“A
beleza do mundo é o único caminho para chegar a crer em Deus” (S. Weil)
Desde os inícios dos
tempos, a beleza litúrgica se tornara uma preocupação para com os filhos de
Deus. A beleza não estaria presente apenas na perfeição do louvor, como também,
na construção dos templos onde iriam para encontrar com o Autor da existência.
No livro do Êxodo, capítulo 25, versículos do 1 ao 9, podemos ver como se
sucedera na construção do tabernáculo, onde o Grande Autor, fora quem projetara
tudo. “O Senhor disse a Moisés: “Dize aos
israelitas que me façam uma oferta. Aceitareis essa oferenda em todo homem que
a fizer de bom coração. Eis o que aceitareis à guisa de oferta: ouro, prata,
cobre, púrpura violeta e escarlate, carmesim, linho fino, peles de cabra, peles
de carneiro tingidas de vermelho, peles de golfinho, madeira de acácia, azeite
para candeeiro, aromas para o óleo de unção e para os incensos odoríferos,
pedras de ônix e outras pedras para os cabochões do efod e do peitoral. Eles me
farão um santuário e habitarei no meio deles. Construireis o tabernáculo e todo
o seu mobiliário exatamente segundo o modelo que vou mostrar-vos”. ”
Deus, nosso mestre
humilde, como poderia Ele escolher quais materiais deveriam ser utilizados para
a construção do seu templo? Não deveria permitir que utilizassem aquilo do qual
tivessem em mãos? Sem que não tirassem de vós mesmos aquilo que já não tinham?
Não. Cada objeto, cada tecido, cada cor, possui um distinto significado e
valor. Para se encontrar com o Deus, não podemos utilizar apenas o que temos,
devemos utilizar do melhor, pois quando fazemos para Deus, nada nos faltará. O
meu amor para com Deus é tão pequeno que darei meus trapos para a construção de
seu templo?
O que tem a ver as cores
com a adoração à Cristo? A Igreja não repudia a superstição? A Igreja repudia a
superstição sim, pois não é a utilização de uma camiseta amarela na virada do
ano que lhe fará conquistar muito dinheiro no próximo ano, o que lhe fará
conquistar este dinheiro, é o seu trabalho. O que falamos em questão das cores
litúrgicas, não está relacionado à superstição, e sim à psicologia.
As cores, transmitem
sinais eletro nervosos aos nossos olhos, que simultaneamente, transmitem
determinada resposta ao nosso cérebro. A cor não é um fenômeno físico, mas sim
fisiológico, pois de maneira individual ela pode ser percebida diferentemente
de pessoa para pessoa. Por esta razão, não foi escolhido cores bonitinhas de
gosto pessoal para se usar em determinados momentos do Ano Litúrgico, mas sim,
através de um estudo cromático, escolhido cores que transmite aos nossos
cérebros diferentes emoções, emoções estas que estão relacionadas ao tempo em
que estamos vivendo, seja no Tempo Comum, Quaresma, Natal, entre os demais.
De acordo com as
orientações do Missal Romano, utilizamos as cores Branco, Vermelho, Verde,
Roxo, Preto e Rosa, durante todo o Ano Litúrgico.
BRANCO:
A cor Branco, simboliza a paz, a vitória, a alegria. Usa-se esta cor nos
Ofícios e Missas do Tempo Pascal e do Natal do Senhor. Além disso: nas
celebrações do Senhor, exceto as da Paixão, nas celebrações da bem-aventurada
Virgem Maria, dos Anjos, dos Santos não Mártires, nas solenidades de Todos os
Santos, de São João Batista, nas festas de São João Evangelista, da Cadeira de
São Pedro e da Conversão de S. Paulo.
VERMELHO:
A cor Vermelho, simboliza o fogo, o sangue, o amor divino, o martírio. Usa-se
esta cor no Domingo da Paixão (ou de Ramos) e na Sexta-Feira da Semana Santa,
no Domingo do Pentecostes, nas celebrações da Paixão do Senhor, nas festas
natalícias dos Apóstolos e Evangelistas e nas celebrações dos Santos Mártires.
VERDE:
A cor Verde, simboliza a esperança. Usa-se esta cor nos Ofícios e Missas do
Tempo Comum.
ROXO:
A cor Roxo, simboliza a penitência. Usa-se esta cor no Tempo do Advento e da
Quaresma. Pode usar-se também nos Ofícios e Missas de defuntos.
PRETO:
A cor Preto, simboliza o luto. Esta cor pode usar-se, onde for costume, nas
Missas de defuntos.
ROSA:
A cor Rosa, simboliza a alegria. Esta cor pode usar-se, onde for costume, nos
Domingos Gaudete (III do Advento) e Laetare (IV da Quaresma).
Nos dias mais solenes
podem usar-se paramentos festivos ou mais nobres, ainda que não sejam da cor do
dia. (MR 346)
As cores que utilizamos
em nossas roupas no dia a dia, por mais que despercebida, transmite o nosso
humor naquele exato momento. Quantas vezes pensou em determinada roupa, mas na
hora de usar acabou desistindo e pegando outra? Isso, porque o seu humor mudou,
ou seja, o seu modo de pensar mudou. É assim que acontece na liturgia nas
Missas, as cores utilizadas nas celebrações, não ocupam apenas um lugar
decorativo, mas principalmente um lugar simbólico que quer nos transportar para
sentir aquilo que se está sendo celebrado, cujo centro é o Mistério Pascal.
(B.F.F.
– Minions Católicos)
Comentários
Postar um comentário
Fale conosco através do email: minionscatolicos@gmail.com