Boa tarde, povo de
Deus! Paz e bem! Que possamos iniciar uma semana de muita paz, onde nós mesmos
sejamos canal de graça e permitamos que o Espírito Santo possa agir através de
nós e atendamos as solicitação que a Igreja nos faz de exercermos as práticas
de piedade.
Estamos vivendo o
período quaresmal, os quarenta dias que nos separam da Páscoa do Senhor, onde
Deus pede que nos aproximemos d’Ele. O Papa Francisco em sua homilia na última
quarta-feira de cinzas nos fala sobre essa reaproximação de Deus neste período,
como uma transformação do pecado à santidade:“Quaresma é a estrada da escravidão à liberdade, do sofrimento à
alegria, da morte à vida.” É neste momento que recordamos a grande força
que Nosso Senhor Jesus Cristo teve ao enfrentar o deserto, onde suportou a fome
e as tentações, onde foi fortificado pelo amor a Deus.
Temos três práticas de
piedade recomendadas para a quaresma, as quais nos levam a conversão, através
de uma maior intimidade interior com Deus, quando realizadas verdadeiramente de
alma e de coração e não por aparências... Esmola, oração e jejum são as obras
as quais somos chamados a exercer.
Nos manuscritos de sua
autobiografia, Santa Teresa do Menino Jesus nos diz que para ela “a oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado para
o céu, é um grito de gratidão e de amor, tanto no meio da tribulação como no
meio da alegria”, a oração, se observarmos esta frase de Santa Teresa, é
algo tão simples, tão puro, quando realizado verdadeiramente. É uma expressão
de sentimento de amor a Deus na nossa humildade de humanos, como nos coloca o
Catecismo da Igreja católica: “A humildade é o fundamento da oração”.
Veja como o Papa Francisco faz o convite a oração em sua homilia na
quarta-feira de cinzas do ano de 2014: “somos
chamados a mergulhar no mar da oração, que é o oceano do Amor ilimitado de Deus,
para saborear a sua ternura”. Diante de todos os males do mundo que nos
cercam, Deus nos abre uma porta para termos um encontro íntimo com Ele através
da oração, lembrando também, não apenas das orações apenas por nós, mas das
preces pelos irmãos, pela observância da necessidade daqueles que estão ao
nosso lado mergulhados na pobreza e no sofrimento.
O jejum é a segunda
obra de piedade que devemos exercer, mas não confunda um jejum de renúncias com
um jejum de passar fome. O jejum é essencial para podermos compreender que não
somos dependentes dos prazeres da carne, como nos chama a atenção o padre Paulo
Ricardo: “O pecado não está no alimento,
mas no desejo”, é o desejo desenfreado que devemos combater. É um jejum não
só do alimento, mas também um jejum de xingamentos, de superfluidades, de
hipocrisias. Um jejum que nos leve a mudança de mentalidade, estando atentos
que o jejum só fará sentido com a oração.
A terceira obra, mas
não menos importante, é a esmola que é o doar sem esperar nada em troca. Com o
passar do tempo as pessoas foram se tornando cada vez mais gananciosas, o
sentido de viver começou a girar em torno do se ter, ao invés, do ser. As
pessoas passaram a ser cada vez mais valorizadas pelas
suas riquezas que pelo seu caráter e humildade, até mesmo os cristãos. Quando
somos chamados a praticar a esmola, devemos lembrar que é um convite de Deus
para doarmos ao irmão sem pedir nada em troca, assim como recebemos
gratuitamente de Deus, para vivermos a gratuidade do dom, aprendermos a
partilhar.
Você tem vivido uma
vida supérflua e até “insana”? Essa vida te preenche espiritualmente e
emocionalmente ou é apenas uma máscara para encobrir suas dores, fraquezas e
medos? Quando exercemos essas obras de piedade, nos damos conta do quanto nos
apegamos as “coisas do mundo”, a tudo aquilo que nos distancia de Deus, que nos
faz escravos de uma sociedade hipócrita movida pelo dinheiro e suas ganâncias
de superioridades, que “pisa” e humilha os mais fracos e oprimidos. Lembram-se
que há algumas semanas falamos sobre ao meu passado a tua misericórdia? Devemos
entender este período quaresmal como a nossa oportunidade de grande reflexão,
para que possamos deixar tudo aquilo que fizemos de ruim ou errado no passado,
para podermos viver o hoje, fazer o bem no hoje, lembre-se: Deus não quer saber
aquilo que você já fez, Ele quer saber o que você fará hoje e essas obras de
piedade são o primeiro passo para uma entrega a Deus, para uma conversão de
corpo e alma.A escolha se seremos mais um hipócrita no meio de tantos, ou um
cristão de verdade, que faz a diferença pra melhor na vida dos outros, é nossa,
portanto, convido-lhe a fazer a sua escolha.
(J.F.P
– Minions Católicos)
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