Namoro acabou, perdi meu chão. E agora?

Olá, pessoal! O assunto que vamos tratar hoje vai ser menos formativo do que os outros que a gente tem tratado até então. Na verdade, vai ser mais uma partilha. Nós do Minions Católicos recebemos muitas mensagens de seguidores pedindo conselhos e pedidos de oração. Eu estava observando que a maioria desses pedidos de conselhos são de pessoas que tinham acabado de terminar o namoro e estavam sofrendo por causa disso. Uma frase que eu li muito foi “ele era tudo para mim” e isso fez acender um alerta na minha cabeça. Achei que seria necessário partilhar com vocês sobre a minha história. Vamos lá?
Assim que eu completei 20 anos, eu comecei a namorar o meu primeiro namorado. Entre idas e vindas, foram quase três anos de relacionamento. A gente se via praticamente todos os dias, fazíamos quase tudo juntos. Com o tempo eu fui deixando de frequentar o grupo de oração que eu fazia parte, deixei de estar com meus amigos. Tudo foi acontecendo muito naturalmente. Acho que nem eu mesma percebi que a minha vida se resumiu só a este relacionamento. Porém, chegou o fatídico dia do fim do namoro. Quando ele me disse que queria terminar o namoro, a sensação que eu tive foi a de que eu havia perdido meu chão. Era como se a minha vida não tivesse mais sentido.
Eu passei seis (SEIS) meses em uma escuridão horrorosa! Chorava dia e noite, mandava um milhão de mensagens pedindo para voltar, ligava na casa dele, ligava no celular, até na casa dele eu fui... Nossa! Você deve estar lendo isso e pensando “como ela se humilhou...”. Hoje eu reconheço que me humilhei sim, mas na época, eu achava que estava lutando pelo meu relacionamento. Aprendi aos trancos e barrancos como as coisas deveriam caminhar de fato.
Você se identificou com o que eu contei? Quer saber como tudo melhorou? Vou contar!
Depois disso tudo, de ter passado dias e noites chorando, Deus foi muito categórico comigo. Estava me preparando para ir para um retiro, e na semana do retiro eu descobri que o tal ex estava namorando. Pronto! Queria desistir de ir para o retiro, fiquei resmungando que Deus não me ouvia e que não ia adiantar nada ir para o retiro... Mas enfim, fui! O que foi aquilo? Foi o melhor retiro da minha vida (e olha que já fez quatro anos isso)! Depois desse sim que eu dei no retiro, as coisas começaram a melhorar a cada dia. Tive que passar por alguns rompimentos (alguns dolorosos e outros nem tanto) para compreender o que Deus estava querendo me mostrar o tempo todo.
Sabe o que foi? Deixei que o tal namorado ocupasse o espaço de Deus na minha história. E para piorar ainda mais, eu não enxergava o valor que eu tenho. Hoje, não estou 100% ainda, mas compreendo que se eu não me amar, ninguém poderá fazer o mesmo. Li em algum lugar que a gente só pode oferecer aquilo que a gente tem e isso é muita verdade. Graças a Deus, estou tendo a oportunidade de trabalhar algumas questões na minha vida. Estou tendo, através dos nossos textos, a oportunidade de estudar mais, de refletir mais. Mas o mais importante de tudo é que a minha relação com Deus está se tornando cada vez mais autêntica e profunda.
Hoje, eu consigo olhar para mim e enxergar que sou filha d’Ele e por isso preciso ser tratada como tal, entendo que eu não dependo de ninguém para ser feliz (o outro está na minha vida para somar), não me permito mais viver na sombra do outro. Muitos pensam que o amor próprio consiste em pisar e escarnecer da pessoa que você está se relacionando, fazer ele/a rastejar aos seus pés. Não! Isso está longe da realidade. O amor próprio consiste em você perceber que não merece ficar por aí mendigando o amor de ninguém, é quando você reconhece que você tem um valor alto e esse foi pago lá na Cruz.
É errado sofrer depois que um namoro termina? Nem um pouco! É normal ficar triste, afinal de contas a gente espera sempre que dê certo. Mas nesses momentos de dor, a gente deve buscar Deus e deixar Ele ir curando essas feridas. Pode chorar? Pode! Até alivia a alma, mas não se permita ficar preso nessa tristeza. Às vezes a gente esquece de sonhar os sonhos de Deus e acaba ficando preso em uma grande tortura. Aproveita esse momento complicado para se tornar ainda mais íntimo de Deus. Pode desabafar, pode chorar, pode pedir colo, mas não deixe de se abrir ao que Deus está te pedindo.
Não se deixe levar pela carência!
Deus nos abençoe!


(M. N. S – Minions Católicos)

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