Evangelização da Juventude - Desafios e Perspectivas Pastorais

(Por Lívia Pereirinha)

A CNBB preocupada com a ação evangelizadora jovem trouxe para nós o Documento 85 (Evangelização da Juventude) para nos orientar. O presente documento se divide em três partes. I) – Elementos para o conhecimento da realidade dos jovens;  II) – Um olhar de fé a partir da Palavra de Deus e do Magistério; e III) – Linhas de ação. Iremos, portanto, dividir da mesma forma a nossa formação.
            I)- Elementos para o conhecimento da realidade dos jovens.
1. As transformações culturais e os jovens
Com o passar do tempo, tudo foi se modificando, o jeito de vestir, de falar, de agir, e a Igreja não foi acompanhando essa mudança, conseqüentemente foi deixando o jovem de lado. O Papa João XXIII convocou então, o Concílio Vaticano II, sendo uma das finalidades para ajustar a evangelização dos jovens, buscando trazê-los para a Igreja.
É necessário que a evangelização da juventude esteja sempre se atualizando e indo em busca da dinâmica de sua subjetividade, nesse sentido, hoje temos acesso a vários livros da Santa Igreja escritos no linguajar jovem, como o Youcat e o novo Docat, assim fica mais fácil trabalhar com a juventude, inclusive trabalhar as vocações, que na maioria das vezes, são descobertas nessa fase da vida.
2. Perfil da juventude brasileira
Em nosso país a juventude está classificada dos 15 aos 29 anos, portanto, para uma efetiva evangelização precisamos entender as diversas fases que os jovens passam durante essa faixa etária.
Outro ponto importante é a diferença sócio-econômico que normalmente há dentro dos grupos de jovens das paróquias, é necessário realizar atividades que sejam acessíveis a todos, e ter sempre o cuidado de não menosprezar um ou outro por ter mais ou menos condições financeiras.
Há também uma preocupação quanto a influência que esses jovens recebem dos diversos canais de comunicação, novelas, propagandas, redes sociais, e tudo isso tem que ser considerado para se trabalhar a personalidade e a religiosidade. Qual influência o seu grupo de jovens está recebendo? Essa influência tem sido positiva ou negativa? Como posso trabalhar melhor com esses jovens? Tudo isso tem que ser pensado e programado para ser trabalhado dentro do grupo, para que a evangelização aconteça efetivamente, e ajude a nortear a vida de todos.
Outro fator muito importante a ser analisado é o perfil religioso de nossos jovens, estatisticamente falando, temos hoje em nosso país, uma porcentagem menor de jovens católicos se comparados com anos passados, talvez pelo período em que a Igreja não soube acompanhar as mudanças culturais, ou por muitas vezes pelos jovens acharem que participar da Igreja é apenas para viver uma vocação religiosa, e isso tem que ser mudado nos nossos grupos jovens, eles precisam ter uma experiência pessoal com Deus, para não seguirem a religião por herança familiar, e sim por saber que lá dentro ele encontra a verdadeira felicidade, que o acompanhará em todos os momentos de sua vida.
3. O valor da experiência acumulada da Igreja.
A evangelização da juventude não é algo que está começando agora, “A Igreja Católica é uma das organizações que tem mais experiência acumulada e sistematizada no trabalho com a juventude”. (Documento 85 pág. 36)
Dentre todas essas transformações para o acompanhamento da evangelização da juventude, a Igreja Católica vem adquirindo experiências, com seus erros e acertos, e buscando melhorar cada dia mais, são os jovens evangelizados hoje que irão evangelizar e orientar a juventude de amanhã.

Finalizo essa primeira parte destacando algumas pastorais e movimentos que atuam juntos com os jovens, entre elas “as pastorais da juventude, os movimentos eclesiais, os serviços pastorais das congregações e as novas comunidades. Reconhecemos que a evangelização dos jovens é obra de muitas mãos, inclusive com a contribuição da Pastoral Familiar, Pastoral Vocacional, Pastoral Catequética, ação missionária.” (Documento 85, páginas 37 e 38).

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