Canonização
é um termo bastante comum entre nós cristãos católicos e sabemos que canonizar
é declarar alguém santo. Mas, como isso acontece? Por que alguém é canonizado?
Quanto tempo isso demora? Sim, canonizar é o ato de declaração oficial feito
pela Igreja Católica, tratando-se de um processo que inclui diversas fases, que
vão desde a investigação da vida do candidato a santo até a constatação de
milagres realizados por sua intercessão.
O
primeiro homem oficialmente elevado à honra dos altares foi Santo Ulrico, Bispo
de Augsburgo, na atual Baviera, Alemanha, no século X. Isto não significa que
não tenha havido santos na Igreja nos séculos anteriores. Houve sim, mas não
passaram por um processo formal, segundo regras definidas pela Santa Sé. Até
então, os santos eram aclamados pelo entusiasmo popular, enquanto hoje, a fama
de santidade de um católico leva apenas a que se inicie o seu processo de
canonização. E o primeiro santo brasileiro que foi canonizado foi Frei Galvão,
canonizado pelo Papa Bento XVI em 11 de maio de 2007.
O
processo de inicio da canonização antes era feito somente pelo papa, hoje em
dia pode ser feito pelos bispos, então em qualquer diocese pode-se iniciar o
processo de canonização de alguém. Tudo começa com a investigação do candidato
pelo bispo da diocese em que ele viveu, onde é reunido o material referente à
sua suposta santidade, como seus escritos e relatos dos milagres. O bispo
aponta então um promotor da causa, para defender o candidato, e um “promotor da
fé”, para checar e contrapor os argumentos. Daí são necessários que pelo menos
dois milagres autênticos sejam comprovados para que o papa canonize o
candidato.
Quando
a causa é iniciada, o candidato recebe o título de Servo de Deus, que é o caso
de Irmã Dulce. O primeiro processo é o das virtudes ou martírio. Este é o passo
mais demorado porque o postulador deve investigar minuciosamente a vida do
Servo de Deus. Em se tratando de um mártir, devem ser estudadas as
circunstâncias que envolveram sua morte para comprovar se houve realmente o
martírio. Ao terminar este processo, a pessoa é considerada Venerável.
O
segundo processo é o milagre da beatificação. Para se tornar beato é necessário
comprovar um milagre ocorrido por sua intercessão. No caso dos mártires, não é
necessária a comprovação de milagre. Irmã Lindalva passou a ser Venerável em 16
de dezembro de 2006, quando o decreto do seu martírio como serva de Deus foi
promulgado. Agora é aguardada a cerimônia da beatificação, já que ela é
dispensada de milagre.
O
terceiro e último processo é o milagre para a canonização. Este tem que ter
ocorrido após a beatificação. Comprovado este milagre o beato é canonizado e o
novo Santo passa a ser cultuado universalmente.
Basicamente,
é preciso solicitar a abertura da causa, nomear um responsável para acompanhar
o processo, investigar a fama de santidade do candidato, comprovar um milagre
realizado após a morte do candidato a santo, beatificar o candidato, comprovar
um segundo milagre, desta vez realizado após a beatificação, para enfim
proclamar o candidato santo, que é a canonização propriamente dita.
Bom
saber como se dá esse processo não é? É isso, a Igreja e suas belezas que nos
encanta.
Processo de Canonização
(E. K - Minions Católicos)
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