Evangelização da Juventude - Desafios e Perspectivas Pastorais (parte III)

(Por Lívia Pereirinha)

Amados filhos de Deus, paz e bem a todos vocês!!! Hoje iremos estudar a terceira parte do documento 85: As linhas de ação.
Depois de estudarmos as realidades da juventude brasileira e confrontá-la com os princípios da fé, veremos hoje, as propostas dadas pela CNBB sobre o que fazer para que a sua paróquia tenha um grupo de jovens atuante e participativo. Essa terceira parte será divida em dois textos, abordando assim quatro linhas de ação em cada.

            III)- Linhas de ação
Com o intuito de atender a todos os anseios da juventude quanto a Igreja Católica, chegaram à conclusão de que seriam necessárias oito linhas de ação, que estudaremos a seguir.
1ª Linha de Ação: Formação integral do(a) discípulo(a).

O jovem tem necessidade de entender tudo o que está vivendo, e não seria diferente dentro da Igreja, é preciso formá-lo para todo e qualquer serviço que ele for prestar, para que saiba verdadeiramente o que está fazendo, assim ele será cada dia mais responsável e interessado pelo seu ministério.
Dentro dessa formação é necessário estar atento às cinco dimensões: psicoafetiva, psicossocial, mística, sociopolítico-ecológica e capacitação.
A dimensão psicoafetiva é a formação da personalidade do jovem, deve-se mostrar ao jovem a importância do autoconhecimento e da autocrítica para que ele consiga administrar com confiança os conflitos que possam vir a existir dentro da diversidade do grupo.
A dimensão psicossocial faz o jovem entender a personalidade e dificuldade do outro, faz o jovem entender a importância de se relacionar com todo o grupo aceitando as diferenças de cada um.
A dimensão mística forma o jovem teologicamente, aqui ele irá entender sobre sua vida, seu relacionamento com Deus, o porquê de sermos os escolhidos de Deus, nossa verdadeira importância para Ele. Essa formação é feita por livros, estudos, catequeses e principalmente pela leitura diária da palavra de Deus.
A dimensão sociopolítico-ecológico faz o jovem ter consciência de sua responsabilidade com o meio em que vive, o faz ter consciência de cidadania.
Já a dimensão capacitação forma o jovem sobre sua relação com a sua ação, o ensina a ter liderança seja no seu grupo de jovens, na escola, ou no trabalho, já dizia São Tiago, “uma fé sem ação é uma fé morta”, nessa dimensão o jovem é capacitado ao serviço da Igreja e da comunidade.

2ª Linha de Ação: Espiritualidade.

Após ser formado o jovem precisa aprofundar cada vez mais em sua espiritualidade, ter um verdadeiro encontro com o Cristo para que possa O anunciar, e viver sua primeira vocação, a vocação a Santidade. Esse aprofundamento se dará através da oração pessoal e comunitária, participação na comunidade, a leitura orante da Bíblia, a vivência dos Sacramentos, a devoção a Nossa Senhora, os diversos retiros e formações proporcionados a eles, pela paróquia, as leituras e reflexões, entre outras ações. A partir do momento que o jovem vivencia sua espiritualidade e recebe a devida formação ele está preparado para caminhar cada dia mais compromissado com a evangelização.

3ª Linha de Ação: Pedagogia de Formação.

Já abordamos o quão necessária a formação se faz, porém, para que ela aconteça é preciso que se analise o grupo a ser formado e se crie princípios norteadores para cada realidade, a partir de critérios relacionados na primeira parte desse estudo, as diversas realidades da juventude brasileira.
É importante que a formação seja uma só para todos os grupos, porém a pedagogia usada deve respeitar a individualidade desses grupos, assim, todos compreenderão da melhor forma o que lhes foi passado, fazendo com que se interessem mais pelos assuntos passados, o que os faz sair em busca de mais informações.

4ª Linha de Ação: Discípulos e Discípulas para a missão.

Quando se monta um grupo de jovens na paróquia a tendência natural é que esses jovens se fechem nesse circulo de amizade, fazendo com que o grupo fique pequeno e sem abertura. É preciso orientar os jovens para saiam em busca do outro, para chamarem mais e mais jovens para esse grupo, pois é mais fácil mostrar ao jovem que não conhece Jesus, essa alegria contagiante por outro jovem, do que por um adulto. O jovem tem um linguajar peculiar, e por isso a relação se torna mais fácil e agradável, o testemunho de vida é um diferencial na busca desses novos jovens também, e assim vão se formando discípulos e discípulas de Cristo.

Encerramos aqui a primeira parte das linhas de ação, propostas pela CNBB nesse documento 85, e fica para nós a reflexão: estamos cumprindo nosso papel de evangelizadores? Estamos cumprindo nossa missão em nossa paróquia, em nossa casa, em nossa vida? Deus conta conosco.

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