Antes e depois de ser ordenado padre

“O padre não é para si. Não dá a si a absolvição. Não administra a si os sacramentos. Ele não é para si, é para vós.” (São João Maria Vianney)

Boa tarde irmãos e irmãs! A paz de Cristo e o amor de Maria! O tema da nossa conversa hoje, é um tema que desconheço um pouco, por isso fui atrás de alguns textos e amigos que podem descrevê-lo muito melhor que eu: os seminaristas!
Antes de eu deixar aqui para vocês um pouco do que eles me explicaram, vamos juntos ler o que alguns padres nos contam sobre suas vidas. No site da Canção Nova, na parte da formação, encontrei a fala de alguns padres no sentido do amor pelo sacerdócio e de como são felizes por sua vocação.
O padre Anderson Marçal descreve sua felicidade de forma simples, clara e bem didática. Ele nos conta que antes de ser padre ele era muito feliz, mas como padre ele também é. Ele explica que uma pessoa só se realiza com sua própria vocação se este já for feliz, pois se não será sempre uma fuga ou busca por algo que não se sabe onde está. Ele nos conta vários motivos que provam sua felicidade em sua vocação, mas a que chamou mais minha atenção foi: “...Porque sei que não sou eu quem faz a parte maior ou melhor, mas Deus. Isso traz felicidade e responsabilidade, pelo que aceitei receber do Senhor, ser apenas um cálice que precisa ser cheio d’Ele, para aí transbordar d’Ele para os outros.”
Já Ricardo Cordeiro (Candidato às Ordens Sacras na Comunidade Canção Nova) contou um pouco de sua história, do início de sua caminhada ao sacerdócio. Ele diz que antes de decidir que essa seria sua vocação, ele namorava, mas a voz de Deus o inquietava. Por isso ele teve que fazer uma escolha, e essa foi ao sacerdócio. Ele diz, assim como o padre Anderson Marçal, que é muito feliz!
Também pude o que o padre Joãozinho, da Congregação do Sagrado Coração de Jesus, nos fala sobre o sacerdócio na questão da felicidade e da dificuldade. Cita-nos bem a questão dos elogios e críticas sobre a atuação dos sacerdotes. Ele nos diz: “Ser padre sempre passou pela cruz e pela renuncia, mas posso lhe garantir: é muito bom! Sou padre e sou feliz.”
Bom, como comentei no início da nossa conversa, conversei com alguns seminaristas sobre esse antes e depois de serem ordenados padres. Segue o que eles me contaram:
Lucas (Lukão), seminarista da Arquidiocese de Sorocaba/SP: “A vida de um homem, como seminarista, se resume em discernimento. Discernimos no nosso dia a dia, nas nossas rotinas, nos nossos compromissos, nos nossos estudos, enfim, no nosso cotidiano. Já, a partir do momento em que é ordenado ao presbiterato (sacerdócio), já não é mais um processo de discernimento, mas sim vai colocar em prática sua vocação (que por anos discerniu) e seus os anos de estudo. Não terá mais os mesmos compromissos, mas sim aqueles próprios de um padre, como: confessar, celebrar a Santa Missa...”
Ricardo Leite, seminarista da Diocese de São José dos Campos/SP: “Entrei no seminário com 33 anos, sou o que chamam de vocação adulta, vocação tardia e, para mim, a experiência no seminário é uma experiência muito rica. Eu que já vim de uma vida onde já tinha me desenvolvido profissionalmente, já tinha uma formação (faculdade de administração), estava trabalhando como gerente administrativo na prefeitura. Partir para uma experiência, entrando para o seminário, pois era um chamado que sentia desde os 11 anos de idade, tudo o que fiz na minha vida como namoro, outras coisas, mesmo tendo comprado uma casa, a faculdade, eu não me sentia preenchido. [...] A experiência do seminário, é uma experiência rica de disciplina, de amizades, de comunidade, de enfrentamento, eu entendo o seminário pra mim, muitas vezes como algo que potencializa meus defeitos e minhas qualidades, mas é onde posso ir aprimorando a parte de convivência com os irmãos para ser uma pessoa melhor. [...] O seminário é uma vida para quem de fato tá conhecendo, discernindo uma vocação, é uma experiência muito rica. Quem sai, saí também com um aprendizado muito grande, pois a ideia ali é formar pessoas, formar o caráter das pessoas, é um clima muito legal, a gente joga bola, a gente assiste jogo juntos nas quartas-feiras, a gente tem o dia do aniversariante do mês, as nossas refeições são muito alegres, nós somos muito felizes![...] Assim, é uma alegria, muita diversão, a gente se diverte muito, mas estuda muito também, é puxado os estudos, mas eu percebo que é uma alegria, uma felicidade sem fim.”

Bom meus irmãos, minhas irmãs, acredito que assim como eu, na fala de nossos padres e seminaristas, as palavras que mais vemos é o discernimento e a felicidade! Tanto durante o período de seminário, quanto depois da ordenação, eles estudam e muito! Devemos muito a eles, mas principalmente nossas orações!
Convido você, a todos os dias colocar em suas orações os seminaristas e os padres, pois além de ser uma linda vocação, sem eles não poderíamos receber dentro de nós a pessoa mais importante que é Jesus!

Fiquem com Deus, até a próxima semana!

Amanda Batista – Minions Católicos

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