Boa noite, amados e
amadas filhos de Jesus. Que a graça do Espírito Santo de Deus possa descer
sobre nós em mais uma noite, em mais esse momento de formação que partilhamos,
que Deus nos agracie com o Dom da Ciência e que, seja revelado em nossos
corações, aquilo que precisamos da parte de Deus. Que Nossa Senhora, Mãe do
Perpétuo Socorro, cubra-nos com o seu manto sagrado.
Na semana passada nós
falamos sobre o Criador, continuando aquela série das nossas profissões de fé,
hoje vamos falar sobre a Criação. Frei Inácio Larrañaga fala, em seu livro
Silêncio de Maria, que todas as criaturas, naturalmente falam do criador. Seja
no falar, no emitir sons, no agir, no andar, no comer, tudo, na sua natureza,
fala do seu criador. As criaturas falam de Deus. Deus vive em constante
silêncio, mas as suas criaturas, que Ele nos deu e submeteu a nós homens, nos
falam desse Deus todo o tempo.
Na nossa profissão de fé
está dito lá assim, “...Criador do céu e
da terra...” quando usamos essa expressão céu e terra, estamos nos
referindo a todas as coisas, visíveis e invisíveis. Céu e Terra vem embebidos
de um significado profundo que precisamos atentar para conseguir enxergar.
Quando fala-se em terra, refere-se ao mundo dos homens, e aquilo que Deus
submeteu a nós, e o céu, que faz referência, em primeiro lugar, ao firmamento e
também ao lugar onde habita Deus e os anjos, o lugar onde habitam as criaturas
espirituais. Numa ordem de perfeição, Deus cria do nada primeiro as criaturas
corporais, depois as espirituais, isto é, as coisas e animais da terra e os
anjos, e por último o ser humano, que é a única criatura que é dotada de
Espírito e de corpo.
Falando primeiro das
criaturas espirituais, por conseguinte, os anjos. A existência das criaturas
espirituais, que a sagrada escritura vem intitular de anjos, é uma verdade de
fé. Calma! Como assim, criaturas espirituais que a Sagrada Escritura chama de
anjos? Agenor, o que de fato é um anjo? Vou lhe responder com uma frase de
Santo Agostinho: “Anjo é designação de
encargo, não de natureza, é um espírito; se perguntares pelo encargo é um anjo:
é espírito por aquilo que é, anjo por aquilo que faz.” Anjo é uma designação, que é, a de servidor e
mensageiro. É um espirito por sua natureza, e um anjo por aquilo que exerce.
São criaturas dotadas de inteligência e vontade, são pessoais e imortais.
Superam em perfeição todas as criaturas visíveis. E por contemplarem o Senhor
face a face dão verdadeiro testemunho de sua glória.
O mundo angélico (dos
anjos) tem um centro, que é o Cristo, os anjos pertencem a Ele, foram criados
pelo próprio e para Ele. Os anjos, estão presentes desde antes da criação e por
toda a sua história, fecham o paraíso, protegem Lot, salvam Agar e seu filho,
fazem intervenção ante o sacrifício de Abraão, conduzem o povo de Deus,
anunciam nascimentos. Estão presentes em dois momentos de extrema importância,
primeiro é um anjo que anuncia encarnação de Jesus, e são anjos que anunciam as
mulheres que foram visitar o túmulo e aos apóstolos que Cristo havia
ressuscitado dos mortos. E são extremamente presentes em nossas vidas, cada
fiel é guardado todo o tempo por um anjo.
Quando tratamos do mundo
visível, precisamos ter em mente algo indispensável. Deus mesmo quem criou o
mundo, com toda a sua diversidade, riqueza e ordem. Tudo o que existe deve sua
existência unicamente a Deus, Ele quem tirou do nada, e criou todas as coisas.
Cada criatura, de maneira particular e individual, com suas bondades e
perfeições próprias. E em cada ação boa das criaturas se revela a face de Deus.
Em nós homens, todas as
ações boas que fazemos é Ele que faz. Somos incapazes de fazer, sem Ele. Também
Deus criou as criaturas com um sistema de interdependência, todas as diferenças
e desigualdades significam que nenhuma criatura se basta a si mesma. Existe uma
relação gritante de dependência mesmo que nós não consigamos perceber. A beleza
por trás das criaturas refletem a beleza de Deus. A beleza de uma flor, de um pôr
do sol ou de uma pessoa é o reflexo da beleza extenuante de Deus. E, existe uma
lógica de criação, segundo a figuração que se faz na bíblia dos seis dias da
criação, acontece uma lógica hierárquica. Do primeiro ao sexto dia, do menos
perfeito ao mais perfeito. Revelando assim a criação mais perfeita de todas o
homem, que é imagem e semelhança de Deus...
Mas sobre o homem eu vou
falar semana que vem, com um texto especial sobre a criatura mais especial de
Deus.
Nossa Senhora abençoe
vocês e até a próxima semana.
(Agenor
Ferraz – Minions Católicos)
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