“Entrai pela porta
estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição e
numerosos são os que por aí entram. Estreita, porém, é a porta e apertado o
caminho da vida e raros são os que o encontram” (Mt 7, 13-14).
Ao iniciar com esta
exortação retirada do Evangelho de São Mateus principio os escritos deste texto
(re) pensando a minha própria vida. Antes de tudo, a escrita de um texto para
este blog inquieta-me de forma positiva no modo como tenho conduzido a minha
caminhada na busca pela vontade de Deus. Muito mais do que simplesmente
escrever para um blog católico, esta é uma experiência que me aprofunda no
conhecimento da doutrina da Igreja e me possibilita (re) construir a cada dia a
minha intimidade com Deus.
É justamente por essa
busca diária de uma comunhão com Deus que, por ora, irei discorrer nestes
inscritos. Para isto, é importante destacar a vida dos santos enquanto grandes
exemplos de busca árdua no caminho da perfeição. São Francisco de Assis nos
direciona a uma análise primordial na vida de santidade: “é morrendo que se vive para a vida eterna”. É
necessário, pois, a experiência de deixar morrer o nosso eu e, isto não
significa desprezar a nossa vida, tampouco, deixar de cuidar de nós, enquanto
templos do Espírito Santo; mas, que buscaremos mortificar vontades que nos
distanciam da busca pelas coisas do alto, para melhor servir a Deus pelos
irmãos, pois “quem se apega à sua vida perde-a; mas
quem não faz conta de sua vida neste mundo, há de guardá-la para a vida eterna”
(Jo 12: 25).
Retornemos,
pois, a epígrafe deste texto. Quantas vezes nos deparamos em nossa vida com
situações que sabemos que desagrada a Deus? Quantas ocasiões mundanas nos
atraem para o pecado? É sobre isto que Jesus nos fala. O fardo dos nossos
pecados torna-se cada vez maior e nos distanciamos desta porta estreita que é o
céu. A trajetória pela perfeição é, muitas vezes, uma luta contra nós mesmos,
contra nossos instintos e nossas vontades, para assim, buscarmos a vontade de
Deus para nós.
“É muito interessante notar que Jesus
colocou como condição para ganharmos a vida eterna o ‘morrer para nós mesmos’ e
não se apegar a esta vida terrena. Essa é uma linguagem dura,
especialmente para os tempos atuais, extremamente materialista e hedonista, em
que o prazer, o poder e o orgulho são incentivados sistematicamente contra
todas as leis da moral e da ética” (Professor Filipe Aquino).
Uma das formas de
conduzirmos este processo de mortificação para a nossa caminhada de perfeição é
por meio da Adoração, como bem expressa São João Bosco: “Existem duas coisas de que o demônio realmente tem pavor: fervorosas
comunhões e visitas frequentes ao Santíssimo Sacramento”. Portanto, é
imprescindível que nos prostremos em Adoração seja por meio da comunhão, quando
a fazemos por nos tornamos sacrário vivo de Cristo, seja por meio de visitas ao
Santíssimo Sacramento nos rendendo diante do Amado em forma de pleno louvor.
Neste sentido nos
fala Monsenhor Jonas Abib “quem não
adorar, não vai aguentar”. “O tempo que você gasta com Jesus no Santíssimo Sacramento é
o melhor momento que você vai gastar na terra. Cada momento que você passa com
Jesus vai aprofundar a sua união com Ele, e vai ajudar trazer uma paz duradoura
na terra” (Madre Teresa de Calcutá). Portanto, dedique um tempo do qual Deus
tem te oferecido para estar na presença de Jesus no Santíssimo. Não é
necessário que haja uma oração explícita, pois a contemplação é uma forma de
oração e nos permite silenciarmos o nosso coração para ouvir a voz de Deus.
Nesta certeza de
rendermos a nossa Adoração a Deus pela busca de uma caminhada de perfeição,
aproprio-me da música Meu tudo, da Comunidade Católica Shalom, a qual expressa
em seus versos a nossa necessidade de adoração e uma das melhores formas de
oração através de uma música. “És aquele
que me amou, com seu sangue me resgatou; quero me prostrar aos teus pés e
reconhecer que só tu és; meu Senhor, meu Tudo; meu Rei, meu dono; pra sempre te
exaltarei; pra sempre te adorarei” (Meu tudo – Comunidade Católica Shalom).
No entanto, a nossa
caminhada na busca pela perfeição é permeada por cruzes, quedas, feridas e
desânimo. Por vezes nos questionamos por quais motivos Deus nos coloca em
tantas situações de provações, nos permite cair em pecado; porém, é preciso que
nos questionemos o que Deus quer de nós diante dessas situações. A perfeição,
assim como o ouro, é provada no fogo. Precisamos, pois, ter a paciência de
construirmos uma vida de intimidade, na vontade Deus, nos despojando de nossas
vontades, vaidades, orgulho, mesquinhez e, nos lançando nesse amor.
Assim, “muitas são as sendas da santidade: o
sofrimento oferecido a Deus pela nossa santificação e a dos outros nos leva à
santidade. São Francisco de Sales, doutor da Igreja, dizia que as melhores
penitências não são aquelas que nós escolhemos para cumprir, mas aquelas que
Deus permite que nos atinjam no caminhar da vida. Essas devemos aceitar com
resignação. Dizia o santo que não é o doente que prescreve o medicamento, mas o
médico” (Professor Filipe Aquino).
“Muitos desanimam na caminhada em busca
da perfeição, pois julgam ser impossível atingi-la. De fato o é, se ficarmos
olhando apenas para a miséria e para a fraqueza de cada um de nós. Mas, se essa
é à vontade de Deus para todos, então certamente Ele dará as graças de que
precisamos para alcançá-la. A grande diferença entre os santos e nós é que eles
confiaram perfeitamente na graça de Deus e fizeram a sua parte. A perfeição
cristã é uma conquista árdua na luta diária contra as nossas más inclinações.
Mas, nessa luta, Deus vem em auxílio à nossa fraqueza, como disse São Paulo:
‘Quando me sinto fraco, então é que sou forte’ (II Cor 12,10)” (Professor
Filipe Aquino).
Nasci pra te adorar
Ó rei de toda glória!
Quero viver, senhor, meu Deus só para Ti!
E na tua presença
Ergo minhas mãos para adorar
E exaltar teu santo nome!
Todo louvor e glória
Todo amor à Ti
És digno Senhor, de toda adoração
Ó rei dos reis, Jesus!
Em espirito, em verdade, eu quero te adorar!
(Louvor e Glória - Davidson Silva)
(Manuela Evangelista – Minions Católicos)
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