(Por Amanda
Batista)
“É urgentemente necessário que surja uma
nova geração de apóstolos que estejam enraizados na Palavra de Cristo, em
condições de dar uma resposta aos desafios do nosso tempo e preparados para
anunciar o Evangelho em toda a parte” (Bento XVI)
Boa
tarde, irmãos! A paz de Cristo e o amor de Maria! Hoje falaremos um pouco sobre
a dimensão social na Evangelização, que é o cap. IV da Exortação Apostólica
Evangelli Gaudium (EG) do Papa Francisco, de 24 de novembro de 2013, em
decorrência do encerramento do Ano da Fé.
Para
falarmos um pouquinho sobre esse tema, é interessante nos remetermos à questão
histórica que antecede ao século XVI, que antecede a modernidade. Até esta época, Deus era o centro de tudo, não havia
separações de assuntos entre a Igreja e o mundo. Porém, a partir do século XVI,
Deus e a religião deixaram de ser o fundamento da ordem social e moral. Aos
poucos a religião e Deus foram sendo entendidos como algo privado, pessoal de
cada um e assuntos pertencentes à natureza, a vida social e pública, passaram a
serem tomada conta pelo Estado e ciência. (Fr. Dorvalino Fassini)
O
Fr. Dorvalino Fassini ainda nos explica que dessa forma, as pessoas passaram a
viver um cristianismo reduzido, de forma íntima e particular, que volta-se para
a somente salvação da alma. Muitas vezes, o ensinamento que o próprio Jesus nos
deu: “tudo o que fizestes a um desses
meus irmãos é a mim que o fizestes” é realizado para tranquilizar nossa
própria consciência e sabermos que estamos em dia com nossas “obrigações” para
com Deus.
Com
esta exortação, o Papa Francisco nos mostra que devemos retomar a dimensão
social da evangelização e renunciar essa espiritualidade privada que
adquirimos. Devemos retomar o coração do Evangelho, onde há o comprometimento
com a justiça, paz, fraternidade com Deus e com todos os seres e criaturas,
principalmente com o ser humano.
Dom
Demétrio Valentin, da Diocese de Lajes, nos explica que o evangelho tem sua
própria força para interagir com a sociedade e assim contribuir para que ela
torne-se mais justa e humana. Se a Igreja é missionária por natureza, a
caridade efetiva para com o próximo, dá assistência e promoção.
O
Professor Ms. Pe. Antonio Almir Magalhães de Oliveira (2013) nos conta que essa
Exortação do Papa Francisco, foi divida em quatro partes. São elas:
1.
As repercussões comunitárias e sociais do querigma: reflete sobre a confissão da fé e o compromisso social;
2.
Inclusão social dos pobres: ouvir o clamor dos pobres com fidelidade ao
evangelho;
3.
O bem comum e a paz social: relação entre a dignidade da pessoa humana e o bem
comum;
4.
O diálogo social como contribuição para a paz: usa de três campos onde o diálogo da Igreja deve
estar: Estado, sociedade e com os outros crentes que não fazem parte da Igreja
Católica.
Enfim,
irmãos, esse é apenas um capítulo da Exortação Apostólica Evangelli Gaudium
(EG) do Papa Francisco e, como o dicionário nos define, exortar é dar conselho,
é avisar com o intuito de advertir, chamar a atenção. Que possamos tomar posse
desta exortação e repensar um pouco mais sobre nossas atitudes.
Convido
você, irmão, a refletir comigo se estamos vivendo realmente o Evangelho em
relação ao social, se primeiramente estamos fazendo o bem para o próximo e, se
estamos, o fazemos de coração, ou porque sabemos que Deus nos pede? Pense,
repense e se for o caso, aja!
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