(Por Amanda
Batista)
“Pois deveis saber, antes de tudo, que
nenhuma profecia da Escritura é objeto de explicação pessoal, visto que jamais
uma profecia foi proferida por vontade humana. Ao contrário, foi sob o impulso
do Espírito Santo que pessoas humanas falaram da parte de Deus.” (2 Pd 1,
20-21)
“O
Espirito Santo, Interprete da Sagrada Escritura” é todo uma parte do Catecismo
da Igreja Católica, que vem explicar-nos sobre a atuação do Espírito Santo na
escrita da Sagrada Escritura.
De
uma forma bem direta, o YouCat vem nos contar que a Sagrada Escritura nos
ensina de uma forma fiel e sem erros a verdade de Deus, pois os escritos foram
inspirados pelo Espírito Santo e tem Deus como autor.
Nada
do que está escrito na bíblia foi “tirado da cabeça” dos profetas, mártires,
apóstolos, entre outros, pelo contrário, tudo foi feito a partir da inspiração
que o Espírito Santo deu a cada um. O verdadeiro autor dos 73 livros da bíblia
é Deus.
O
Catecismo da Igreja Católica explica que na Sagrada Escritura Deus fala ao
homem à maneira dos homens. A bíblia levou quase 2.000 anos para ser escrita,
por isso, entender a intenção de cada um que foi usado por Deus para
escrevê-la, é preciso considerar a época vivida, a cultura, o modo de sentir,
falar e narrar correntes naquele tempo.
Outro
fator, não menos importante, que o Catecismo explica é que na hora de entender
a Sagrada Escritura, a mesma deve ser lida e interpretada com o mesmo espirito
com que foi escrita. Somente será possível interpretar a Sagrada Escritura com
o auxilio Daquele que inspirou os homens a escrevê-la. O Catecismo ainda nos diz: “A interpretação das Escrituras inspiradas
deve, antes de mais nada, estar atenta ao que Deus quer revelar, por meio dos
autores sagrados, para nossa salvação. O que vem do Espírito não é plenamente
entendido senão pela ação do Espirito.” (CIC 137)
O
Catecismo ainda nos conta que para a Igreja a Sagrada Escritura está no seu
coração e a mesma é mais que um instrumento material. A Igreja conserva a
memoria viva da Palavra de Deus. Ainda pela tradição, pode-se distinguir dois
sentidos da escritura: o literal e o espiritual, sendo este último dividido em
alegórico, moral e anagógico. Tudo isso é importante, pois a concordância
desses quatro sentidos assegura à leitura viva da Escritura.
No
livro “Ciência e Fé em harmonia”, do Professor Felipe Aquino, nos é explicado a
diferença entre esses quatro sentidos:
·
Sentido literal: é
dado pelo significado das palavras da Escritura e do estudo profundo o texto bíblico;
·
Sentido espiritual:
não somente o texto da Escritura, mas também as realidades e acontecimentos
citados podem ser sinais;
·
Sentido alegórico:
adquire-se uma maior compreensão dos acontecimentos, reconhecendo seus
significados em Cristo;
·
Sentido moral:
acontecimentos relatados podem ser usados para instruir o nosso agir;
·
Sentido anagógico:
este nos ensina que nosso objetivo não é esse mundo, conduze-nos a morada do
Pai. Dessa forma, a Igreja é um sinal da Jerusalém celeste, em outras palavras,
ao céu.
Bento
XVI nos disse: “Meditai a palavra de Deus
com frequência e permiti ao Espirito Santo ser o vosso mestre. Descobrireis,
então, que os pensamentos de Deus não são os nossos; sereis logo conduzidos a
contemplar o verdadeiro Deus e ler os acontecimentos da história com os Seus
olhos; ireis saborear plenamente a alegria que transborda da Verdade.” As
palavras escritas na bíblia são Dele e somente Ele poderá nos ensinar e nos
permitirá a entendê-las. Permita que o Espirito Santo aja em você e o ajude a entender
o que Deus quer te dizer a cada dia. Deixe que o mesmo espirito que inspirou a
tantos homens, inspire você também, para que assim possa entender o que Ele
quer te dizer.
São
Jerônimo dizia que quando rezamos, falamos com Deus, quando lemos a Sagrada Escritura,
Deus fala conosco. Então, que tal deixar um Pai amoroso conversar com você?
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