Sacrosanctum Concilium - O Sagrado Mistério da Eucaristia



Boa tarde amados, a Paz de Nosso Senhor Jesus Cristo, e o Amor da Virgem Santíssima estejam sempre convosco.
“Chegada que foi a hora, Jesus pôs-se à mesa, e com ele os apóstolos. Disse-lhes: Tenho desejado ardentemente comer convosco esta Páscoa, antes de sofrer. Pois vos digo: não tornarei a comê-la, até que ela se cumpra no Reino de Deus. Pegando o cálice, deu graças e disse: Tomai este cálice e distribuí-o entre vós. Pois vos digo: já não tornarei a beber do fruto da videira, até que venha o Reino de Deus. Tomou em seguida o pão e depois de ter dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Do mesmo modo tomou também o cálice, depois de cear, dizendo: Este cálice é a Nova Aliança em meu sangue, que é derramado por vós...” (Lc 22, 14-20)
Hoje dando continuidade ao estudo do Sagrado Concílio sobre a reforma da Liturgia, vamos focar no mistério da Eucaristia, mistério este que celebramos em todas as Missas e Celebrações, onde Jesus Cristo na Última Ceia com seus apóstolos, na noite em que iria ser entregue, se fez pão e vinho para perpetuar seu sacrifício na Santa Cruz por gerações em gerações até a sua volta, afim de que a alma de todos os fiéis se enchessem de graça e nos é concedido o penhor da glória futura.
Por este motivo, a Igreja atua empenhadamente para que os fiéis não assistam à missa apenas ou sejam participantes mudos, mas que os fiéis participem ativa, plena e piedosamente da Santa Celebração Eucarística, participando do banquete na mesa de sacrifício, erguendo louvores e preces a Deus. O oferecimento não se deve ser feito apenas pelas mãos do sacerdote, mas em união com ele, oferecendo nós mesmos, o nosso dia a dia, para que tudo seja consumado, e que Deus possa ser tudo em todos.
Para que este sacrifício eucarístico na mesa se torne além de um simples rito, mas que alcance uma perfeita eficácia pastoral, o Concílio determinou que o Ordinário das Missas fossem revisados, principalmente as missas que possuem uma assistência do povo, sobretudo nas missas de domingo e solenidades. Esta revisão ocorreu de modo que se manifestasse mais claramente as funções de cada membro, bem como suas conexões. Portanto, os ritos foram simplificados, mas guardando a sua verdadeira essência; omitindo alguns que com o passar do tempo foram se duplicando e se acrescentaram sem grande utilidade; e sendo restaurado alguns que foram desaparecendo com o passar do tempo.
As leituras da Sagrada Liturgia foram abertas para uma abrangência rica de história, um verdadeiro tesouro bíblico, a fim de que sejam lidas pelo povo as partes mais importantes as Sagrada Liturgia em determinados períodos de tempo. Por isso, as homilias expostas ao longo período do tempo litúrgico expõem os textos sagrados do mistério da fé, recomendado fazer a respeito das própria Liturgia, onde nunca se deve ser omitida a não ser por um motivo grave.
A “oração dos fiéis” ou “oração universal”, foi reestabelecida após o Evangelho e a homilia especialmente nos domingos e festas solenes, partindo de uma participação de todo o povo, para que se possa ser feito preces por todo o corpo da igreja. E por assim continuar, a igreja em grande unidade participe da comunhão após a comunhão do sacerdote, recebendo o Corpo do Senhor Consagrado pelas duas espécies.
A Missa é dividida em duas partes, a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística, porém, estão intimamente ligadas uma a outra, são duas partes que se compõe, de certa forma estas duas partes da Missa formas um só ato de culto, e por isso o Sagrado Concílio exorta que todos participem da Santa Missa por completo, instruindo bem os fiéis nas catequeses sobre este dever, principalmente nos domingos e festas de preceito.
§ 1. A concelebração, que oportunamente manifesta a unidade do sacerdócio, permaneceu em uso até ao dia de hoje, quer no Oriente quer no Ocidente. Por tal motivo, o Concílio decidiu estender a faculdade de concelebrar aos seguintes casos:
1°. a) na quinta-feira da Ceia do Senhor, tanto na Missa crismal como na Missa vespertina;
b) nas Missas dos Concílios, Conferências episcopais e Sínodos;
c) na Missa da bênção de um Abade.
2°. Além disso, com licença do Ordinário, a quem compete julgar da oportunidade da concelebração:
a) na Missa conventual e na Missa principal das igrejas, sempre que a utilidade dos fiéis não exige a celebração individual de todos os sacerdotes presentes;
b) nas Missas celebradas por ocasião de qualquer espécie de reuniões de sacerdotes, tanto seculares como religiosos.
§ 2. 1.° Compete ao Bispo regular a disciplina da concelebração na diocese.
2°. Contudo, reserva-se sempre a cada sacerdote a liberdade de celebrar a Missa individualmente, mas não simultaneamente na mesma igreja, nem na quinta-feira da Ceia do Senhor.
O novo rito da concelebração está inserido no Pontifical e Missal Romano.

Todos os pecados
Meus e o teus foram cravados no madeiro
Pois Jesus com seu sangue nos lavou
Ele se fez cordeiro
E recebeu as dores que nos foram impostas
E na cruz com amor nos libertou
Ele desceu de sua realeza para Se fazer sacrifício por nós
Se aniquilou e Se entregou
E como ovelha muda ao matadouro
Não murmurou, não reclamou por nada
E decidido pelas nossas vidas
Obediente foi até a morte de cruz
Oh Santa Cruz, bendita Cruz
Bendita seja a cruz o amor por ela se revelou
Nós somos a Igreja da Cruz
Por isso a exaltamos, Senhor
Não existe mais barreira entre nós
Por ela o véu do templo rasgou
O céu está aberto pra nós
O que era pecado agora é graça sem fim
(Banda Arkanjos – Santa Cruz)

(B. F - Minions Católicos)

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