(Por Livia Pereirinha)
Queridos
irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo, vamos continuar nossa formação
sobre o documento 85, que nos mostra as diretrizes de evangelização da
juventude, e hoje nosso tema nos remete muito ao que a Igreja trabalha em todo
o mês de outubro, A MISSÃO, portanto, peçamos a Deus que nos guie nessa missão
evangelizadora que Ele nos propôs, e nos ajude a ser cada dia mais firmes e
fiéis na caminhada. Vamos então para a segunda parte desse valioso documento.
II)-
Um olhar de fé a partir da palavra de Deus e do magistério.
1. O
seguimento de Jesus Cristo
Jesus durante sua vida
terrena fez tudo conforme a vontade do Pai, deu-nos o exemplo de como devemos
agir para que um dia possamos desfrutar felizes do Reino dos Céus.
Jesus chamou a cada um
dos doze apóstolos para segui-lo, e assim eles vivenciaram o Cristo para
anunciá-lo após sua morte e ressurreição. Ele sabia que não permaneceria com
eles por muito tempo, por isso precisava formá-los e transformá-los em
missionários, evangelizadores da Boa Nova.
Foi com a experiência
concreta que tiveram ao lado de Jesus que os apóstolos conseguiram realizar a
missão dada a eles, pois sabiam que o Caminho, a Verdade e a Vida só teriam se
continuassem vivendo e evangelizando o que lhes foi ensinado.
Dessa mesma maneira o
jovem precisa vivenciar Jesus para que possam evangelizar outros jovens, e as
demais pessoas que os rodeiam. Sem essa vivencia não há um real interesse em
seguir essa missão a qual todos nós somos chamados.
É necessário mostrar ao
jovem que eles encontram com Deus em todos os momentos do seu dia a dia, é
preciso testemunhar dentro do contexto deles, para que não fique uma coisa
abstrata e distante, o verdadeiro encontro com Cristo acontece quando o jovem
entende concretamente que numa simples ação sua, em seu cotidiano, existe a
ação de Deus.
2. Igreja,
comunidade dos discípulos de Jesus.
Hoje é muito comum
encontrarmos resistência dos jovens perante a Igreja, isso se deve, em grande
parte, a formação negativa que tiveram sobre atitudes realizadas por pessoas
que estavam dentro da Igreja, mas omitem a esses jovens as várias obras
realizadas para o bem de todos, e principalmente, dos mais necessitados.
Quando afirmamos que
nossa Igreja é Santa e Pecadora, é porque ela foi Criada por Deus para a
Santidade, para nos ensinar a caminhar sempre em busca dessa santidade, porém
ela é formada por homens que cometem seus deslizes e pecados, e na formação dos
jovens lhe são passadas apenas esses erros.
A medida que o jovem vai
descobrindo a credibilidade da Igreja nas obras sociais, todos os projetos
assistenciais mantidos por ela, essa desconfiança e distanciamento vai
desaparecendo e fazendo com que ele esteja cada vez mais engajado em sua
paróquia, em sua comunidade.
Após resgatar o jovem da
vida mundana, e apresentar-lhe a verdadeira alegria vinda de Cristo, é
necessário que a comunidade paroquial lhe abra as portas para a efetiva
participação nas pastorais e movimentos, dando a ele uma certa
responsabilidade, envolvendo-o também, nas decisões que deverão ser tomadas
para o bom funcionamento da paróquia, e assim teremos uma renovação contínua da
Igreja, e lhe mostraremos que a juventude é uma prioridade para a nossa Igreja.
“Dizer
que, para a Igreja, a juventude é uma prioridade em sua missão evangelizadora,
é afirmar que se quer uma Igreja aberta ao novo, é afirmar que amamos o jovem
não só porque ele representa a revitalização de qualquer sociedade, mas também
porque amamos, nele, uma realidade teológica em sua dimensão de mistério
inesgotável e de perene novidade.” (doc. 85, pág. 56)
3. Construção
de uma sociedade solidária.
A
evangelização da juventude não pode basear-se apenas em suas relações mais
próximas, seus círculos de amizade, ou sua família, é preciso que o jovem saiba
lutar por uma sociedade mais justa e solidária.
Vivemos
em nosso país uma desigualdade social muito grande, e isso faz com que pensemos
apenas no dinheiro e nossa comodidade, fazendo com que a criminalidade aumente
cada dia mais, em busca do poder e do dinheiro.
A
Igreja tem que formar os cristãos para terem “os olhos” de Jesus, para que
queiram lutar pelos mais necessitados, para que olhem pelos pobres, doentes e
feridos, com um olhar bondoso, caridoso, piedoso, para que saiam em busca dos
mais carentes dando-lhes a atenção necessária, assim como Cristo fez, quando
aqui na terra esteve.
4. Pronunciamentos
do Magistério sobre a juventude.
“Na
sua mensagem aos jovens o Concílio diz: “A Igreja olha para vós com confiança e
amor [...]. Ela é verdadeira juventude do mundo [...]. Olhai para ela e nela
encontrareis o rosto de Cristo”.” (doc. 85, pág. 59)
Muitas são as encíclicas,
textos, documentos, feitos pela Igreja, dirigidos aos jovens. A Igreja se
preocupa muito com a formação desses jovens e por isso se ocupa em
disponibilizar esse material a eles.
O Papa João Paulo II fez
um desafio aos jovens brasileiros que continua atual: “É urgente colocar Jesus como alicerce da existência humana. Os
melhores amigos, seguidores e apóstolos de Cristo foram sempre aqueles que
perceberam, um dia, dentro de si, a pergunta definitiva, incontornável, diante
da qual todas as outras se tornaram secundárias: “Pra você, quem eu sou?” A
vida, o destino, a história presente e futura de um jovem dependem da resposta
nítida e sincera, sem retórica, sem subterfúgios, que ele puder dar a esta
pergunta. Ela já transformou a vida de muitos jovens.”
Assim terminamos mais uma
parte do nosso belíssimo documento 85, vimos como somos chamados a missão desde
cedo, e nossa resposta não pode ser outra, apenas o SIM para a evangelização do
Reino de Deus.
Os jovens precisam
descobrir esse Deus maravilhoso que está sempre ao nosso lado, nos dando o que
de melhor podemos ter, a verdadeira alegria e sentido da vida.
Para você, quem é
Jesus?
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