"Vós
convertestes o meu pranto em prazer, tirastes minhas vestes de penitência e me
cingistes de alegria. Assim, minha alma vos louvará sem calar jamais. Senhor,
meu Deus, eu vos bendirei eternamente." (Sl 29, 12-13)
Boa tarde, amados!
A Paz de Jesus e o Amor de Maria estejam em vossos corações.
Irmãos, vocês
gostam de cantar? Em casa; no chuveiro; lavando a louça; na igreja? Acredito
que sim. A música faz parte do nosso dia a dia, o cantar de um pássaro; as
gostas da chuva caindo sobre a calçada; o vento que sopra sobre às árvores; em
todos os lugares que estamos, a música está presente, inclusive na Santa
Igreja. Mas qualquer tipo de música tem na igreja? Não, em nossa Santa e Amada
Igreja também possui o seu próprio tipo de música, uma música que nos faz ter
uma intimidade maior com o criador de toda a existência, no Senhor Deus.
Vamos cantar hoje?
Pergunta estranha não é mesmo? Como assim cantar? Agora? Sim, isso mesmo. Como
diz o Santo Pai Agostinho, quem canta, reza duas vezes. Então venho propor isto
a vocês agora.
Olhe para os lados
e imagine você em um paraíso, não há ninguém além de você e Deus. Se for
preciso fechar seus olhos para ficar mais à vontade, feche. Se tem vergonha da
sua voz (como eu, haha), entregue ela nos pés de Cristo, e vamos erguer um
louvor a Ele?
Pai
do céu, ouso te olhar
Foi
Jesus quem revelou-te a mim Grande
És,
poderoso És Santo És, Soberano És
És
o Deus sem igual
És
o único Senhor
Reconheço
em Ti Tua glória e teu poder
Venha
o vosso reino oh Pai
Eu
clamo Aba-Pai
Venha
o vosso reino oh Pai de amor
Pai
do céu, pequenino eu sou
Mas
tua misericórdia é sem fim
Grande
És, Poderoso
És
Santo És, Soberano És
Quero
ser meu Pai,
Misericordioso
como Tu és
Quero
me inclinar e conduzir o meu irmão a Ti
Venha
o vosso reino oh Pai
Eu
clamo Aba-Pai
Venha
o vosso reino oh Pai de amor
Na
verdade oh Pai vós sois Santo e fonte de toda santidade
Juninho Cassimiro - Pai
do Céu
E aí? Como se sentiu? Não faz bem usar da vossa voz como um instrumento
de louvor a Deus? A sua alma não está mais leve? Está sentindo o repouso do
Espírito Santo em sua vida? Pois bem, assim é o sentido que a verdadeira Música
Sacra age em nossas vidas.
A tradição musical da nossa Igreja é um tesouro de valor incalculável,
que excede todas as outras expressões de arte, isso porque o canto
sagrado, intimamente unido com o texto, constitui parte necessária ou
integrante da Liturgia. São Pio X começou a exaltar as canções sagradas com
maior frequência, expondo com maior precisão a sua função ministerial no culto
Divino. Por isso, elas serão mais Santas, quanto mais estiverem unidas às ações
litúrgicas.
"Tudo me é permitido, mas nem
tudo me convém" (1Cor 6, 12) A nossa Igreja, como
sabemos desde a sua origem, é muito apaixonada pelas artes, aprovando em Santas
Missas e celebrações quaisquer tipos de formas verdadeiramente artísticas,
porém, que sejam dotadas de uma verdadeira qualidade de arte sacra.
A ação litúrgica reveste-se de maior
nobreza quando é celebrada de modo solene com canto, com a presença dos
ministros sagrados e a participação ativa do povo. A língua vernácula pode
tomar lugar para a ministração dos cantos sagrados. (SC 113)
Uma verdadeira educação litúrgica sobre a igreja e a música sacra deve
ser ensinada e estimulada não apenas para religiosos, como em seminários,
conventos e mosteiros; todos os leigos, cantores e compositores, em especial as
crianças, devem receber estes ensinos, porém, para se conseguir tal efeito,
procure professores com domínio em música sacra para que a sua sintonia e
harmonia com o louvor a Deus possam estar em uma perfeita unidade.
A igreja reconhece como canto próprio da liturgia romana, o canto
gregoriano, mas os outros cantos não são excluídos, desde que estejam em
harmonia com a ação litúrgica, portanto, é necessária uma preparação profunda
dos estudos da música sacra. Quanto aos cantos populares religiosos, deve-se
promover uma ação entre todos os fiéis para que expressem em uma comum unidade
todos os exercícios piedosos e sagrados das ações litúrgicas.
"Os compositores impregnados de
espírito cristão devem sentir-se chamados a cultivar a Música sacra e a
aumentar o seu patrimônio. Componham obras que apresentem as características da
verdadeira Música sacra e que possam ser cantadas não só pelos grandes coros,
mas se adaptem também aos mais pequenos e favoreçam a ativa participação
de toda a assembleia dos fiéis. Os textos destinados ao canto sagrado
devem estar de acordo com a doutrina católica e inspirar-se sobretudo na
Sagrada Escritura e nas fontes litúrgicas." (SC 121)
(B. F - Minions Católicos)
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