Como viver o deserto interior e qual a sua importância?

“Ninguém é digno do oásis se não aprender a atravessar seus desertos. ” (Augusto Cury)

Boa tarde irmãos e irmãs! A paz de Cristo e o amor de Maria! Essa semana nosso tema vem falar sobre como viver o deserto interior, mas você sabe o que isso significa? Sabe como identificar esse deserto? Se você respondeu sim, poderá aprender um pouco mais sobre esse tema, agora se você respondeu não, que tal aprender? Vamos lá!
Primeiramente, o que vem em nossa mente quando pensamos em deserto? A primeira imagem não é um local vazio, seco, sem vida, sofrido? O deserto interior seria mais ou menos isso. Existem momentos em que a nossa experiência com o amor de Deus é muito viva dentro de nós, são aqueles momentos em que rezamos e sentimos a presença d’Ele ao nosso lado. Entretanto, temos também momentos em que, em nossa vida de oração, parece que Deus está longe de nós.
Em primeiro lugar, vamos deixar claro que Deus nunca se afasta de nós, certo? Mas esses momentos são importantes até mesmo para nosso crescimento espiritual. Assim como em todas as áreas de nossa vida, a nossa vida espiritual também não é estável.
O professor Felipe Aquino nos explica que nesses momentos de aridez tudo fica difícil e pesado: rezar, participar da Santa Missa, rezar um terço. Antes de tudo, devemos colocar as mãos na consciência e pensar: o que está causando isso? Estamos tendo cuidado com nossa vida espiritual? Será que temos algum pecado grave em nossa alma que estamos afugentando dela a graça de Deus?
Analisou essa parte da sua vida? Não é isso? Então vamos para o próximo passo...
O Padre Paulo Ricardo nos conta que o deserto interior, ou aridez espiritual, pode ser ocasionado por causas físicas. A pessoa só estará bem em sua vida espiritual se sua mente e corpo estiverem bem, não somente no aspecto de doença, mas também nos aspectos do estresse, do ativismo, onde a pessoa pode sentir-se tão cansada, que sente-se incapacitada até mesmo de rezar. Se ao analisar esse sentido físico você verificar que essa é a causa, então sua solução também será física. Se for uma doença, cuide dela, se for cansaço, diminua o ritmo.
Outra causa apontada pelo Padre Paulo Ricardo pode ser psíquica, ou seja, da própria pessoa. A nossa relação com Deus não pode ser superficial, onde somente há troca de favores, quando rezamos por um emprego, pela nossa família e etc. e, depois quando o conseguimos, tudo é deixado de lado. Nessa relação superficial é fácil que a aridez espiritual se instale.
O professor Felipe Aquino nos diz que precisamos ter paciência, calma e perseverança nos exercícios espirituais: na vida de oração, vivência dos sacramentos, penitência, caridade, etc. Mesmo que não tenhamos vontade, devemos continuar.
O professor Aquino ainda nos conta que às vezes Deus permite que vivenciemos essas provações para que aprendamos a “buscar mais o Deus das consolações do que as consolações de Deus”, assim como ensinou São João da Cruz. E como nos diz o professor Felipe Aquino, é fácil adorar e amar a Deus quando tudo vai bem, mas quando as lutas vêm, deixamos de orar, muitas vezes, são pelas provações e pela aridez espiritual que Deus arranca as ervas daninhas do jardim da nossa alma.

Então caros irmãos e irmãs, quando o nosso deserto interior chegar, ou se este já chegou, a primeira coisa que você deve ter em mente é de não desistir. Analise sua vida pessoal e espiritual e, com ou sem deserto, viva os sacramentos, reze, faça penitências, pratique a caridade e tenha sempre em mente Deus não te abandonou! Ele te ama tanto, que te ensina como viver melhor.

(A. B – Minions Católicos)


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