“É Natal! A estrela de Belém está brilhando. É Natal! A estrela é um
sinal do firmamento, vamos festejar e agradecer, em Belém nasceu a esperança”
Quando gostamos muito
de alguém, gostamos de visitar essa pessoa, não é? Levar um pouco de carinho,
levar presentes... Nos preparamos para essa visita, nos organizamos para chegar
na casa dessa pessoa. Mas e se nós não sabemos onde é a casa? Pedimos o
endereço, olhamos no Google maps, ligamos o GPS pra nos ajudar, e não paramos
até conseguir chegar ao nosso destino. Vocês acham que com Jesus foi diferente?
Lembremos que a chegada de Jesus foi esperada por muitas pessoas, foi
profetizada por muitos profetas, mas ninguém sabia exatamente de onde viria o
Messias, exceto José e Maria.
Mas existiram três
homens, três grandes homens, três reis, que saíram de suas casas para ir ao
encontro de Jesus, para encontrar logo no nascimento esse menino que mudaria a
vida de todos nós. Não se sabe muito sobre esses homens, falam que são de lugares
distintos, acredita-se que eram persas, pois se vestiam como tal, eram homens
poderosos daquele tempo, sábios, homens cultos e de grande espiritualidade que
buscavam sempre manter contato com Deus. A tradição dos primeiros séculos nos
diz que foram três reis sábios: Belchior, Gaspar e Baltazar. Até o ano de
474 d.C seus restos estiveram na Constantinopla, a capital cristã mais
importante no Oriente; em seguida foram trasladados para a catedral de Milão
(Itália) e em 1164 foram trasladados para a cidade de Colônia (Alemanha), onde
permanecem até nossos dias.
Agora imaginem, que
esses magos, tiveram uma revelação astronômica, onde um evento marcaria o local
do nascimento desse menino esperado. Esse foi o GPS que avisou aos reis magos
onde encontrariam o menino que seria Rei. Então quando a grande luz, a grande
estrela apareceu, marcando esse lugar, esse três homens saíram de sua terra e
iniciaram uma longa jornada ao encontro do menino Deus. Os Reis Magos não são
personagens criados por séculos de tradição cristã. Sua existência, além de
estar bem testemunhada no Evangelho, é também documentada pelas descobertas arqueológicas.
A revelação encontra-se
contida em um tabuinha, na qual foram acunhados caracteres cuneiformes, e o
evento descrito revelava a existência de uma conjunção de Júpiter e Saturno na
constelação de Piscis no ano 7 antes de Cristo. O evangelista Mateus (2, 2)
relaciona o evento de Belém com a aparição de uma estrela particularmente luminosa no céu da
Palestina. E é precisamente neste momento em que na tabuinha de argila oferece
um testemunho particular. A conjunção entre Júpiter e Saturno na constelação de
Piscis ocorreu no ano 7 a.C.,
em três ocasiões, durante poucos meses: de 29 de maio a 8 de junho; de 26 de
setembro a 6 de outubro; de 5 a 15 de dezembro. Além disso, segundo os cálculos
matemáticos, esta tripla conjunção pôde ser vista com grande claridade na
região do Mediterrâneo. Na antiga astrologia, Júpiter era considerado como a
estrela do Príncipe do mundo e a constelação de Piscis como o sinal do final
dos tempos. O planeta Saturno era considerado no Oriente a estrela da
Palestina. Quando Júpiter se encontra com Saturno na constelação de Piscis,
significa que o Senhor do final dos
tempos aparecerá
neste ano na Palestina.
Só que esse encontro
não aconteceu logo assim que eles chegaram. Como se tratava do Rei dos judeus
que estava nascendo, os magos assim que chegaram ao seu destino, começaram a
perguntar as pessoas sobre o rei, e assim eles foram direcionados a Herodes.
Pense no susto de Herodes ao saber que havia nascido um Rei e que ele não sabia
de nada. O evangelho de Mateus 2,2 narra esse encontro“Onde está o Rei dos judeus que nasceu? Pois vimos sua estrela no
Oriente e viemos adorá-lo”. Os magos, nem Herodes imaginavam que esse
grande Rei, seria encontrado numa manjedoura, numa grande simplicidade. O Rei
nasceu, mas não em berço de ouro, mas resplandecia luz, a sua própria luz, que
iluminaria as nossas vidas.
Quando os magos saíram
da presença de Herodes para continuar a sua busca, Herodes pediu que eles o
avisassem quando encontrassem o menino, porém essa notícia para ele não era das
mais queridas, e ele queria fazer algo ruim ao menino Jesus, e assim os magos
foram avisados em sonho, que não voltassem a Herodes, que voltassem para casa
por um outro caminho, e assim eles fizeram.
Esses Reis, saíram ao encontro do Messias,
foram fazer uma visita, foram encontrar alguém muito importante, logo não foram
fazer essa visita de mãos vazias, eles levaram presentes, e presentes muito importantes
para o menino Deus. O primeiro,Belchior, um velho homem com cabelos brancos e
longos, ofereceu ouro como para um Rei.O ouro significa a
sabedoria celeste. São Bernardo escreve: “Tereis
encontrado esta sabedoria se antes tiverdes chorado os pecados cometidos,
desprezado os gozos do mundo e desejado, de todo coração, a vida eterna. Tereis
encontrado a sabedoria se cada uma destas tiverem o gosto que tem: as coisas
amargas e as coisas de que se deve evitar; estas devem ser desprezadas como
caducas e transitórias; aquelas devem ser cobiçadas com todo desejo como bens
perfeitos; discerni o gosto no íntimo da alma”. Diz Santo Anselmo
(1033-1109), doutor da Igreja, que as moedas oferecidas pelos Magos a Jesus
Menino seriam as mesmas com que tantos séculos antes o casto José egípcio fora
comprado pelos israelitas, ao ser-lhes vendido por seus irmãos: as mesmas que,
tendo chegado depois às mãos dos Sacerdotes do Templo, serviram para dar a
Judas o preço da traição.
O segundo, Gaspar, jovem sem barba de complexão
rude honrou a Jesus como Deus com o presente de incenso, um presente
digno da Divindade; que significa a oração
devota. Daí o salmista: “Suba direto a ti
a minha oração, como o incenso” (Sl. 140, 2). A oração fiel, humilde e
fervorosa sobe ao céu e não regressa vazia.
O terceiro um homem de pele escura, muito
barbudo de nome Balthazar pelo seu presente de mirra, testemunhou que o Filho
do Homem teria que morrer. “As minhas mãos destilaram mirra, e os meus dedos
estavam cheios da mirra mais preciosa” (Ct 5, 5). Diz o grande São Gregório Magno: “As mãos significam as obras virtuosas, os
dedos, a discrição. Portanto, as mãos destilam a mirra quando, pelas obras
virtuosas, castiga-se a carne; mas os dedos são ditos cheios da mais preciosa
mirra, pois é muito preciosa a mortificação que se faz com discrição.”
Esses homens
foram ao encontro de Jesus, e eles deixaram que sua fé os guiasse, e não
perderam a esperança, até que chegaram ao lugar correto. Não encontraram o
menino como esperavam, mas não se decepcionaram quando o encontraram. Que
possamos assim como esses magos não deixar de olhar para essa grande luz, que é
o próprio Jesus, que não deixemos que a nossa fé esfrie e nos afaste de seus
caminhos, deixemos a nossa fé nos guie sempre ao encontro desse grande amor, ao
encontro de Jesus.
(M. N - Minions Católicos)
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