Evangelho - Mt 1, 1-16.18-23 - Natividade de Nossa Senhora


(Por Bruno Fachi)

“Contemplamos uma menina como todas as outras, e ao mesmo tempo única, a "bendita entre as mulheres" (Lc 1, 42). Maria é a Imaculada "filha de Sião", destinada a tornar-se a Mãe do Messias”. (São João Paulo II)

Bom dia, amados. Que alegria estarmos aqui reunidos mais uma vez comemorando este dia tão maravilhoso não é mesmo? Comemorando a Natividade da Bem-Aventurada Virgem Maria.
Quando comemoramos o nascimento de Nossa Senhora, estamos comemorando também um fato da história de Nosso Senhor Jesus Cristo, Ele se insere na história da humanidade como qualquer homem, tomando para si toda a condição humana, menos o pecado. Porém, para este acontecimento se tornar um marco em nossa história, foi necessário um plano para que o Rei pudesse descer do céu e aqui habitar. Foi quando no nascimento de Nossa Senhora, o Plano de Deus começou a se pôr em prática.
O nascimento de Maria para nós cristãos, é um anúncio da Boa Nova, pois Maria, sendo Mão de Jesus, se encontra em nosso meio. São Pedro Damião afirma: Deus onipotente, antes que o homem caísse, previu a sua queda e decidiu, antes dos séculos, a redenção humana. Decidiu Ele encarnar-se em Maria”. Deus começou a construir a casa em que Jesus pudesse habitar, uma casa construída com sete colunas trabalhadas, sendo esta casa de Maria, e essas colunas os dons do Espírito Santo.
No dia de hoje, celebramos Maria como a aurora que anuncia o Sol, o Sol de Justiça que dissipa todas as trevas do pecado. Ainda Maria, sendo a Virgem Bela e Gloriosa, a Aurora que anuncia o Sol, aquela que Deus amou com preferência desde a sua eternidade, rica das graças mais sublimes e digna de ser a Mãe de Deus, não há nenhum acontecimento extraordinário que acompanha o nascimento da Virgem Maria nas Sagradas Escrituras. Nenhum relato ou profecia, nem mesmo sinais foram narrados pelos Evangelistas a respeito da natividade de nossa gloriosa Mãezinha.
Segundo uma tradição antiga São Joaquim e Santa Ana, pais de Maria, não podiam ter filhos até que em meio a orações, penitências e lágrimas, alcançaram esta graça de Deus, de poder gerar aquela que geraria, educaria e amaria Jesus com toda a sua alma, sua carne e seu espírito. “Era necessário que a Mãe de Deus fosse também puríssima, sem mancha, sem pecado. E assim não apenas quando donzela, mas em menina foi santíssima, e santíssima no seio de sua mãe, e santíssima em sua concepção. Pois não convinha que o santuário de Deus, a mansão da Sabedoria, o relicário do Espírito Santo, a urna do maná celestial, tivesse em si a menor mácula”, assim, São Tomás de Villanueva nos ensina que a escolha da Mãe de Deus ocorreu muito antes do anúncio do Anjo Gabriel, Maria foi escolhida e santificada pelas mãos do Pai Celestial antes mesmo que fosse gerada no ventre de Santa Ana, sua mãe. A casa da divina sabedoria, Maria, foi construída sem inclinação alguma para o pecado.
Maria Santíssima não foi apenas preservada do pecado original em sua concepção, como também foi adornada de toda a justiça, sendo os mesmos, privilégios esses que jamais foram concedidos a qualquer criatura, seja humana ou angélica, privilégios pertencentes apenas à Mãe do Salvador. Maria, aquela que possui todos os dons e frutos do Espírito Santo, todas as oito bem-aventuranças angélicas, toma um trono de grau altíssimo e proporcionado à sua graça.
Por volta do século XV, surgiu uma crença de que Maria também havia sido concebida pelo poder do Espírito Santo, esta crença que foi condenada pela Igreja Católica como um erro. A nossa Igreja Católica ensina que Maria foi concebida de maneira natural, mas preservada do pecado original para ser a Mãe de Deus.
No Evangelho de hoje, percebemos o Senhor se inserindo e agindo na própria história da humanidade, para realizar o seu plano de amor e salvação, concluindo a cadeia de gerações, para um último elo, sendo o único, definitivo e extraordinário. Um menino nascerá de uma “virgem”, autenticando neste relato com total clareza que a maternidade de Maria não é obra de José (descendente de Abraão), mas sim do Espírito Santo.
Maria nasceu Santa, para gerar um filho Santo, e hoje na Festa de sua Natividade, somos convidados a também ser gerados em seu ventre com o intuito de também sermos Santos.  

Mãe, o teu filho me ensinou a te chamar assim
Antes mesmo que eu te amasse
Você me amou, você só me amou
Oh mãe, o sacrifício do teu filho eu aceitei
Abri mão do meu pecado e me entreguei
Só me entreguei
Então porque é que eu me sinto tão sozinho
Até parece que não me ouves
Que não te importas mãe
Onde você está?
Não quero bens, não quero honra
Só quero você
Quero me lembrar que não estou sozinho
Que eu sou teu
Eu to carente do colo de mãe
Eu to carente da tua atenção
Eu to carente do teu abraço
Que me faz esquecer do meu cansaço
Eu to carente do amor da minha mãe
Eu to carente da tua voz
Me dizendo que ta tudo bem
Ta tudo bem, meu filho
Hey, o meu filho em sacrifício eu entreguei
Pra te livrar do teu pecado eu o entreguei
Eu o entreguei
Então por que você se sente tão sozinho?
Até parece que não me ouve, que não crê
Ele ressuscitou e vivo está
Não quis os bens, não quis as honras
Eu só quis você
Quero te lembrar que não está sozinho
Que eu sou tua... (Que eu sou teu)
Eu to carente do colo de mãe
Eu to carente da tua atenção
Eu to carente do teu abraço
Que me faz esquecer do meu cansaço
(Eu vou te abraçar, filho)
Eu to carente do amor da minha mãe
Eu to carente da tua voz
Me dizendo que ta tudo bem
Ta tudo bem, meu filho...
(Colo de Deus – Colo de Mãe)



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