O poder da oração nas vocações

“As vocações nascem na oração e da oração. E só na oração podem perseverar e dar fruto” (Papa Francisco)

Sabiamente, o Papa Francisco nos exorta ao discorrer sobre o poder da oração nas vocações. É notório que, para o discernimento vocacional é necessário um aproximar-se de Deus, um aconchegar-se em Deus, um escutar a vontade de Deus. Mas para isto, precisamos buscar intimidade com o Amado e, isto, só será possível por meio da oração. “A oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado ao céu, um grito de reconhecimento e amor no meio da provação ou no meio da alegria” (Santa Teresa do Menino Jesus). Portanto, a oração principia pela humildade de reconhecer-se enquanto necessitado e, buscar, em Deus saciar a sede da água do Espírito Santo.
É por meio do Espírito Santo que orienta a nossa oração que nos aprofundamos neste querer de Deus para nós. Mas por vezes, você pode questionar: como descobrir a vontade de Deus para a minha vocação? Ore, silencie e espere. Esta é uma tríade que precisa conduzir a vida de todo cristão, seja qual for a situação. A oração principia o nosso relacionamento com Deus, pois Ele também anseia por ouvir a nossa voz, o nosso clamor, a nossa inquietação.
“O primeiro modelo da oração pelas vocações encontramo-lo no próprio Jesus Cristo. Vendo as multidões quais ovelhas sem pastor, disse aos discípulos: ‘A colheita é grande, mas pequeno é o número dos trabalhadores. Rogai, então, ao dono da lavoura para que mande trabalhadores para a colheita’ (Mt 9,35-38)” (Egídio Viganò). Assim, é o próprio Cristo que, nos dando seu exemplo durante sua vida na terra, nos convida a um chamado. E como nos lembra São João Crisóstomo: “como o sol clarifica tudo, assim a oração é a luz da alma”.
No entanto, em muitas situações, pensamos na vocação, a partir dos sacerdotes e religiosos, do matrimônio, quando, na verdade, todos nós somos chamados a uma única e especial vocação em comum: a SANTIDADE. É pela busca da santidade, enquanto fio condutor que nos dirige ao céu que, alimentados em uma vida de oração e intimidade com Deus, experimentamos o discernimento de uma vocação específica. Portanto, irmãos, busquemos, antes de tudo, viver a santidade. Porque é a partir dela que nos assemelhamos a Deus.
E, tenhamos Maria, enquanto exemplo pleno de um doar-se a Deus por meio da vocação. Àquela que soube dá o seu sim e entregar sua juventude por amor a Deus, peçamos a graça de também nós, experimentarmos desse amor de Deus por meio das nossas vocações. Mas que nas nossas orações, peçamos a graça de sermos santos e, tudo mais, nos será dado em acréscimo, como virtudes de uma vida de santidade e em comunhão com Deus.

Jesus, Filho de Deus,
em quem habita toda a plenitude da divindade,
Vós chamais todos os batizados a “fazer-se ao largo”,
percorrendo o caminho da santidade.
Despertai no coração dos jovens
o desejo de serem no mundo de hoje
testemunhas da força do Vosso amor.
Enchei-os do Vosso Espírito de fortaleza e de prudência
para que sejam capazes de descobrir
a verdade plena sobre si
e sobre a sua própria vocação.
Ó nosso Salvador,
enviado pelo Pai
para nos revelar o seu amor misericordioso,
concedei à vossa Igreja
o dom de jovens prontos a fazerem-se ao largo,
para serem entre os irmãos uma manifestação
da Vossa presença salvífica e renovadora. Amém!
(Papa João Paulo II)


(Manuela Evangelista – Minions Católicos)

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