(Por Mariana Neves)
“Deus criou o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou, homem e
mulher os criou” (Gên 1, 27)
Bom dia, meus queridos!
Que a paz de Jesus e o amor de Maria nos conduza nessa quarta-feira. Vamos
continuar o nosso tema sobre a dignidade e a vocação da mulher?
Na semana passada, eu
comecei a abordar com vocês a Carta Apostólica “Mulieris Dignitatem”, e o nosso primeiro tema foi sobre Theotókos (Mãe de Deus). Ao dar seu
“fiat”, Maria nos ensinou que quando temos um coração disponível a Deus,
encontramos a plenitude de nossa vocação e dignidade. Hoje iremos para o
terceiro tópico da carta: “Imagem e semelhança
de Deus”. Boa leitura!
O gênero humano coroa
toda a obra da criação. Tanto o homem, quanto a mulher, foram criados a imagem
e semelhança de Deus, a quem o Criador confiou o domínio da de toda terra e as
criaturas do mundo visível (cf. Gên. 1, 28). É a racionalidade do homem (animal rationale) que o faz ser
semelhante a Deus, diferente dos outros seres que são dotados apenas dos
sentidos (animália).
Em Gênesis 2, 18-25, é
relatado para nós a criação da mulher. Entre as criaturas criadas, o homem estava
só e não encontrava em nenhuma delas um “auxiliar”. Deus criou a mulher através
da costela do homem e é reconhecida por ele “como carne da sua carne e osso de
seus ossos” (cf. Gên. 2, 23), e isso explica porquê do nome “mulher”. Em
hebraico, homem quer dizer iš e
mulher quer dizer iššah: “Ela chamar-se-á
mulher ('iššah), porque foi tirada do homem ('iš 2) ” (Gên, 23). Nesse
contexto, podemos perceber que o homem e a mulher são iguais perante a
humanidade. Ambos foram criados por Deus. Desde o início aparecem como “unidade
dos dois”, superando assim a solidão originária do homem e encontrando seu
auxiliar. Essa auxiliar é sua companheira de vida, sua esposa. “Sede fecundos e multiplicai-vos, povoai a
terra; submetei-a “ (Gên 1, 28): aqui Deus institui o matrimônio e mostra
que homem e mulher foram criados para transmissão da vida através dos tempos.
O homem e a mulher não
são imagem de Deus individualmente, eles são semelhantes a Deus enquanto ser
racional e livre. Foram criados como “unidade de dois” e são chamados a viver
uma comunhão de amor e para serem reflexo no mundo da comunhão de amor é própria de Deus, pela qual as três
Pessoas se amam no íntimo mistério da única vida divina. São chamados não só a existirem um ao lado do
outro ou juntos, mas para existir reciprocamente um para o outro. E aqui
podemos compreender o termo “auxiliar” usado no livro do Gênesis para se
referir à mulher. Tanto o homem quanto a mulher são chamados a serem auxílio na
vida do outro. E, como imagem e semelhança de Deus o homem é chamado a existir
para os outros e fazer disso um dom.
Então,
pessoal, por hoje é isso! Espero que consigam compreender um pouco do que a
segunda parte da carta Mulieris Dignitatem fala. Que vocês possam buscar ler
também e aprender tanto quanto eu tenho aprendido.
Santa noite
para vocês!
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