PRECISAMOS FALAR SOBRE O ABORTO, PRECISAMOS FALAR SOBRE A VIDA

“É uma pobreza decidir que uma criança deve morrer para que você possa viver como deseja”

Santa Tereza de Calcutá.

Boa tarde amados filhos de Jesus e de Nossa Senhora. Que o amor do Pai, e a comunhão do Espírito Santo, bem como também, a intercessão poderosa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro esteja sempre a frente de tudo em nossas vidas. Bom gente, estamos vivendo dias bem tristes né? Um verdadeiro rebuliço, um milhão de coisas acontecendo ao mesmo tempo, fica complicado pensar. Enquanto Minions Católicos, já manifestamos as nossas condolências as famílias da tragédia ontem mesmo. E o acontecimento nos leva a pensar que de fato, a vida é um sopro. Estamos aqui hoje e amanhã poderemos não estar, por isso, para iniciar esse texto, que falará sobre a vida, quero dizer a você que não demore mais, diga que ama as pessoas que estão ao teu entorno. Corre para o confessionário, e se encontra de novo com a misericórdia de Deus, não deixe para amanhã pois ele pode não existir.

Bom gente, como vocês sabem e acompanham as redes sociais, ontem, foi aprovada no STF, a lei que descriminaliza o aborto até o terceiro mês de gravidez. Sim, ministros, tornaram legal um assassinato. Nós, novamente, como parte da igreja não podíamos deixar de falar sobre o aborto, que é o que intitula esse texto. SIM, PRECISAMOS FALAR SOBRE O ABORTO. Esse ato cruel, é uma das piores formas de se tirar uma vida, se é que existe grau de homicídio. Muitas vezes, nós, católicos, somos vistos como pessoas que usam sua religião para argumento num debate. A nossa comunhão com as coisas de Deus é intrínseca a nossa alma, então, não da para separar. O problema é que quando caímos em discussão, e não conseguem derrubar nossos argumentos tentam nos derrubar, e a necessidade de falar sobre o aborto é clara, primeiramente porque fere o coração de Deus, e segundo que ninguém ganha nessa história, então vamos tentar aqui, juntos, esclarecer algumas coisas que podem ficar dúbias para vocês. Então aqui, de maneira breve, vamos caminhar diante de dois campos, primeiro a Doutrina da Igreja Católica, e depois por argumentos científicos.

A primeira pergunta que se faz nessas horas é, onde começa a vida? Livro de Jeremias, 5,1 “Antes mesmo de te formares no ventre materno eu te conheci; antes que saísse do seio de tua mãe eu te consagrei.” Segundo as leis da igreja e também a palavra de Deus a vida ela começa no momento da fecundação. Ali já está tudo da criança, seus cromossomos, suas informações genéticas, e dentro dessas informações, se é homem ou mulher, qual a cor dos olhos, qual o tipo de cabelo, enfim, uma gama de informação. Isso sendo lei irrevogável da igreja, nós como católicos temos que obedecê-la, e não da para enxergar de maneira consciente diferente, a vida começa sim, na fecundação. Caindo num campo mais científico, Jérôme Lejune, médico que descobriu a causa da síndrome de down, afirma em um de seus escritos que a vida ela começa na fecundação. Que um indivíduo, ele passa a ser considerado vida humana desde o momento em que tem um corpo, ou seja na fecundação. “Desde o primeiro momento de sua existência, o ser humano deve ver reconhecidos os seus direitos de pessoa entre os quais os direitos invioláveis a vida” (CIC §2270). E essa garantia a vida, além de lei da igreja está, também na nossa constituição federal: “Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.” Acho que diante disso caem inúmeros argumentos, se temos garantidos por lei o direito a vida devemos lutar por ele, e não sendo egoístas, lutar também por todos aqueles que não podem se defender.

Atenção meus irmãos, o Papa Francisco revolucionou a igreja nos últimos anos e fez isso recentemente, dando poder pleno e permanente a todos os sacerdotes o poder de absolver o pecado do aborto. Entendam uma coisa, o olhar da misericórdia caminha lado a lado da justiça. O papa tomou essa atitude louvável para que as pessoas conseguissem com mais facilidade alcançar a misericórdia de Deus. Mas isso não desagrava o aborto, tanto que o catecismo afirma ex-comunhão automática, sem necessidade de pronunciamento por autoridade. Então gente, precisamos ter um olhar de misericórdia aqueles que pecam até contra a própria vida, estou dizendo para nós lutarmos por ela, mas não significa que é para sair por ai como juiz de todo mundo, pelo amor de Deus. Essa ação do papa, ela torna ilimitada a misericórdia, porém, não desagrava o pecado contra a vida.

Muitos dizem por ai também que aborto é questão de saúde pública, gente saúde pública não se faz com aborto. Saúde pública se faz com tratamento pré-natal garantido a todos, atendimento pediátrico diante daqueles que já nasceram. Isso é saúde pública. Muitos órgãos feministas, alegam estar lutando pelo direito da mulher, pela saúde e segurança da mulher, e eu questiono, será que estão lutando mesmo pelos direitos da mulher? Eis alguns dados:

25% das mulheres que abortam, precisam ter acesso à atendimento psiquiátrico.

60% delas, passam por stress emocional.

Aumenta em 138% a chance de ter depressão comparada a uma mulher que não abortou.

Aumenta em 260% as chances de internação psiquiátrica comparada também a uma mulher que não abortou.

30% à 50% sofrem algum tipo de disfunção sexual.

Aumenta em 7x as chances de suicídio.

Além também dos riscos de hemorragia e outras doenças que podem ser desenvolvidas ao longo da vida em virtude do aborto que foi realizado, também as dificuldades em uma gravidez futuras. Gente, defender aborto certamente não é lutar pelo direito da mulher nem pelo seu bem estar, sem contar que, parte dos que são abortados são mulheres também, então é necessário lutarmos contra o aborto sim, lutar por aqueles que não podem lutar.

Alguns também vem tocar no caso do estupro, vejam, há saídas que são eficazes mas que não precisam atingir a criança. Não se pode minimizar a dor e o sofrimento de uma mulher que passa por um estupro. Diante dele precisamos cuidar da dignidade da mulher, oferecer os aparatos de saúde e do que ela precisar para continuar a sua vida. Segundo ponto, é necessário punir o agressor sim. E, nesse meio todo precisamos proteger a criança, que é um ser inocente, e que não tem culpa nenhuma pelo que aconteceu, porque jogar para cima da criança uma culpa que ela não tem?

Também tem aqueles super intelectuais que vem dizer que, se legalizar o aborto, vai haver diminuição na pobreza. Calma, se diminui a pobreza eliminando os pobres? Ou combatemos a pobreza buscando oferecer serviços públicos de qualidade, projetos de inclusão social, saúde e ensino público de qualidade, é assim que combatemos a pobreza.

Outro ponto, é uma frase que muitas dizem por ai “meu corpo, minhas regras”, justo, Deus lhe deu livre arbítrio para que você faça o que lhe bem for conveniente com sua vida. Mas a anatomia de uma mulher não é cabeça, tronco, bebê, e pé. O feto não é parte do corpo da mulher, a partir do momento da fecundação há ali uma vida diferente, a mãe é uma pessoa e o bebê é outra pessoa, e ninguém tem poder de decidir por fim aquela vida. A maior prova são os abortos espontâneos, quando o corpo da mulher, de maneira natural expulsa o feto do corpo porque ele não é parte daquele conjunto. A mulher nem o homem, tem poder de decisão pelo aborto, porque a vida que tá ali não é deles, é uma vida separada.

Há ainda quem venha dizer que, independente de legalizar ou não o aborto vai continuar acontecendo. Se formos seguir essa linha de pensamento, inescrupulosa, vamos então descriminalizar o tráfico de drogas, o estupro, os homicídios, e a corrupção também. Por favor né gente? Sobre esse aqui eu não quero nem comentar. A verdade pessoal, é que há um grande mercado negro que vive por trás das clínicas de aborto, e o que as pessoas querem é que forneçamos condições boas para que essa atrocidade aconteça.

A verdade meu irmão, é que nós não podemos nos calar, temos que lutar pela vida, temos que cobrar os nossos representantes, aborto é crime! Aborto é homicídio. E não pautei isso na bíblia ou só na doutrina, estou falando também de ciência. O aborto não é favorável a ninguém. Só Deus é quem pode decidir sobre a vida e a morte. Lutemos pela vida, todos juntos, até porque é muito fácil falar de aborto quando você já nasceu. Juntos somos mais!

Deus abençoe.

(A. F - Minions Católicos)