“Minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em
Deus, meu Salvador, pois atentou para a humildade da sua serva”(Lc 1, 47-48)
Irmãos e irmãs em Cristo,
boa tarde! Como cristãos, temos motivos de sobra para celebrar Maria como
“rainha e senhora”, mas corremos o risco de esquecer a história daquela mulher
simples que viveu num pequeno povoado.
A Mãe de Jesus viveu como
vive a maioria do povo. Ela partilhou as humildes condições de vida de milhões
e milhões de donas de casa. “Os
privilégios de Nossa Senhora situam-se no interior da condição comum dos homens
no que ela tem de mais humilde e de mais modesto. Nossa Senhora mesmo glorifica
o Senhor porque Ele olhou a “pequenez”, isto é, a insignificância da sua
“escrava”..., mas, sobretudo a aceitação do Senhor desta humilde condição
segundo o espírito dos “pobres de Javé” de que Maria é o resultado. Sim, essa
criatura, “bendita entre as mulheres”, foi primeiro uma mulher humilde,
implicada nas condições de privação, de trabalho, de opressão, de incerteza do dia
de amanhã, que são as dos países subdesenvolvidos. ” (René Laurentin)
Embora os Evangelhos nada digam sobre os pais
de Maria, segundo a tradição eles se chamavam Joaquim e Ana. O nome “Joaquim” é
hebraico, “Yôakim”, que significa “Deus eleva”. São Joaquim teve uma educação
profundamente piedosa. Era comerciante e proprietário de terras em Nazaré e
Jerusalém. Procedia de Séforis. Era homem temente e servidor de Deus. O nome
“Ana” é também hebraico, “Hannah”, que significa “graciosa”. Santa Ana era mulher
piedosa e bastante serviçal. Guardava grande fé e confiança em Deus. São
Joaquim e Santa constituíam um casal distinto, mas viviam tristes e humilhados
porque não tinham filhos. Eram estéreis. Rezavam confiantes para que Deus
suscitasse para eles uma descendência. Joaquim retirou-se para deserto a fim de
rezar, onde permaneceu 40 dias em jejum e oração. Um anjo apareceu-lhe e
comunicou-lhe que ele teria uma filha. Também sua esposa recebeu a mesma
mensagem do anjo. De fato, tiveram uma filha, para qual deram o nome de Maria.
Na Bíblia, a filha de
Joaquim e Ana aparece como uma mulher simples do povo, que habitava em Nazaré,
um povoado pequeno da Galiléia, situada ao norte de Palestina (Lc 1,26). Era
esposa de José, carpinteiro justo e honrado (Mt 1,18-25). Pessoa de fé era
muito sensível às necessidades dos outros (Lc 1,39-45.56). Sabendo que sua
parenta Isabel já está no sexto mês de gravidez, desloca-se para lhe dar
assistência. Quando participava de uma festa de casamento, percebe que falta
vinho, e procura falar com Jesus para resolver o problema, e impedir que os
noivos fiquem envergonhados. Maria recebeu de Deus um favor singular na
concepção e no nascimento de Jesus. Movida pelo Espírito, entregou-se
totalmente ao projeto de salvação, vivendo sua maternidade até as últimas
conseqüências.
Maria participou da vida
de Jesus Cristo, sendo sua mãe e, ao mesmo tempo, sua discípula (Mc 3,31-35).
Sabia guardar os mistérios da fé em seu coração (Lc 2,19.51). No início do
ministério público de Jesus, Maria esteve com Ele nas bodas de Cana, obtendo
dele seu primeiro milagre (Jo 2,1-12). Ela sempre soube ouvir a Palavra de
Deus, anunciada por Jesus, e vivenciá-la (Lc 11,27-28). Foi sua generosa
companheira e a humilde serva do Senhor, acompanhando os passos do Salvador com
fé e docilidade. Mesmo na paixão de Jesus, Maria esteve junto à cruz, em pé,
firme, quando o entregou ao Pai e foi dada por seu Filho como Mãe dos Homens,
na pessoa de João (Jo 19,25-27). Revelou-se como mulher forte, conservando sua
fidelidade de maneira constante, tanto nos momentos alegres, como nos cruciais.
Que Maria seja o nosso
modelo de santidade e fé, que a exemplo dessa Mãe doce, alegre e fiel, nós
possamos está próximo de Jesus. Que a vida de Maria seja para nós um exemplo a
ser seguido e vivido.
Que Deus nos abençoe e
nos conserve sempre no seu caminho!
Minha
alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador,
pois atentou para a humildade da sua serva. De agora em diante, todas as
gerações me chamarão bem-aventurada, pois o Poderoso fez grandes coisas em meu
favor; santo é o seu nome. A sua misericórdia estende-se aos que o temem, de
geração em geração. Ele realizou poderosos feitos com seu braço; dispersou os
que são soberbos no mais íntimo do coração. Derrubou governantes dos seus
tronos, mas exaltou os humildes. Encheu de coisas boas os famintos, mas
despediu de mãos vazias os ricos. Ajudou a seu servo Israel, lembrando-se da
sua misericórdia para com Abraão e seus descendentes para sempre, como dissera
aos nossos antepassados. (Lc 1, 47-55)
(Géssica
Casimiro – Minions Católicos)
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