Evangelho - João 16,23b-28

“Começaram a abrir-se-lhe os olhos do entendimento ... entendia e penetrava muitas verdades tanto em assuntos espirituais como de fé !” Santo Ignácio de Loyola

Olá, a paz de Jesus Cristo, o amor de Maria e a proteção dos santos Anjos!

Iniciemos com um questionamento: Como nós aprendemos sobre Jesus e sobre o evangelho?
Façamos hoje uma experimentação da liturgia. Os textos da sagrada escritura, nos remetem a momentos muito particulares e especiais da nossa vida. Vamos nos deixar experimentar situações que nos foram tão comuns: Evangelização, a conversão e a catequese.
Muitos de nós temos um carinho especial, por algumas pessoas, que são edificadoras e referência para o nosso caminho no evangelho e a nossa conversão. Sabe aquele tio, aquele amigo da família, aquele professor, aquele ministro, companheiro de comunidade, aquela senhorinha da acolhida, nossa avozinha. Essas pessoas que não tinham um domínio profundo da teologia e do magistério da nossa Fé, mas quando ela falava de Jesus Cristo e com aquele brilho nos olhos e com tanta exatidão que nos abrilhantava a Alma. Ela não podia ter o conhecimento que os padres e os teólogos têm, mas refletiam com muita segurança e carinho a fé pelo Nosso Senhor Jesus Cristo e com certeza impulsionou a sua conversão ao Evangelho.
Agora recorde os seus primeiros dias de catequese, uns empolgados, outros felizes por que tinham o amiguinho da escola na turma, uns quietos, outros emburrados (por que a mãe levou!), outro que não esperavam a hora de aprender... E na hora da catequese, a catequista ou o catequista, falavam com carinho e contavam de uma maneira muito iluminada como Deus criou o mundo, o verdadeiro sentido da Páscoa e que nós tínhamos uma mãe (que também era mãe de Deus) e o mais difícil de entendermos que nós tínhamos UM Deus TRINO.
Com certeza muitos de vocês (alguns com olhos marejados) já recordaram dessas pessoas e da catequese (até lembrando aquela voz doce infantil que os catequistas faziam para explicar... ah e devem estar cantando as musiquinhas também). Então bendigamos ao Senhor por essa felicidade, já que a liturgia de hoje nos remete exatamente isso!
Jesus nos revela que muitas vezes falava em linguagem figurativa, assim como nós fizemos hoje. Entretanto Jesus diz que chegará um momento em que ele falará claramente do Pai. E compreenderemos assim o que senhor nos diz: “Em verdade, em verdade vos digo: se pedirdes ao Pai alguma coisa em meu nome, ele vo-la dará. Até agora nada pedistes em meu nome; pedi, e recebereis; para que a vossa alegria seja completa”.
Como o Mestre nos ensina, não será mais preciso ele pedir por nós! E sim nós pedirmos a Deus em nome dele. Olha que cuidado e que autoridade que Jesus nos presenteia nos revelando que o Pai, é um Pai carinhoso e que o próprio Pai nos ama!
Ah! E é assim que aconteceu com o discípulo chamado Apolo, que o apóstolo Paulo conheceu em Éfeso. Uma pessoa que “com muito entusiasmo, falava e ensinava com exatidão a respeito de Jesus, embora só conhecesse o batismo de João.” E quando Priscila e Áquila (Bispo dessa comunidade) o ouviram “tomaram-no consigo e, com mais exatidão, expuseram-lhe o caminho de Deus.” E Apolo, foi muito útil aos fiéis. Ao ponto, de ensinar vigorosamente os judeus em público, demonstrando pelas Escrituras que Jesus é o Messias. Presumimos que Apolo seguiu com Fé a exortação de Jesus em: “Pedir ao Pai em seu Nome”.
Jesus sabiamente nos prepara em sua evangelização, ensinando de acordo com que estávamos aptos a aprender. Falando de modo figurativo por meio de histórias e parábolas, até chegar os ensinamentos de difícil compreensão. E um desses ensinamentos é que ele não era só o messias, o filho de Deus, mas que ele também era o próprio Deus, Um com Pai e com o Espírito: “porque vós me amastes e acreditastes que eu vim da parte de Deus. Eu saí do Pai e vim ao mundo; e novamente parto do mundo e vou para o Pai”. E que desde nosso engatinhar catequético, pode ser difícil de compreender, mas é fácil de acreditar e de sentir esse Deus Trino!
Oportunamente devemos usar as palavras do Salmo para agradecer a revelação graciosa desse mistério: “Porque Deus é o grande Rei de toda a terra, ao som da harpa acompanhai os seus louvores!” Só Deus é realmente o Altíssimo!
Paz e bem,

(Carina Andriotta - Minions Católicos
                                                                                              Com colaboração especial Derlei Alberto)

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