Virtudes Morais: Prudência

Existem dois tipos de virtudes, as virtudes teologais, e as virtudes cardeais.  As virtudes teologais vêm de Deus, recebemos tais virtudes, através da graça do batismo.
Segundo a  Igreja Católica, as virtudes cardeais ou morais, são perfeições habituais e estáveis da inteligência e da vontade humanas que regulam os nossos atos, ordenam as nossas paixões e guiam a nossa conduta segundo a razão e a fé. As virtudes cadeias são quatro: Prudência, justiça, fortaleza e temperança.
Hoje vamos falar sobre a prudência, a palavra prudência vem do latim prudentia, que significa previdência, sabedoria, inteligência, sagacidade. Segundo o Catecismo da Igreja Católica: “A prudência é a virtude que dispõe a razão prática a discernir, em qualquer circunstância nosso verdadeiro bem e a escolher os meios adequados para realizá-la. A virtude da prudência é que guia imediatamente o juízo da consciência, ela conduz as outras virtudes indicando-lhes a regra e a medida. O homem prudente decide e ordena sua conduta seguindo este juízo. Graças a esta virtude da prudência, aplicamos, sem erro, os princípios morais aos casos particulares e superamos as dúvidas sobre o bem a praticar e o mal a evitar”.
Pesquisando sobre a prudência, encontrei uma formação da Canção Nova, que tinha como tema “O que é a Virtude da Prudência?”, o qual dizia que a prudência é a mãe de todas as outras virtudes, pois se eu quero saber como devo agir, tenho que estar baseado no mundo real com os pés no chão.
Jesus disse: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. A virtude da prudência nos permite ser verdadeiros conosco e com as situações que nos envolve no dia a dia. Muitas vezes a verdade é dolorida, pode nos trazer sofrimento e nos decepcionar, mas a virtude da prudência nos ajuda a viver essa verdade. Esse é um dos benéficos da virtude da prudência em nossas vidas, saber lidar com os problemas sem nos desesperar, sempre encontrando soluções.
 “A sabedoria, habito com a prudência, e acho o conhecimento dos conselhos” (Provérbios 8, 12). Esse versículo nos mostra que a prudência vem sempre acompanhada da sabedoria, esse é outro beneficio da prudência em nossas vidas, ser sábio em tudo que formos fazer.
Segundo a Igreja Católica, quando procedemos de forma imprudente, logo, os danos aparecerão. Se você olhar bem, vai perceber que a maioria dos nossos erros nas decisões, no trato com as pessoas ou a expressão de nossas opiniões, é derivada da precipitação, emoção, mau humor, uma percepção equivocada da realidade, ou a falta de informações completas e precisas.
Perguntaram a São Tomas de Aquino “pode haver prudência nos pecadores?”. Ele responde dizendo:
“A prudência pode ter três sentidos. Há, com efeito, uma prudência falsa, ou por semelhança. Com efeito, dado que o homem prudente é aquele que dispõe acertadamente o que deve ser feito em vista de um fim bom, todo aquele que dispõe, em vista de um fim mau, algumas coisas conformes a este fim, possui uma falsa prudência na medida em que toma como fim não um bem verdadeiro, mas uma semelhança de bem; (...) 
A segunda prudência é verdadeira porque enconra os caminhos adequados ao fim verdadeiramente bom, mas é imperfeita por dois motivos. Primeiro, porque este bem que ela toma como fim não é fim comum de toda vida humana, mas de alguma coisa especial. (...) O segundo motivo, é que falta aqui o ato principal da prudência. É o caso daquele que delibera com acerto e julga exatamente, mesmo a respeito daquilo que concerne à vida inteira, mas não comanda eficazmente.
A terceira prudência, verdadeira e perfeita ao mesmo tempo, é aquela que delibera, julga e comanda retamente em vista do fim bom da vida toda”.
Santa Clara de Assis escreve sobre a virtude da prudência, ela diz que: “Em sua prudência você certamente saberá que, com exceção das fracas e das doentes, para quem exortou-nos e até mandou usar de toda discrição possível com respeito a qualquer alimento, nenhuma de nós que fosse sadia e forte deveria comer senão alimentos quaresmais, tanto nos dias feriais como nos festivos, jejuando todos os dias. Entretanto, como não temos carne de bronze nem a robustez de uma rocha (Jó 20,6-7), pois até somos frágeis e inclinadas a toda debilidade corporal, rogo e suplico no Senhor, querida, que deixe, com sabedoria e discrição, essa austeridade exagerada e impossível que eu soube que você empreendeu”.
“Não ousem trazer os boatos do mundo para dentro do mosteiro. E sejam firmemente obrigadas a não contar fora do mosteiro o que se fala ou se faz dentro que possa causar algum escândalo. Se alguma incorrer nesses dois pontos por simplicidade, cabe à prudência da abadessa dar-lhe a penitência, com misericórdia”. 
Peçamos a Deus a graça de ter sempre virtude da prudência presentes em nossas vidas, que o Espirito Santo nos conceda a sabedoria para agirmos com discernimento e prudência.




(A.C - Minions Católicos)

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