Arco-íris e a Aliança com Deus


“Este é o sinal da aliança que faço entre mim e todas as criaturas que estão na terra” (Gn 9,17) 
A paz do Senhor, queridos leitores. Outro dia voltava do médico com meu pai, e tinha chovido na cidade, e aí bem de frente a nós, um lindo arco-íris apareceu no céu! Engraçado que dessa vez o primeiro pensamento não foi o físico biológico, onde precisava de água e raios de luz para se formar, mas o de Deus, de um presente de Deus, de uma aliança de amor.
Deus criou o homem sua imagem e semelhança, o ser humano é a grande obra de amor de Deus, porém ao longo de sua existência, o homem foi deixando Deus de lado, e vivendo um mundo de egoísmo, de violência, de orgulho. Mas Deus amava o homem com tanta intensidade, que nunca desistiu dele, e todas as vezes que o homem falhava, ele ganhava uma nova oportunidade. E nesses oportunidades Deus fazia alianças.
E assim foi, logo lá no comecinho. Encontramos no Antigo Testamento a primeira aliança de Deus com os homens. Está lembrado de Noé? Aquele moço da arca? Pois bem, o homem vivia num ambiente de corrupção e maldade, e por isso, Ele escolheu Noé, que era um bom homem, e sua família, e pediu que ele construísse a arca e colocasse um casal de cada animal junto com eles. E aí veio o dilúvio, foram 40 dias e 40 noites de chuva, de modo que tudo o que vivia sobre a terra foi exterminado.
Encontrei na minha Bíblia, uma explicação sobre esse fato acontecido: “Noé um homem fiel a Deus representa as pessoas que buscam com sinceridade a justiça e a bondade no meio de uma sociedade pervertida. As águas torrenciais do dilúvio prefiguram à nova vida que recebemos no batismo. A água simboliza o castigo pelo pecado e o princípio de uma aliança com Deus, salvadora e que dá a vida!”
E é aí que falamos do arco-íris. Deus, após todos esses acontecimentos, resolveu deixar um sinal para os homens, como lembrete de que Ele não mais faria mal. E disse Deus: Eis o sinal da aliança que eu faço convosco e com todos os seres vivos que vos cercam, por gerações futuras. Ponho o meu arco nas nuvens, para que ele seja o sinal da aliança entre mim e a terra. Quando eu tiver coberto o céu de nuvens por cimada terra, o meu arco aparecerá nas nuvens, e me lembrarei da aliança que fiz convosco e com todo ser vivo de toda espécie, e as águas não causarão mais dilúvio que extermine toda criatura. Quando eu vir o arco nas nuvens, eu me lembrarei da aliança eterna estabelecida entre Deus e todos os seres vivos que, de toda espécie que estão sobre a terra” (Gn 9,12-16). Nesse momento, vemos o grande amor de Deus pelos homens, porque mesmo diante de todas as coisas ruins, Ele deu uma nova vida, depois do arco- íris. “Deus nos promete a vida. O arco- íris assinala a primeira aliança como ponte entre Deus e a humanidade. A arca simboliza a garantia do triunfo sobre o pecado e é figura da igreja aberta à salvação universal. A pomba com o ramo de oliveira no bico, no fim do dilúvio, é sinal universal da paz, vida e triunfo!
O arco-íris pra se formar depende de um fenômeno físico, a luz branca precisa atravessar as gotas de água, e aí acontece o fenômeno que chamamos de refração, e a luz branca se divide em espectros coloridos. Não há arco-íris sem luz. Deus usou da luz para firmar sua primeira aliança. E depois de muito tempo, de muitas decepções, mas de nunca desistir do ser humano, Ele nos enviou uma nova luz, o verbo que se encarnou, aquele que será a nova e eterna aliança. A Luz de Jesus vem iluminar os caminhos. Jesus vem mostrar como viver esse amor de Deus, porque Jesus é o próprio amor. No momento em que Ele se dá por sacrífico, a aliança é firmada, “Este cálice é a nova aliança no meu sangue, todas as vezes que beberdes, fazei-o em memória de mim” (1 Cor 11,25).
Duas alianças firmadas, dois sacrifícios realizados. Duas lembranças para recordar. Na primeira aliança, tivemos o sacrifício de todos os seres que habitavam a terra, para que se preservasse os homens de bem, e o arco íris era um sinal, para que Deus se lembrasse de nada fazer com seu povo, em nome dessa aliança. Na última aliança, Jesus é o próprio sacrifício, é o cordeiro imolado, e Ele nos deixou a Eucaristia, para que todas as vezes que repetíssemos esse sacrifício no altar, lembrássemos do sacrifico feito por Ele, em nome do seu amor por nós, da nova aliança firmada.
Em ambos os casos, podemos falar do grande amor de Deus por seu povo, pois em nenhum momento Ele desiste, Ele nos abandona. E a todo momento Ele nos dá novas oportunidades para voltarmos atrás em nossos erros e seguir firme em nosso caminho de salvação.
Graça, Redenção e Paz.

(M.N – Minions Católicos)

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