(Por Amanda Batista)
“Se tiverdes uma fé comparávels
a um grão de mostarda, direis a este monte: ‘Muda-te daqui para acolá’, e ele
há-de mudar-se. E nada vos será impossível” (Mt 17,20)
Boa tarde, irmãos e irmãs! Paz e bem! Quis colocar a
passagem acima, pois hoje a igreja comemora o dia de Santa Úrsula, uma mulher
de muita fé, que não teve medo de derramar seu sangue por Cristo e que também é
padroeira de um grande projeto de evangelização. A seguir, vamos conhecer um pouco da história
dessa santa e da Companhia que leva o seu nome.
Úrsula nasceu em 362, era filha dos reis de uma região
chamada de Cornúbia, na Inglaterra. Úrsula foi criada nos princípios cristãos,
quando pequena já fazia orações e buscava as coisas de Deus. Quando chegou a
adolescência, em seu intimo, Úrsula fez um voto secreto de consagração total a
Deus.
Conforme foi crescendo Úrsula foi ficando cada vez
mais bonita e a fama de sua beleza foi crescendo também, o que fez com que ela
fosse desejada por vários pretendentes da nobreza. Sem saber do seu voto
secreto, o pai de Úrsula aceitou o pedido de casamento do duque Conanus, que
era general de um exército pagão, mas aliado do pai de Úrsula. Como sendo uma
moça com princípios cristãos, ela ficou extremamente triste ao saber que seu
noivo era pagão, entretanto, como era costume da época, ela teve que obedecer
às ordens de seu pai. Ainda em uma tentativa de amenizar a situação, Úrsula
pediu ao seu pai três anos para preparar-se para o casamento, para ela esse tempo
poderia lhe dar duas opções: ou o cancelamento do casamento ou a conversão do
duque. Infelizmente suas tentaivas foram em vão e ela não atingiu nenhum dos
objetivos.
Passados os três anos, Úrsula partiu numa viagem de
barco para a Bretanha Francesa ao encontro de seu noivo. Na viagem ela era
acompanhada por mais onze moças, que casariam-se com alguns soldados do duque.
Durante a viagem pelo rio Reno houve uma forte tempestade, que desviou o rumo
da embarcação, levando Úrsula e toda a sua comitiva a aportar em uma cidade
chamada Colônia, na Alemanha. A região estava dominada pelos hunos, povo
bárbaro e pagão. O rei dos hunos, Átila, mandou matar toda a comitiva que
estava no barco, permanecendo apenas Úrsula e suas companheiras. As moças
recusaram-se a se entregar aos hunos, por isso foram todas mortas. Já a beleza
de Úrsula encantou ao próprio Átila, que quis torná-la uma de suas esposas,
porém ela se recusou dizendo já ser casada com o rei mais poderoso de toda a
Terra, Jesus Cristo. Com raiva de sua resposta, Átila mesmo degolou a moça em
21 de outubro de 383. O túmulo de Santa Úrsula e suas companheiras está
localizado em uma igreja na Colônia.
A Companhia
de Santa Úrsula
A história de Santa Úrsula ficou conhecida não somente
na Alemanha, mas em toda a Europa. Durante a Idade Média uma moça chamada
Ângela de Mérici (que mais tarde tornou-se santa), uma italiana de vida
sofrida, mas também de muita fé, teve uma visão de Santa Úrsula. Esta então
fundou uma Congregação de freiras chamada de Companhia de Santa Úrsula.
O objetivo de Ângela era dar formação cristã às
meninas. Foi um projeto muito impactante, pois na época somente os homens
recebiam qualquer tipo de formação. Ângela queria transmitir àquelas meninas a
fé e assim ensinar as futuras mães e esposas a transmitir essa mesma fé para
seus filhos.
A Companhia de Santa Úrsula foi fundada em 1535, e até
hoje as filhas de Santa Ângela dedicam-se a Educação em vista a Evangelização.
As irmãs ursulinas (como são chamadas) estão presentes nos cinco continentes e
e são sempre fiéis a sua fundadora e seguem sob a proteção de Santa Úrsula.
Reflexão
Vimos que Santa Úrsula foi criada nos princípios
cristãos e vimos sua força mesmo num momento de aflição, mesmo quando não tinha
mais escolhas, ela não negou sua fé, mesmo sabendo das consequências e ainda
encorajou suas companheiras a manterem-se firmes junto com ela.
Santa Ângela também foi criada dentro dos princípios
cristãos e ousou na época em que viveu dando formação às jovens, para que estas
também pudessem ensinar seus filhos a crescerem na fé.
Fazendo uma pequena reflexão, podemos perceber exemplos
do que conversamos na semana passada: a
importância de evangelizar as crianças. Santa Úrsula conhecia sua fé desde
criança e não a deixou mesmo num momento difícil e Santa Ângela, ainda na Idade
Média, revolucionou com sua ideia de ensinar às futuras mães a passar sua fé a
seus filhos. Vejam, se estas moças já em suas épocas, viam a importância da
evangelização na infância, porque nós no século XXI, com tantos recursos disponíveis, não o fazemos também?
#ficaadica ;)
Santa Úrsula e Santa Ângela de Mérici, rogai por nós!
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