São Martinho de Porres


Neste dia, celebramos São Martinho de Porres para alguns, São Martinho de Lima para outros e para os próximos: o padre negro dos milagres.
Nascido no Peru e filho de uma ex escrava com um nobre. Quando nasceu, não foi aceito por seu pai e nem pela família de seu pai, porém com o tempo, ambos aceitaram e Martinho foi morar com o pai.
Por ser de família nobre, seu pai anos depois foi nomeado governador e assim, Martinho teve que ir morar com a mãe. Viveu os dois lados da moeda, a riqueza com o pai e a pobreza com a mãe. Pobreza essa que em nenhum momento o fez murmurar pela vida que levava.
Aos 8 anos aprendeu alguns ofícios e esses, com o tempo o ajudariam em sua vida religiosa. Logo cedo aos 15 anos, sentiu o chamado a ser totalmente de Deus, mas por ser mestiço, não foi aceito tão fácil assim. O “não” recebido não o desmotivou. O anseio pela vida religiosa falou muito mais alto e com isso, ele se doou inteiramente ao Convento.
Essa doação não foi explicitamente à vida religiosa, mas a forma que encontrou de estar mais próximo ao desejo ardente de seu coração. Fazia no convento os afazeres domésticos, desde a varredura do local até cortes de cabelo, mas tudo aquilo era de alguma forma o jeito dele se aproximar do Amado. Seu cargo era o mais baixo, mas ele não se preocupava com isso, pois, o importante é que ele estava onde queria.
Quando seu pai soube do ocorrido (que o cargo de seu filho era o mais baixo), logo tentou intervir nisso e foi conversar com o superior de Martinho, porém o santo encerrando a conversa, falou que estava feliz onde estava, já que seu intuito maior não era roupas novas e sim, imitar a Cristo.
Como não tinha um cargo específico no convento, ajudava onde precisassem dele e ainda contemplava uma vida de oração. Das 24 horas, oito eram apenas para rezar.
Ele se doava mutuamente aos outros e prova disso, foi uma epidemia que se alastrou por sua cidade e ele cuidou de cada doente. No total, foram 60 sacerdotes cuidados mais os doentes da rua. Com medo do contágio da doença, ele ficou em contato direto com os doentes, num local fechado, mas nem assim, ele adoeceu.
Com o tempo, conseguiu entrar na ordem dos dominicanos. Aos poucos, foi ficando conhecido entre os locais, por sua fé e sua caridade. Muitas vezes, ia visitar alguém que já estava nas ultimas e logo ao ver o doente, já lhe informava que ficaria curado. Dias depois, o doente está são.
Com tantos atos, ficou conhecido como o padre negros dos milagres.
Faleceu aos 60 anos, devido uma febre.
Com sua história, percebemos que muitas vezes não é o cargo que ocupamos que nos torna importantes, mas sim, a disponibilidade em servir.
São Martinho, nos mostra que o servir sempre será mais importante que um nome, que um cargo, que um título. Que o amor sempre falará mais alto. Que quando somos realmente chamados a uma vocação, ninguém consegue tirar de nós, o real desejo que nosso coração anseia.

São Martinho de Porres, rogai por nós.

(P. L - Minions Católicos)

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