Sobre a mensagem do Papa: "A Palavra é um dom. O outro é um dom"


"Não devemos permitir que alguém saia de nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz." (Santa Teresa de Calcutá)
Boa tarde irmãos e irmãs! A paz de Cristo e o amor de Maria! Como têm passado? O nosso texto de hoje vem falar sobre a mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2017, mensagem a qual foi intitulada "A Palavra é um dom. O outro é um dom".
Inicialmente o Santo Padre já nos diz que o tempo Quaresmal é uma época que nos convida a jejuar, orar e dar esmola, mas principalmente ouvir e meditar a palavra de Deus, que é um presente tão importante dado pelo nosso Pai a nós.
Uma passagem que é citada pelo Papa Francisco nessa mensagem é Lucas 16, 19-31, onde é contada a parábola do homem rico e do homem pobre, Lázaro. Você conhece essa parábola? Sendo sim ou não, convido você, meu irmão, minha irmã, a pegar sua Bíblia e procurar essa passagem e lê-la. Leia com calma e reflita sobre ela.
Pronto? Então vamos lá!
O que vemos nessa parábola: não é a história de um homem rico, que gosta de "ostentar" sua riqueza e que mostra-se não se importar com os irmãos mais necessitados? Não fala-se de que tanto o homem pobre, quanto o homem rico morreram, mas que a vida após a morte dos dois tiveram caminhos diferentes?
Pois então, o Santo Padre nos conta que Lazaro (o homem pobre) vem nos mostrar que o outro é um dom. A nossa relação com as outras pessoas consiste em reconhecer o valor delas. Sendo as outras pessoas conhecidas de nós ou não, elas são um dom e merecem ser recebidas de portas abertas em nosso coração.
O nosso irmão é um dom e ele é parte muito significativa para nossa vida. Como já diz uma frase que provavelmente você já conheça, "ninguém passa pela nossa vida sem deixar uma parte dela, e sem levar algo de nós". Somos imagem e semelhança de nosso Senhor, então devemos enxergar também nos nossos irmãos o Cristo.
Não nos deixemos levar pelo pecado, assim como o homem rico da parábola. Daqui, deste mundo, não levamos nada! Então por que acumulamos tanto nossas riquezas? Por que nos prendemos muitas vezes a vaidade, querendo sempre mostrar ao outro o que somos, ou o que temos?
O homem rico da parábola age com vaidade, superficialidade, soberba, mas quando este morre, não encontra descanso, mas sim o tormento. Mas e Lázaro? O homem pobre, sofrido, chagado, humilhado? Este encontrou o seu descanso eterno na morada do Pai.
Reflita comigo: caixão tem gaveta? Como disse o Papa Francisco: "Eu nunca vi um caminhão de mudança atrás de um cortejo fúnebre."
Por último, o Santo Padre nos fala que a Palavra também é um dom. Ainda observando a parábola, podemos ver que o homem rico reconhece Abraão, então pode-se concluir que ele tinha o conhecimento da palavra, mas o que ele fez com esse conhecimento durante toda a sua vida: ignorou-o. Afinal, ele conhecia os ensinamentos, mas não os fazia.
O homem  rico ainda pede para poder avisar os seus familiares sobre os tormentos que os esperariam, caso não mudassem seu modo de viver, mas Abraão diz a ele que se os seus irmãos não ouvem nem a Moisés, nem aos profetas, por que vão ouvir um homem ressuscitado?
Forte isso não? Nós também, muitas vezes, temos o conhecimento, mas não ouvimos o Homem que morreu por nós e ressuscitou.
Que possamos ler mais o mapa (Bíblia) que Deus nos deu para chegarmos ao nosso destino desejado que é o Céu. Que não nos deixemos levar por nossos desejos humanos e que vivamos verdadeiramente os sacramentos de nossa amada Igreja. Que possamos ser não somente católicos melhores, mas seres humanos melhores, olhando as outras pessoas como nossos irmãos de verdade, sem julgá-los, mesmo porque, isso não compete a nós, mas sim a Deus, nosso Pai.
Desejo a você, uma santa Quaresma. E que possamos vivê-la verdadeiramente.
Abraços!


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