Deixar tudo para ter tudo

“É tudo o que tenho, recebe o meu nada, refaz a morada, habita em mim!”

Pare para pensar em quantas vezes nós nos apegamos as coisas materiais, as pessoas, aos animais... e como depositamos nossa felicidade neles... Mas na verdade é uma felicidade momentânea, é algo que não nos preenche, é algo que passa, e muitas vezes nos decepciona, pois esperamos demais, de algo ou alguém que não tem muito para nos ofertar.

Mas então, não é para gostarmos de pessoas, coisas ou animais? Não, não é isso que estou dizendo. Precisamos sim exercer o nosso gostar, nos doar, mas não depender deles.

No encontro com o jovem rico, Jesus nos fala claramente “vende tudo o que tens, dai-o aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me” (Lc 18,22). O que você faria se ouvisse esse pedido do Senhor? O homem ficou triste, pois ele era muito rico. E você ficaria triste também? Jesus em todos os convites que fez, fala isso, ‘deixa tudo, vem e segue-me’. Muitos seguiram, outros não tiveram coragem. E nós? Estamos abertos a esse pedido? Deixaríamos tudo para seguir Jesus? Mas aí você deve estar se perguntando, mas eu já não participo das atividades da minha paróquia, do meu grupo? O que seria esse seguir então?

Acredito que todos devem participar de alguma atividade, catequistas, ministros de música, ministros da comunhão, coroinhas, lideranças diversas... Mas até onde vai a minhas disposição para seguir Jesus? Até onde eu abriria mão em prol desse seguimento? Eu realmente tenho abdicado pelas obras? Tenho exercido a minha fé? Ou ao menor sinal de tormenta, eu já estou deixando o barco e corro?

Como nos diz a música, não temos nada a oferecer ao Senhor, afinal Ele é o nosso tudo. Mas Deus só quer uma coisa, VOCÊ!!! Você é o grande eleito de Deus! Ele quer o teu coração, a tua vida. Ele te quer por inteiro! E as vezes temos muitos entraves na nossa vida, que não permitem que sejamos inteiramente de Deus, que não deixa exalarmos o cheiro de Deus.

Deus é a eternidade. Deus é o próprio amor, por isso Ele não acaba. Precisamos viver esse amor, precisamos nos apaixonar por Deus, pois assim não vamos querer que termine esse amor! Viver intensamente. Assim apaixonados e eternizados em Cristo, nada mais nos importará! Apenas essa doce relação, para podermos enfim dizer “já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20), e enfim deixemos tudo, para ter tudo, para viver o tudo, para estar com o tudo, nosso grande e eterno amor, Jesus Cristo!

Graça, Redenção e Paz!

(M. N - Minions Católicos)