(Por Stella Araújo)
“Com efeito, nos Livros Sagrados o Pai que está nos céus vem
carinhosamente ao encontro de seus filhos e com eles fala” (CIC §104)
O termo “profeta” deriva do grego (prophétes) e está ligado a ideia de “porta-voz”, o qual transmite a mensagem
em nome de alguém. Os profetas eram antes de tudo, pregadores, raramente
escreviam, por isso torna-se manifesto que os seus oráculos e sermões foram
preservados pelos seus discípulos, que os editaram. A vocação profética consiste
em uma profunda experiência de Deus. O profeta faz uma leitura dos sinais dos
tempos. E é por essa razão que, na maioria das vezes sua mensagem centra-se no
âmbito social e político. Além disso, os profetas denunciavam os erros do povo
e das autoridades, como: idolatria, misticismo, falsos profetas, pecado da
monarquia, entre outros.
Os Livros Proféticos
são livros que contém os escritos e pregações dos profetas, os quais desempenham
uma função fundamental no meio do povo de Deus. O nome desses livros se dá em
virtude de cada um ser encabeçado pelo nome de um profeta, quem nem sempre é o
autor do texto, mas que pode ser a figura histórica que deu personalidade a
ele.
No Antigo
Testamento, os Livros Proféticos estão divididos em: “Profetas Maiores” e “Profetas
Menores”. Essa divisão não está relacionada a importância dos profetas, e
sim, à quantidade de seus escritos.
Entre os “Profetas Maiores” estão: Isaías,
Jeremias, Ezequiel e Daniel. Enquanto podemos destacar no rol dos “Profetas Menores”: Miquéias, Zacarias,
Abdias, Malaquias, Baruc, Oséias, Joel, Amós, Jonas, Naum, Habacuc, Sofonias e
Ageu. No índice da Bíblia na parte dos profetas encontramos também o Livro das
Lamentações, cuja autoria é atribuída ao Profeta Jeremias, segundo a tradição. As
Lamentações são poemas de luto em virtude da devastação de Jerusalém e a
destruição do Templo por Nabucodonosor.
No tocante ao
Livro de Baruc, há um entendimento que o coloca entre os “Profetas Maiores”, pelo motivo de ter sido secretário, escriba
de Jeremias. E em relação à Jonas, nota-se que na Bíblia grega, ele aparece na
lista de “Profetas Menores”, mas na
Bíblia hebraica faz parte dos “Escritos”.
Os Livros
Proféticos encontram-se na parte do Antigo Testamento. E o “Antigo Testamento é uma parte indispensável da Sagrada Escritura. Seus
livros são ensinamentos e conservam um valor permanente, pois a Antiga Aliança
nunca foi revogada” (CIC §121).
Irmãos, os
profetas têm muito a nos ensinar, eles são mensageiros de Deus. E que a cada
dia possamos aprender através deles, aprender através da Palavra de Deus. Vamos
nos aproximar da Sagrada Escritura, para ouvirmos atentamente a voz de Nosso
Senhor, pois como diz o Catecismo: “Na
Sagrada Escritura, a Igreja encontra incessantemente seu alimento e sua força,
pois nela não acolhe somente uma palavra humana, mas o que ela é realmente: a
Palavra de Deus” (CIC §104).
“Na condescendência de sua bondade, Deus, para revelar-se aos
homens, fala-lhes em palavras humanas: Com efeito, as palavras de Deus,
expressas por línguas humanas, fizeram-se semelhantes à linguagem humana, tal
como outrora o Verbo do Pai Eterno, havendo assumido a carne da fraqueza
humana, se fez semelhante aos homens” (CIC §102).
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