Estações da via sacra: Jesus encontra as mulheres de Jerusalém que choram por Ele






 "27. Seguia-o uma grande multidão de povo e de mulheres, que batiam no peito e o lamentavam. 28. Voltando-se para elas, Jesus disse: Filhas de Jerusalém, não choreis sobre mim, mas chorai sobre vós mesmas e sobre vossos filhos. 29. Porque virão dias em que se dirá: Felizes as estéreis, os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram! 30. Então dirão aos montes: Caí sobre nós! E aos outeiros: Cobri-nos! 31. Porque, se eles fazem isto ao lenho verde, que acontecerá ao seco?" Lc 23, 27-31

Olá! A paz de Jesus e o amor de Maria, tudo bem com você? Como está vivendo essa quaresma? Seu coração já está preparado para começar a viver a Semana Santa? Bom, dando continuidade a meditação da Via Sacra, hoje vamos refletir sobre a oitava estação.
Jesus já tinha sido flagelado, já tinha sido cuspido, ridicularizado, estava sozinho e já estava carregando aquela pesada cruz. Quero que você pare um minuto a leitura e imagina essa cena: o corpo tão cansado carregando um fardo bem maior que o peso da cruz, o fardo do nosso pecado, dos pecados do mundo inteiro, imagina cada chicotada, cada queda, a dor, o sangue escorrendo, a solidão... Era muita dor pra uma pessoa só! Uma dor tão grande que pararam Simão de Cirene para ajudá-lo a carregar a Cruz.
E é exatamente nesse momento que Jesus em meio tanta dor e com o rosto coberto de sangue consegue enxergar aquelas mulheres. E não um enxergar qualquer, na multidão, Ele as enxerga no singular, no individual. O rosto cansado de Deus, o corpo flagelado de Deus, enxerga aquelas mulheres e as ama, e tem misericórdia delas. Tanta misericórdia que se dirige até elas, e diz: “Filhas de Jerusalém, não choreis sobre mim, mas chorai sobre vós mesmas e sobre vossos filhos. Porque virão dias em que se dirá: Felizes as estéreis, os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram! Então dirão aos montes: Caí sobre nós! E aos outeiros: Cobri-nos! Porque, se eles fazem isto ao lenho verde, que acontecerá ao seco?”
Mas o que Ele quis dizer com isso? Por muitas vezes não compreender, achamos que Jesus foi ignorante com elas, mas não! Ele as convida a uma conversão! E exatamente sobre isso o vaticano nos diz: Jesus Mestre, ao longo do Caminho do Calvário, continua a instruir a nossa humanidade. Com o seu olhar de verdade e misericórdia, ao encontrar as mulheres de Jerusalém, recolhe as lágrimas de compaixão derramadas por Ele. Ele, o Deus que chorou e Se lamentou sobre Jerusalém, educa agora o pranto daquelas mulheres para que não fique estéril lamentação externa. Convida-as a reconhecerem n’Ele a sorte do Inocente injustamente condenado e queimado, como madeira verde, pelo «castigo que nos salva». Ajuda-as a interrogarem a madeira seca do próprio coração para sentirem a dor benéfica da compunção. Aqui brota o pranto autêntico, quando os olhos confessam com as lágrimas não só o pecado, mas também a dor do coração. São lágrimas abençoadas, como as de Pedro, sinal de arrependimento e penhor de conversão, que renovam em nós a graça do Batismo.
Então meu irmão (a) qual é a tua aflição hoje? O que te faz correr aos pés de Jesus chorando? O que te tira a paz? Assim como com aquelas mulheres Jesus no caminho da cruz que te restituir, te ensinar a viver uma verdadeira conversão. Se aquelas mulheres não estivessem naquele caminho de cruz com o Senhor, talvez não tivessem sido alcançadas por Ele, por isso não tema a cruz, porque Ele está lá pra te consolar, enxugar tuas lágrimas e te dar a chance do recomeço. Desejo-te uma verdadeira Semana Santa, e que o Espírito Santo seja teu guia nesse tempo forte!

Humilde Jesus,
no vosso corpo sofredor e maltratado
insultado e escarnecido,
não sabemos reconhecer
as feridas das nossas infidelidades e das nossas ambições,
das nossas traições e das nossas rebeldias.
São feridas que clamam
e invocam o bálsamo da nossa conversão,
quando hoje já não sabemos chorar pelos nossos pecados.
Vinde, Espírito de Verdade,
mandai sobre nós o dom da Sabedoria!
Na luz do Amor que salva,
dai-nos o conhecimento da nossa miséria,
«as lágrimas que dissolvem a culpa,
o pranto que merece o perdão.
Lívia Santos – Minions Católicos

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