“Sabeis quantos suicídios de jovens há hoje no mundo? A cifra é
alta! Porque não têm esperança. Experimentaram tantas coisas e a sociedade, que
é cruel – e é cruel! – não nos pode dar esperança. E esta é como a graça: não
se pode comprar, é um dom de Deus. E nós devemos oferecer a esperança cristã
com o nosso testemunho, com a nossa liberdade, com a nossa alegria” (Papa
Francisco)
Olá, pessoal! Na semana
passada, falamos aqui no blog sobre um mal que tem acometido muitas pessoas. Em
todo o mundo tem crescido o número de casos de pessoas com depressão. Além de
ser uma das doenças mais incapacitantes do mundo, é uma das causas do suicídio
(não sendo a única ou a principal). Diante da grande repercussão do jogo Baleia
Azul e da série 13 Reasons Why, achamos que seria interessante conversar um
pouco com vocês sobre o suicídio.
A ideia do texto de hoje
é fazer um alerta, pois o suicídio virou uma questão de saúde pública e é muito
importante que estejamos atentos para até mesmo ajudar na prevenção.
De acordo com a
Organização Mundial da Saúde, em 2012, cerca de 804 mil pessoas morreram por
suicídio em todo mundo. Estima-se que em 2020 essa taxa de incidência anual de
mortes por suicídio em todo mundo pode aumentar em 50%. O que mais vem
alarmando é que a quantidade de jovens que estão atentando contra a própria
vida também vem aumentando, cerca de mais de 2 mil jovens (entre 15 e 29 anos)
tiraram a própria vida em 2009. Mas por que isso vem afetando tantos jovens?
Como sabemos, a adolescência
é uma fase de transformações radicais, tanto na parte física quanto na parte do
psiquismo, e quem influenciam diretamente no comportamento. Em um curto espaço
de tempo, o cérebro precisa processar muitas informações e isso provoca o
tédio, a angústia e a depressão. O psicólogo Daniel Machado, da Comunidade
Canção Nova, vai dizer que na adolescência, a criança é chamada a abandonar o
mundo infantil, e a “morte” simbólica deste mundo interno também será
manifestada no mundo externo.
Sendo assim, muito comum
o adolescente manifestar terrores noturnos, sonhar com a morte dos pais,
vestir-se de preto, curtir músicas barulhentas e depreciativas, identificar-se
com as gangues, ter predileção por filmes de terror, acompanhados de uma agonia
e tristeza que nem eles mesmos sabem dar nome. Daniel Machado ainda complementa
dizendo que “é nesse vácuo de tristeza e luto
do mundo infantil que jogos macabros e séries com temáticas suicidas ganham
espaço e, no pior dos casos, efetividade, principalmente se tal jovem estiver
sendo negligenciado pelos seus cuidadores”. Outro ponto também que Robert
Gellert Paris, diretor da Associação pela Saúde Emocional de Crianças e
conselheiro do CVV, diz é que “todo mundo tem de se sentir ótimo. A obrigação
de ser feliz gera tensão no jovem”, devido a pressão social que as redes
sociais impõem.
Alguns comportamentos são
comuns às pessoas antes de cometer suicídio. São eles: sentimentos de
desesperança ou aumento de ansiedade com depressão, preocupação com relação à
morte ou conversas sobre suicídio, perda do interesse por atividades
agradáveis, isolamento social, desleixo com a própria aparência, doar pertences
ou resolver assuntos pessoais, repentino estado de “felicidade” depois de um
longo período de tristeza ou depressão (ao sentir que a morte acabará com seu
sofrimento), compra recente de uma arma ou de outros meios para suicidar-se.
Também, pode-se associar algumas condições que podem gerar um risco de suicídio,
como: perda do emprego, término de um relacionamento, problema de saúde etc., histórico
de depressão ou outras doenças psíquicas, tentativas prévias de suicídio, abuso
de drogas e álcool, impulsividade.
É muito importante que
estejamos atentos aos sinais daqueles que nos rodeiam, pois, a maioria dos
suicidas fala ou dá sinais sobre suas ideias de morte. Portanto, se você perceber
ou ouvir de alguém que ela está pensando em tirar a própria vida, é muito
importante que você ajude essa pessoa. Não tenha medo de pedir ajuda para
alguém se você não souber o que fazer. Você não estará fazendo fofoca! Muito
pelo contrário! Você poderá ajudar a salvar a vida de alguém.
Lembremos sempre: “Cada um é responsável por sua vida diante
de Deus, que lhe deu e que dela é sempre o único e soberano Senhor” (CIC
§2280). Quando alguém comete suicídio, outras seis pessoas são afetadas: “O suicídio contradiz a inclinação natural
do ser humano a conservar e perpetuar a própria vida. […]. Ofende igualmente o
amor do próximo, porque quebra injustamente os laços de solidariedade com a
sociedade familiar, nacional e humana, em relação às quais temos obrigações a cumprir.
” (CIC §2281).
“Como notava o próprio Durkheim, quando se erodem as estruturas
primárias da sociedade, especialmente a família, o suicídio se torna
corriqueiro, normal e, agora, lúdico! Como a absorção do Evangelho não se faz à
margem da família, e a própria Igreja é uma estrutura primária da sociedade,
uma família sobrenatural, a exclusão de Deus da sociedade laicista só produzirá
estes frutos amargos e letais. Quem dera os homens acordassem e corressem para
a direção contrária: Deus, a família e a vida. ”
(Padre José Eduardo)
(Mariana
Neves – Minions Católicos)
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