Catequese do Papa Francisco: Esperança



“Eis o que diz o Senhor : ouve-se uma voz em Ramá, lamentos e amargos soluços. É Raquel que chora os filhos”  (Jr 31,16)

Irmãos, bom dia!
Essa semana, a primeira do ano de 2017, o Papa fala de esperança. E não podia ser diferente, pois renovamos a pouco tempo a nossa, diante do mundo.
Mas essa semana, Francisco meditou a história de Raquel para mostrar-nos um exemplo de esperança que nasce através da dor. A história dessa mulher é permeada pela esperança, uma vez que seu marido Jacó trabalhou durante longos quatorze anos para finalmente se casar com ela.
O  profeta Jeremias apresenta Raquel como a mulher de seu povo, a matriarca da sua tribo, a qual se encontra em um realidade de dor e pranto. Em Gênesis consta o relato de que Raquel morreu no parto, para que a vida de seu filho Benjamin fosse poupada. Com sua morte, Raquel gerou a esperança de uma nova vida.
Na representação de Jeremias, Raquel encontra-se viva e chora pelos filhos que em um certo sentido são mortos indo ao exílio; filhos que, como ela mesmo disse: “Já não existem”.  E por eta razão, Raquel não deseja ser consolada. Essa recusa de consolo expressa a profundidade de sua dor e o seu pranto.
Em relação a essa questão, Papa Francisco diz que no momento de perda de um filho, não existem palavras que consolem uma mãe. As palavra sou os gestos de consolos não são capazes de aliviar a dor de uma mãe diante da perda de um filho. “Uma dor proporcional ao amor”.  E  comumente, vemos tantos casos por aí, de mães que perderam seus  filhos por tantos motivos, de maneiras trágicas, brutais, de formas tão banais. Mas é nessa hora que o coração se enche, mesmo estando chagado pela dor. “Raquel personifica em si a dor de todas as mães do mundo, de todo tempo, e das lágrimas de todo ser humano que chora perdas irreparáveis”.
No entanto, a história de Raquel nos mostra que a esperança nasce também em meio a dor.  Com seu testemunho de vida na Sagrada Escritura , essa mulher nos revela que as lágrimas derramadas em meio a dor e sofrimento são consoladas por Deus.
Deus em seu imenso amor responde ao pranto de Raquel:
“Eis que diz o Senhor:
Cessa de gemer, enxuga tuas lágrimas!
Tuas penas terão a recompensa – oráculo do Senhor.
Voltarão (teus filhos) da terra inimiga.
Desponta em teu futuro a esperança – oráculo do Senhor.
Teus filhos voltarão à sua terra” (Jr 31,16-17)

No dor faz- se necessário entregar a Deus aquele momento, para que a Esperança não morra. É difícil, mas não esqueça que Jesus também enfrentou um momento de dor. E a venceu.
“Somente olhando para o amor de Deus que dá seu Filho que oferece sua vida por nós, pode indicar qualquer caminho de consolação. E por isso dizemos que o Filho de Deus entrou na dor dos homens; partilhou e acolheu a morte; a sua Palavra é definitivamente palavra de consolo porque nasce do pranto”.
“E na cruz será Jesus, o Filho que irá morrer, a dar uma nova fecundidade à sua mãe confiando-a ao discípulo João e tornando-a mãe do povo crente. A morte foi vencida e alcançou, assim, o cumprimento da profecia de Jeremias.Também as lágrimas de Maria, como aquela de Raquel geraram esperança e vida nova”.
O Santo Padre após proferir essas palavras, faz um apelo sincero. Ele nos convida a rezar pelo violento acontecimento que ocorreu no presídio de Manaus, o massacre que deixou dezenas de mortos. Papa Francisco pede que rezemos pelos falecidos, pelos familiares,por todos os detentos do presídio e também por todos, que ali trabalham. Logo, pede a intercessão à Nossa Senhora, Mãe dos detentos para que os presídios sejam de fato, um lugar de reinserção.
Amados irmãos! As sábias palavras do Santo Padre nos revelam que podemos passar por caminhos tortuosos, e estarmos diante de dificuldade e tristezas, mas que Deus sempre nos responderá com amor e nos consolará. A morte de Jesus foi uma grande consolação para nós, que até então estávamos apartados do Pai. Além de abrir as portas do Céu a nós, oferta também, a maternidade de sua Santa Mãe.
Que Deus os abençoe, sigam perseverante diante dos caminhos da vida. Jesus ama a cada um, de forma incondicional.

(C.L – Minions Católicos)

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