“Se a maior de todas as graças que recebemos de
Deus Pai, Jesus Cristo, veio a nós por meio de Maria, como então todas as
outras graças menores chegariam a nós, senão por ela? ” (Prof. Felipe Aquino)
Olá, meus queridos
leitores tops! Tudo bem com vocês? Não podíamos nesse mês dedicado a ela, que
para nós é tão importante e fiel, deixar de falar de Maria como nossa
mediadora. Mas não é qualquer mediação, Maria recebeu o título de Medianeira de
todas as graças! Padre Paulo Ricardo nos faz um lembrete importante sobre esse
título: “quando se fala da mediação de
Nossa Senhora, não se fala da mesma coisa que fazem os santos, quando
intercedem. A intervenção de Maria possui uma peculiaridade, que está ligada ao
seu papel único na obra da salvação.”
Por ter participado da
história da salvação, por ter sido escolhida como a mãe do Salvador; devido a
sua participação no Mistério da Encarnação do Verbo e no Mistério Pascal de
Jesus Cristo, Maria recebe essa titulação. Mas lembremos também que na cruz
Maria recebe a humanidade, e por isso passa a ser mãe da igreja, e também por
esse motivo fazemos referência a mediação materna da Mãe de Deus sobre toda a
Igreja e cada um dos fiéis em particular.
Assim, toda a infinidade
de graças que chega até a humanidade, passa pelas mãos de Nossa Senhora, e como
Padre Paulo Ricardo nos diz, “ela é medianeira não por necessidade, mas
simplesmente por privilégio divino”. Exagero? Alguns realmente acham. Mas
grandes santos e doutores tem afirmado isso ao longo da nossa história. Encontrei
em um texto de Natalino Ueda, alguns relatos desses santos sobre a mediação de
Nossa Senhora. São Bernardo, doutor a Igreja, falecido em 1153, é autor da
célebre sentença: “Deus quis que
recebamos tudo por Maria”. Ele a escolheu, Ele a entregou o seu filho, e
por Maria passaram todos os grandes momentos da nossa salvação, a encarnação do
verbo; a visita a Isabel onde a palavra de Maria santificou São João Batista,
sua intercessão em Bodas de Caná (Jo 2), para que Jesus mudasse “seiscentos”
litros de água em vinho da melhor qualidade, Seu primeiro milagre.
No Tratado da Verdadeira
Devoção à Virgem Santíssima, S. Luiz de Montfort afirma: “Deus Pai ajuntou
todas as águas e denominou-as mar; reuniu todas as graças e denominou-as Maria.
Esse grande Deus tem um tesouro, um depósito riquíssimo, onde encerrou tudo que
há de belo, brilhante, raro e precioso, até seu próprio Filho; e este tesouro
imenso é Maria, que os anjos chamam tesouro do Senhor, e de cuja plenitude os
homens se enriqueceram.”. Maria sim é um
grande tesouro, uma obra prima de Deus, por quem muitos tem uma forte devoção,
desde os princípios do Cristianismo. Os primeiros cristãos já eram muito
apegados a Nossa Senhora e podemos perceber isso nas imagens de Nossa Senhora, onde
muitas retratam cavernas e catacumbas, onde se reuniam os primeiros cristãos
para rezar.
Natalino Ueda nos fala
com muita segurança “Pela Sua infinita
caridade, Jesus Cristo tornou-se a nossa garantia e o nosso Mediador “junto de
Deus, Seu Pai, para aplacá-lo e pagar-lhe o que lhe devíamos. Mas será isso uma
razão para termos menos respeito e temor à sua majestade e santidade? Digamos,
pois, abertamente – com São Bernardo – que temos necessidade dum mediador junto
do mesmo Medianeiro, e que Maria Santíssima é a pessoa mais capaz de
desempenhar essa função caridosa. Foi por Ela que nos veio Jesus Cristo; é
por Ela que devemos ir a Ele”. Maria não é maior do que Deus, e Ele é o
Senhor absoluto de todas as graças. Maria é aquela que é pura, e por isso, por
todo o amor dispensado a Deus e por toda obediência, recebe tudo de Deus
gratuitamente. Como já comentamos em outro texto, a intimidade com Maria, nos
leva a uma intimidade com Jesus, e por Jesus vamos ao Pai.
E assim, como diz Santo
Agostinho Maria tem cooperado por sua caridade para o nascimento espiritual de
todos os membros da Igreja. Pois se por ela, nasceu o homem-Deus, Jesus Cristo.
“Se Jesus Cristo, cabeça do Corpo Místico
da Igreja, nasceu da Virgem de Nazaré, todos os predestinados, membros dessa
Cabeça, também devem nascer dela, por uma consequência necessária. Visto que, a
mesma mãe não pode dar à luz a cabeça sem os membros, nem os membros sem a
cabeça. Isso seria uma monstruosidade na ordem da natureza. Do mesma forma, na
ordem da graça, a cabeça e os membros nascem também de uma só Mãe: a Virgem
Maria.” E por isso como nos lembra bem Santo Agostinho: “as orações de
Maria junto a Deus têm mais poder junto da Majestade divina que as preces e
intercessão de todos os anjos e santos do céu e da terra”.
Finalizo esse texto
então, com a fala do Papa Bento XVI durante processo de canonização de Joana
D’Ar: “Se em todos os prodígios convém
reconhecer a Mediação de Maria, pela qual, segundo vontade divina, toda a graça
e todo o benefício nos vêm, não se pode negar que esta Mediação se manifestou,
de modo muito particular, num dos milagres precitados. Entendemos que o Senhor
assim o permitiu, para nos sugerir que nunca devemos deixar de pensar em Maria,
ainda mesmo quando um milagre pareça dever atribuir-se à intercessão de um
bem-aventurado ou santo. Até quando Deus se compraz em glorificar seus santos,
é preciso supor sempre a intercessão daquela que os Padres chamam de
‘Medianeira dos medianeiros”.
Graça, Redenção e Paz!
(Madalena
Nascimento – Minions Católicos)
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