“Pegando
o cálice, deu graças e disse: “Tomai este cálice e distribui-o entre vós. [...]
Tomou em seguida o pão e depois de ter dado graças, partiu-o e deu-lho dizendo:
“Isto é o meu corpo que é dado por vós; fazei isto em memória de mim””.
(Lc, 22: 17-19)
(Lc, 22: 17-19)
A Eucaristia é o sinônimo do sacrifício do
próprio Cristo. O sacrifício da cruz. Jesus instituiu-a confiando à Igreja a
memória de sua Morte e Ressurreição, para que pudéssemos partilhar a cada Santa
Missa do banquete pascal, como símbolo da unidade de Cristo em sua Igreja. O
próprio Jesus nos confirma isto no momento da instituição da Sagrada Comunhão,
quando este “tomou o pão e, depois de ter
dado graças, partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo, que é entregue por vós;
fazei isto em memória de mim”. Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou
também o cálice, dizendo: “Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as
vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim”. Assim, todas as vezes que comeis
desse pão e bebeis desse cálice lembrais da morte do Senhor até que venha.”
(1 Cor 11: 23-26)
Assim, Jesus nos reforça que este é o sinal
da vida eterna. A aliança que Ele fez com seu povo ao se entregar na cruz.
Portanto, “na Eucaristia se realiza o memorial
da nova aliança, na qual Cristo se uniu para sempre à Igreja, sua esposa
bem-amada, pela qual se entregou” (CIC, 1621). Para isto, nos pede que
rememoremos a Santa Ceia ao dizer “fazei-o
em memória de mim” (1 Cor 11: 25). Afinal, não é por acaso que ao fim da
Consagração da Eucaristia podemos responder: “Todas as vezes que comemos deste
pão e bebemos deste cálice, anunciamos, Senhor, a vossa morte, enquanto
esperamos a vossa vinda!”. Portanto, a Eucaristia nos fortalece na esperança
pela vinda do Senhor.
A Eucaristia é a materialização do Cristo em
nós. É a partir destes sacramentais, o pão e o vinho, que Cristo se doa por
inteiro: Deus e homem. Com isso, o Senhor nos convida ao silêncio por meio da
Sagrada Eucaristia. Tornamo-nos íntimos de Cristo ao entrarmos em comunhão com
Ele pelo seu Corpo e pelo seu Sangue. Cristo passa a habitar em nós em espírito
e em verdade.
Em consonância com o que foi dito
anteriormente, é importante destacar a música “Tu nos atraístes” da Comunidade
Católica Shalom, especialmente o seguinte trecho: “Cada vez que comemos deste pão; O teu corpo nos renova nesta comunhão;
Cada vez que bebemos deste vinho; O teu sangue nos transforma; Nesta comunhão
de amor!” Em outras palavras, significa que, a Eucaristia é para nós,
enquanto cristãos, um momento sublime de renovação espiritual, na qual Jesus se
faz presente em nós, moldando-nos interiormente; afinal, a Eucaristia é “fonte e ápice de toda a vida cristã”
(LG, 11).
Mas se a Eucaristia é o ápice da nossa vida
enquanto cristãos, como Jesus nos faz sacrário vivo por meio dela? Após
comungarmos, é necessário apenas alguns segundos para que o Corpo de Cristo se
espalhe por toda a corrente sanguínea; assim, Cristo torna-nos seu sacrário
vivo. Ao sairmos da Santa Maria ou da Celebração da Palavra nos comprometemos
mais uma vez a revelarmos em nós, nas nossas atitudes, a verdadeira face e
essência de Deus: amor e misericórdia.
Portanto, o Papa Francisco nos fala: “Os seres humanos de todo o mundo hoje
precisam de nutrimento para saciar também fomes como de amor, de imortalidade,
de afeto, atenções, perdão e misericórdia, que podem ser satisfeitas somente
com o Pão que vem do alto”. Logo, o Cristo que se faz Corpo e Sangue para
nós na Comunhão torna-nos seu sacrário vivo para que possamos também ser canal
de graça na vida dos irmãos; daqueles que sentem fome não só de pão, mas sentem
fome de Deus.
A Eucaristia é um momento sublime de ação de
graças. Ela expressa o desejo de Deus de permanecer conosco. Ao celebrarmos o
banquete eucarístico, Deus nos permite experienciarmos do sacrifício do Amado
que se fez pequeno em um pedaço de pão por amor a nós. É este amor que nos
conduz a comunhão com Cristo. A comunhão do Deus que está em nós. Por isso,
devemos nos silenciar após comungarmos, para que Cristo possa renovar em nós
esta Aliança; caso contrário, incorreríamos em uma blasfêmia contra o Amado,
visto que, a Eucaristia reforça o ardente desejo de Deus em si fazer uma só
carne em nós.
Grande mistério de amor
Tão verdadeiro e tão
singelo
Se fez tão pequeno neste
simples pão
É todo alimento de
minh'alma
Neste momento santo, que
alegria é te encontrar
E te sentir tocando em
mim, me transformando
Quero dizer te amo, meu
Jesus
Teu gesto humilde vem me
ensinar
Me revelando como devo
andar...
Estar contigo
Estar Contigo (Walmir
Alencar)
Manuela
Evangelista – Minions Católicos
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