a Deus manifestar-nos pelas palavras deles
(80).
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